sábado, 29 de junho de 2019

ARTS COUNCIL ENGLAND | «Arts Council England’s draft 10 year strategy says “we do not consider that certain types or scales of artistic activity are inherently of higher quality or value than others”»


Sobre o documento no ArtsProfessional:
 «Inclusivity and relevance are given equal prominence alongside ambition and artistic quality in Arts Council England’s (ACE) proposed investment principles for the next decade.
A draft strategy published this week says the funder plans to encourage individual creativity, support local cultural activities and encourage world-leading innovation in the sector by explicitly demonstrating an “appetite for risk and tolerance for failure”.
ACE expects many of the organisations and people it funds to change by 2030, saying “some will be members of our current National Portfolio that have evolved to meet the future needs of audiences and artists. Others will be new to us”.
The funder plans to be “equally committed to backing organisations and individuals who have the potential to create excellence in everything they do and to supporting those who are already established at the top of their game”.
ACE will consult on the draft strategy between July and September through an online survey and workshops across England». Continue a ler.


terça-feira, 25 de junho de 2019

«INFORME SOBRE LA CULTURA ESPAÑOLA Y su proyección global 2011»





A par e passo vemos a «confusão» existente entre «cultura» e «indústrias criativas», e aqui pelo Elitário Para Todos houve quem se lembrasse da revista da imagem .  Na nossa leitura, a  publicação é de 2011 mas merece ser olhada ainda hoje. Para aguçar o interesse da pg.17 ( o destaque é nosso):  «(...)Aunque esta propiedad intelectual hace ti iempo que ha desbordado los límites de la cultura para invadir otros muchos campos económicos, tal desglose nos permite al menos una cierta seguridad en la fijación contable de la cultura española. Una cualidad que no es atribuible a otros muchos estudios realizados en los últimos años, siempre con la intención presumible de engrandecer la impresión del peso económico de nuestra cultura. De esta forma, pueden citarse los diversos estudios sobre la economía de «la cultura y el ocio», que incluyen en este último apartado a las actividades deportivas y taurinas, los parques recreativos, las ferias y salones, las loterías y apuestas..., diluyendo la cultura en un magma de actividades lucrativas. También han proliferado los estudios del español, o de las industrias culturales en español, que intentan evaluar toda la economía de nuestra lengua, incluyendo a veces sectores tan sorprendentes desde el punto de vista estricto de la cultura como los juguetes o el turismo idiomático o la informática. Implícitamente, se desliza una visión eurocéntrica en la que el español aparece como un mercado exclusivo para nosotros, sus «inventores», y no un recurso compartido felizmente por múltiples pueblos y países, justamente lo que aporta su alto valor. La confusión sistemática entre cultura e industrias creativas ampara cada vez más estas mezclas injustificables que en la práctica confunden a la cultura con la economía entera, borrando completamente sus señas de identidad y su función democrática.(...)».
Entretanto, outras publicações houve, e já que  estamos em 2019, aqui temos a deste ano:


Como está divulgada:


«Este año 2019 conmemoramos el 40 aniversario de las primeras elecciones municipales en el marco de la Constitución de 1978. Desde la recuperación de la democracia en España, las políticas culturales han jugado un papel fundamental en el desarrollo de los derechos ciudadanos, la cohesión social y la articulación territorial. El ICE 2019 quiere destacar el papel de la cultura en la construcción de nuestra democracia, enfocándose en el cuarenta aniversario de la política cultural local de los ayuntamientos democráticos. Creemos que es importante destacar el papel de la cultura en la construcción de la España moderna y de la convivencia basada en valores compartidos».
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Que inveja ! (boa)

LEVI MARTINS | «Plano Nacional das Artes» | «(...) JÁ NÃO BASTAVA A PRESSÃO QUE EXISTE PARA OS ARTISTAS IREM AO ENCONTRO DE REGULAMENTOS DE CONCURSOS E DAS LINHAS DE PROGRAMAÇÃO DE MEIA DÚZIA DE DIRECTORES DE TEATROS PÚBLICOS, PARA AGORA ADICIONAR-SE A PRESSÃO POR PARTE DE ESCOLAS PARA QUE ESTES PRODUZAM AQUILO QUE DÁ JEITO PARA ACOMPANHAREM OS PROGRAMAS ESCOLARES (...)»



No SEM MAIS / 22 JUN 2019


(Clique na imagem que lê melhor)

segunda-feira, 24 de junho de 2019

OPART | Mas que folhetim !

 
Leia aqui

Desculpem lá, mas esta questão da saida  do Conselho de Administração  da Entidade Publica Empresarial OPART dá para  enredo de Escola de Samba para desfile de Carnaval no Brasil. Desde logo, independentemente das culpas (o que falta ser provado) que os seus membros tenham nos problemas existentes ninguém merece ser tratado como andam a ser tratados. Primeiro, no início, sabemos pela comunicação social, tendo como fonte o Sindicato, (parece que houve uma outra qualquer fonte anónima),  que dois dos elementos do Conselho de Administração iam sair - tinham sido demitidos?, tinham pedido demissão? - e que o Presidente era poupado ...
Agora fica a saber-se que o único que pediu a demissao (no sábado verbalmente, hoje por escrito) foi o Presidente ( e não nos parece que tivesse outra saida ...) mas que não que os outros dois elementos não pediram Demissão ...  E o que é que nos dizem  do Ministério? Que vão ser substituidos - como se fosse neutro o processo.Não é: uma coisa é serem substituidos porque acabaram a comissão; outra porque pediram a demissão; outra porque foram demitidos;etc, etc.  ... Por outro lado, há titulos de jornal, no início deste folhetim, que nos levavam a concluir que as duas substituições iniciais funcionariam como «bodes expiatórios» e com isso julgavam que iam encerrar o problema. Mas as coisas não correram assim, e aquele que ia ser «poupado»  chegou-se à frente e fez o que, salvo melhor opinião, já há muito devia ter feito ... E agora não deixa de ser engraçada a subtileza: o Conselho de Administração está fragilizado e tem de ser substituido ... Quando é que terá começado a ficar fragilizado? E será  só o Conselho de Administração que está fragilizado?  
Senhor Primeiro MInistro, a dignidade na e da Administração Pública tem que ser um valor a prosseguir em permanência: nos bons e nos maus momentos. E voltamos à nossa: que isto dá uma volta ao estomago, dá..., será que também aumenta a abstenção nas eleições? Será que ajuda a  afastar os melhores das funções Públicas?

domingo, 23 de junho de 2019

E A PROPÓSITO OUTRA VEZ A DGARTES | e outra vez o «regime de substituição» ...

 
Tirada daqui

 
Leitor do Elitário Para Todos esteve a ouvir a entrevista da Ministra da Cultura na TSF e  deu-lhe para reparar na passagem seguinte centrada na legalidade a propósito da «contenda OPART»:


e a propósito lembrou-se da DGARTES a ser dirigida em regime de substituição e perguntou-nos pelo «Procedimento Concursal» dado que os 60 dias já lá vão! Não soubemos responder, mas soubemos sistematizar o que está na base da pergunta:


ATUALIZAÇÃO: JÁ NÃO SÃO 60 DIAS PASSOU PARA 90 (veja legislação abaixo), mas também já lá vão ...

Recordemos o contexto da nomeção, por exemplo, através desta notícia:Designação de Américo Rodrigues para DGArtes publicada em Diário da República

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Leitor atento, é o que vale ao Elitário Para Todos, informou-nos que o prazo de substituição passou para 90 dias. Pois é, mas também já estão esgotados ... Leis para que vos quero!






OPART | SENHOR PRIMEIRO MINISTRO OUÇA O SINDICATO | «publicamente reiteramos ao Sr. Primeiro-Ministro a necessidade de ser ele a analisar a questão e a terminar com este conflito laboral que provavelmente se está a tornar muito mais incómodo do que era inicialmente expectável» diz o CENA-STE | A IMPORTÂNCIA QUE SE ATRIBUI À CULTURA TAMBÉM PASSA POR NÃO SE ESCAMOTEAR AS CRISES SENHOR PRIMEIRO MINISTRO, diz muita gente




 DO COMUNICADO DO CENA-STE:
«OPART: Governo ataca direitos dos trabalhadores / ou  Crónica surrealista de uma espécie de ópera-bufa


(...)


publicamente reiteramos ao Sr. Primeiro-Ministro a necessidade de ser ele a analisar a questão e a terminar com este conflito laboral que provavelmente se está a tornar muito mais incómodo do que era inicialmente expectável;  (...) . Leia na integra.

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E todo este processo já está a ser muito penoso. Entretanto acabou de se saber:
  

Carlos Vargas vai deixar a presidência do OPART

O Governo deverá anunciar nos próximos dias a constituição de um novo Conselho de Administração para a gestão do Teatro Nacional São Carlos e da Companhia Nacional de Bailado

E pergunta-se: pediu a demissão, foi demitido? 
Bem se sabe que há sempre gente disponível para os lugares qualquer que seja a situação, mas as atuais circunstâncias não deixam de aguçar a curiosidade... Aliás, apetece perguntar:quem está neste preciso momento a dirigir a OPART?  E a Ministra, continua?
 

quinta-feira, 20 de junho de 2019

FINANCIAMENTO DO ESTADO ÀS ARTES | UAU! Enfim chegou a vez do Festival de Teatro de Almada ser contemplado com o sistema paralelo | MAS ALGUÉM FAZ O FAVOR DE NOS DIZER QUAL É HOJE O SISTEMA DE FINANCIAMENTO ÀS ARTES !

SETUBALENSE | 17 JUN 2019






Para se perceber melhor o titulo deste post, por exemplo, este passado:

 

PLANO NACIONAL DAS ARTES | mais um ...



Necessariamente, havemos de voltar ao Plano Nacional das Artes, que na versão atual não será bem um Plano - um Plano sem uma quantificação financeira diz pouco. Bom, talvez, neste momento, seja mais  manifesto. Entretanto, pela verba que apareceu nos jornais demos connosco a dividi-la pelo número de escolas ... e concluimos que alguma coisa não bate certo ... Aguardemos.
E será de lembrar que o Plano Nacional das Artes já foi objeto de post no Elitário Para Todos:


OLHAI O PLANO NACIONAL DAS ARTES | Procuremos o que contar ... | A PARTIR DA RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS n.º 42/2019







TERCEIRO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO SUSPENSO | esperemos que seja para se assumir que no século XXI todo o orçamento do Estado tem de ser participativo e não apenas uma pequena parte ...



Recorte do JN de 3 JUN 2019


A notícia da imagem, como dizer, passou ao lado. Por aqui, depois de leitora nos alertar, olhamos para o assunto  sob dois angulos. O primeiro,  no século XXI, o século das ADMINISTRAÇÕES ABERTAS, ou seja, marcadas pela participação, pela colaboração, pela transparência, TODO O ORÇAMENTO DO ESTADO tem de ser PARTICIPATIVO, e para isso nos encaminha a ORÇAMENTAÇÃO POR PROGRAMAS da nova lei do enquadramento orçamental, e se a suspensão fosse por estas razões não estaríamos mal. Mas na nossa abordagem, a coisa pode ser  grave, porque parece ter acabado porque o Orçamento Participativo (OP) estava a ser desenvolvido nos Gabinetes, e findos eles ou havido mudanças é isto que acontece. Ora, como se pode concluir pela notícia a «alma» do OP foi para Ministra da Cultura, e aí como se pode constatar, crescem as estruturas de missão, os grupos de trabalho, os projetos, os ... Isto é, proliferam estruturas que só aparentemente são de projeto, por definição temporárias, de facto na generalidade dizem respeito a actividades permanentes. Deste modo, mudam os governos e a probabilidade de acabarem é grande. E  não será ousado concluir que todo este frenesim está relacionado com a campanha eleitoral ... Há que anunciar trabalho, depois logo se vê. É olhar para alguns dos designados Planos Nacionais, ou equivalentes, recentes. Concluindo, tudo isto é triste, tudo isto é fado! Será?, não se poderá exterminar estes procedimentos ! Já agora aproveitemos para recordar:



terça-feira, 18 de junho de 2019

O LADO BOM | A reflexão sobre a OPART continua

  
 
17 Junho 2019




«Portugal só possui um equipamento cultural especificamente construído para a ópera, inaugurado em 1793, com a ópera de Leal Moreira, "A saloia enamorada ou o remédio é casar": o Teatro Nacional de São Carlos.
 (...)
 O ridículo foi atingido quando, um dia, fechou como empresa pública e abriu praticamente no dia seguinte como "fundação" para, dizia-se, celebrar o "bicentenário" e deixar um passivo de cerca de 1 milhão de euros em 1998. Sousa Franco tinha, é verdade, Carrilho e era informado. Centeno não tem ninguém e o ridículo regressou. Graça Fonseca e o presidente da OPART, em pleno processo negocial com aqueles corpos técnicos e artísticos, desapareceram para a China. Foram cancelados espectáculos por uma justíssima greve, com tudo o que isso acarreta. Estarão em causa 60 mil euros por causa das carreiras. Passaram a estar muito mais com os cancelamentos. De volta ao tugúrio, Fonseca e o presidente anunciaram deitar 3 milhões em obras para cima do Teatro. "Identificámos problemas e criámos soluções", escreveu ela. E o outro. Dois problemas sem solução». Leia na integra.


segunda-feira, 17 de junho de 2019

OPART | O «silêncio enfadado» continua ...








ARTIGO DE OPINIÃO COMO FERRAMENTA DE GOVERNAÇÃO




E eis que o silêncio se rompe com um artigo de opinião. Ferramenta estranha de governação mas sabemos que é fruto dos tempos. Aceite-se então o ARTIGO. Estamos a referirmo-nos ao da imagem em que a Ministra da Cultura quer desmontar a luta dos trabalhadores da Entidade Publica Empresarial (EPE) OPART. Mas qualquer pessoa «isenta» mesmo não sabendo do que se passa não se deixará levar pelo que lê. Ilustremos com uma lógica tipo discussão «seminário de mestrado» que foi isso que  nos ocorreu à medida que iamos lendo o texto:

- Desde logo, na gestão da coisa pública, como na vida em geral, temos que «cuidar o futuro», (e roubamos a expressão a Maria de Lurdes Pintasilgo), e o presente. Sim, ao mesmo tempo.  Tecnicamente são interdependentes - se não cuidamos o curto prazo podemos nunca chegar lá, ao futuro, e há medidas imediatas que são compativeis com qualquer futuro:   será o que se passa no Teatro de São Carlos e na Companhia Nacional de Bailado. E, insistamos, pode mesmo correr-se o risco de não tratando do imediato não chegarmos a  futuro algum.

- E o artigo quer afogar-nos  numa seriação de ações feitas ou a fazer como se fossem alternativas. Ou que mutuamente se excluem, e estranha-se que nesse paraiso de feitos não apareça exactamente ponto essencial reinvindicado pelos trabalhadores. Como se a gestão da coisa pública assentasse em dicotomia: ou isto ou aquilo. E foi aqui que nos lembrámos do célebre discurso do Ministro da Cultura Brasileiro do primeiro «Governo Lula» - Gilberto GIL - em que o lema era fazer ISTO E AQUILO. E, sumarizando, governar é HARMONIZAR as partes, e explicar as opções feitas. Ora, no artigo não se consegue perceber porque não se chega a acordo com os trabalhadores, não se deixando de reparar na forma como (pode ser que não seja intencional) se isola o Sindicato. 

- E lá temos outra vez  Grupo de Trabalho para fazer o que compete aos serviços e aos Administradores  - que parece se evaporaram tal são poupados no artigo. E dá ideia que a legislatura começou há uns meses, como se qualquer ministro não tivesse de herdar o que os anteriores lhe deixaram, sem disso se queixar, e muito menos quando o GOVERNO é o mesmo. 

-E perante a enumeração do que aconteceu com a criação da entidade OPART exposta no artigo, a pergunta que se impõe: está a Senhora Ministra de acordo com a sua existência? E o Governo no seu todo? Voltamos a lembrar que prometeram estudar outras possibilidades. Bom, como estamos em fim de legislatura talvez nos venham pedir desculpa pelo facto de não terem cumprido, e prometer que vão tratar disso no futuro. Pois é, não há «futuro» há «futuros». Que têm de ser precisos para podermos escolher. E não um «futuro» vago para fazer titulo.

- E não vale a pena continuar, entretanto o CENA-STE teve «direito de resposta» no mesmo jornal Público e só o titulo «promete»:
   



sábado, 8 de junho de 2019

TEATRO SÃO CARLOS | E o silêncio continua ...


No Expresso pode ler-se :«Os trabalhadores do Teatro Nacional de São Carlos e da Companhia Nacional de Bailado estão em greve desde ontem. Belém juntou-se ao coro de protestos». E ficamos a saber que dois administradores foram demitidos: «Os dois administradores do Opart que negociaram a harmonização seriam posteriormente demitidos, como o Expresso revelou a 5 de maio. Da administração manteve-se Carlos Vargas, presidente, mas até hoje não foram nomeados os dois vogais como exigem os estatutos».Nós por aqui julgávamos que ainda estavam em modo de «irem ser demitidos». É que não sabíamaos mais nada depois do que escrevemos neste post:  CULTURA | A Governação «à vista» continua ... Ou seja, continuamos à espera de uma comunicação oficial.
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Desculpem lá, mas o Governo pode continuar neste silêncio! 
O País não tem o direito de ser informado do que verdadeiramente se passa? E soa estranho o seguinte, por mais bem intencionado que seja:
«Ontem, a poucas horas do início da greve, os trabalhadores reuniram com os assessores da Presidência da República e anunciaram “um entendimento da razão da greve que nos motiva”. André Albuquerque, presidente do sindicato, avança mesmo que “a Presidência da República deixou claro que considera que o processo não foi bem conduzido pelo Governo e pelo Conselho de Administração do Opart”.
Mais uma «Bernarda»!