terça-feira, 5 de agosto de 2025
«É uma DGArtes pseudo-catedrática, presa a ideias distorcidas sobre o que é arte, programação ou comunicação contemporânea – Mas não culpando a sua mediocridade».
JACINTO LUCAS PIRES |«Vento nos Olhos»
Xavier é um artista plástico que se põe a investigar o vento. Conhece Lydia, uma historiadora de arte interessada em escultura, e a sua vida complica-se alegremente. Maria, a ex-mulher de Xavier, é uma atriz em busca de si própria. E a filha dos dois, Luz, quer nada mais nada menos do que resolver o mundo.
Neste tempo da pós-verdade, qual o lugar da criação artística?
Num mundo cada vez mais literal, ainda há espaço para o espírito?
Mas o romance também traz o seu contrarromance. Dimas, um heterónimo do autor, entra na história à procura do famigerado sucesso. Invejoso, busca formas de sugar o ortónimo e acaba a sabotar o livro: liberta as personagens secundárias, apodera-se de referências alheias, rouba páginas para se safar, baralha os registos da narração.
Noutro plano, esta história de histórias – que vai da Ribeira Lima a Berlim, do Porto a Madrid, de Bruxelas a Heidelberg, de Lisboa a Lublin – constitui uma pergunta europeia, num tempo de divisões e guerra.
Este é um romance sobre o tempo, em diferentes sentidos. Aqui há morte e nascimento, aprendizagem e mistério, e restaurantes, autoestradas, desenhos animados, música, citações, recortes de realidade, política».
segunda-feira, 4 de agosto de 2025
PEDRO TADEU |«Porque sou Comunista»
Porque Sou Comunista
A humanidade precisa da religião? A História é feita por «vilões» e «heróis»? O culto da personalidade é um perigo? Os crimes do comunismo existiram? Os crimes do capitalismo são mentiras? Derrubar estátuas combate o racismo? O feminismo de salto alto é ridículo? O «wokismo» é um absurdo? O que vale um punho erguido? Para explicar a razão por que é comunista, o jornalista Pedro Tadeu, militante do PCP, responde a estas e a muitas outras perguntas. Este lisboeta, de origem burguesa, que politicamente trai a sua classe social, tenta demonstrar neste livro que, no século XXI, o comunismo ainda faz sentido.
[Em pré-venda; data de publicação: 21 de Agosto.]
sexta-feira, 1 de agosto de 2025
«ACREDITO QUE É DESTA!» | DIZ O SENHOR MINISTRO ADJUNTO E DA REFORMA DO ESTADO | Ó Senhor Governante, com o devido respeito, lembramos que as intervenções gestionárias são permanentes, continuadas e sistemáticas ... | OU SEJA , A EXPRESSÃO NÃO NOS PARECE TECNICAMENTE AJUSTADA NEM MOBILIZADORA | E PARA NOVO IMPULSO FALTA-LHE «BELEZA» ...
- Desde logo, o Senhor Ministro mostrava-se muito confortável no espaço televisivo captando-se uma familiaridade entre os ali intervenientes o que para o espetador à partida pode ser útil. Mas foi-se detetando que a jornalista ia percebendo, ou alguém lhe soprava ao ouvido, que era preciso mais mas a nosso ver não chegou lá... Pensamos que é visível no âmbito da comunicação social défices sobre como tratar o que aqui está em causa que verdadeiramente não sabemos o que é ... Onde estão os «especialistas»? Que escolas e cursos ouvir? Que Ordens Profissionais temos ou devíamos ter que não podem/podiam ser ignoradas? Claro, as Administrações têm de ouvir os CIDADÃOS, as EMPRESAS, e as demais ORGANIZAÇÕES. Com método, obviamente, o próprio das ADMINISTRAÇÕES ABERTAS. Na circunstância o que aconteceu ?
- De facto, na entrevista vem ao de cima algo fundamental de que nada nos dizem: a questão dos CONCEITOS, dos MODELOS DE TRABALHO, dos AUTORES QUE SE SEGUEM, da LITERATURA DE REFERÊNCIA, das BOAS PRÁTICAS ELEITAS PARA BENCHMARKING ... E algo que arrepia, FALTA MEMÓRIA SOBRE COMO SE CONSTRUIRAM AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS - CENTRAL E LOCAL - DEMOCRÁTICAS. E se moldou o ESTADO. Ou seja o que se edificou com o 25 de abril. Senhor Ministro as transformações devem-nos orgulhar. Homens e mulheres de todos os Partidos - governantes, dirigentes dos diversos níveis, técnicos, e demais trabalhadores ... - fizeram a «mudança original». E por aproximações sucessivas (até nos parece que é o que quer desenvolver eventualmente sem domínio das técnicas subjacentes). Muitos e muitas já não estão entre nós. Mas merecem ser recordadas/os. Merecem o nosso reconhecimento e respeito. Estamos em crer que há gente do seu Partido que não se revê no que está a fazer, no modo com que está a atuar, até porque dá ideia que não é uma questão de estilo ...
- E sim, ao longo dos 50 anos de abril houve muito de que não nos podemos orgulhar, foi-se escangalhando o Aparelho Estatal: extinções e fusões cegas; reformas antecipadas sem transferirem o conhecimento; políticos com desejo de apresentarem serviço a criarem estruturas ao lado; confusão entre o que é dos «gabinetes» e dos «serviços»; concursos faz de conta - ai! aqueles em regime de substituição; o movimento perpétuo de estar sempre a começar do zero; a falta de memória organizada; e apregoa-se sem fundamento cientifico, aliás, com a realidade a mostrar o contrário, que o Estado tem de ser governado como uma Empresa ... Mas ao mesmo tempo, depois de se ter introduzido A GESTÃO (a GESTÃO PÚBLICA necessariamente) nas ADMINISTRAÇÕES, a GESTÃO LEGALISTA a retornar, nada acontece que não passe por um diploma - tipo «manuais» ..., e assim sendo «escolas de gestão pública», para que vos quero? E de quem é a responsabilidade, de quem é?
- Senhor Ministro, pare um pouco, para nos dizer se a seu ver, e mais importante de todo o Governo, REFORMA DO ESTADO e REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO é a mesma coisa. Em termos operacionais, se PROCEDIMENTO e PROCESSO na esfera da Gestão Pública tecnicamente não tem diferenças. Quem sabe, ao jeito dos tempos, e atendendo a que não haverá espaço temporal para ler o que se devia estudar, e frequentar os cursos (do nosso ponto de vista a (re)criar na esfera da GESTÃO ESTRATÉGICA e da GESTÃO OPERACIONAL agora tendo em conta a GOVERNANÇA do PARADIGMA DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVL ) fazer pelo menos um «glossário» ...
- Reparamos em expressões (ou serão apenas termos, quem sabe não mais que palavras) que o Senhor Ministro utilizou e ornamentou a sua narrativa, que até nos levaram a esboçar um sorriso. Comecemos pelo NOVO IMPULSO, saberá o Senhor Governante que já foi elemento organizador de um outro Partido? E até recordamos titulo de artigo a propósito, «UM NOVO IMPULSO, NA DIREÇÃO CERTA». (Não temos tempo para ir procurar), mas parece que o problema e pelo que já se ouviu hoje nas reações ao anunciado a questão é mesmo essa, «a direção». Depois aquela de ir concebendo à medida que vão pensando a coisa de que nos irão informando a conta gotas - e quem é que vai atuar?, os novos dirigentes, ou vai haver uma Equipa para isso? - fez-nos lembrar, mas faltando-lhe a grandeza e poesia, o verso «O CAMINHO FAZ-SE CAMINHANDO», podemos dizer farol de muitos e muitas ... Por acaso também reparámos na introdução da «AGÊNCIA», e desconfiados que estamos talvez traga «água no bico» - será que à «socapa» são passos para privatizações da Administração? Ou será que devíamos dizer Estado?
- Não sigamos nesta sequência, fica para «depois das férias» . Estamos mais apaziguados ...
quinta-feira, 31 de julho de 2025
100% IA | «A multiplicação de grupos cuja imagem e músicas são inteiramente geradas por Inteligência Artificial (IA) representa a face mais visível de um fenómeno crescente que começa a reduzir o espaço de atuação e remuneração dos músicos profissionais»
Por trás destes projetos reina a opacidade: os produtores da chamada "música 100% IA" são, até aqui, inacessíveis. Ao contrário do que ocorre com plataformas como Deezer, o Spotify não informa quais as faixas que são integralmente geradas por essa tecnologia.“Num futuro próximo, veremos surgir muita música sobre a qual não saberemos quem a fez, nem como foi criada”, prevê Leo Sidran, produtor, compositor e intérprete. Para este artista premiado com um Óscar, a aparição desses grupos de IA "mostra até que ponto muitas músicas são agora comuns e previsíveis". O produtor e compositor Yung Spielburg destacou, no podcast "Imagine AI Live", que a IA evidencia a separação entre "escuta passiva e ativa". (...)».
terça-feira, 29 de julho de 2025
E TALVEZ LHE INTERESSE ESTE «PROGRAMA DE VERÃO» PARA O PRÓXIMO DIA 2 DE AGOSTO |«Sessão de cinema no terraço do CT Vitória no próximo Sábado, dia 2 de Agosto, às 21h30, sobre os usos da música (no caso, do jazz) como arma política durante o golpe no Congo. O filme será apresentado por João Polido e Raquel Ribeiro»| E ANTES ÀS 19:00 HÁ CONVIVIO | PROMETE !
ARTIGO DE OPINIÃO DE LUÍS RAPOSO NO JORNAL PÚBLICO | «O “velho”, o “novo” e a centralidade das colecções nos museus» | COMO HABITUALMENTE A NÃO PERDER _ VÁLIDO PARA OS MUSEUS E NÃO SÓ ... | ATÉ NOS LEVOU A«UM TEATRO EM CADA BAIRRO» DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
«Existe uma dicotomia entre "colecções" e "compromisso social" nos museus? Não, não existe. Nos museus tudo é complementaridade, mais do que conflitualidade. Os museus modernos surgiram no século XVIII precisamente com o objectivo de tornar as colecções acessíveis às pessoas comuns e não apenas às aristocracias. Se os museus se limitassem ao coleccionismo de objectos, sem mais amplos propósitos sociais, não seriam museus: continuariam a ser "gabinetes de curiosidades".
Não há compromisso social suficiente nos museus "tradicionais"? Não tenho a certeza disso, embora admita que sim e que por isso em muitos deles sejam necessárias medidas mais ousadas de envolvimento social. Mas mister é que não percam o foco principal e fundamental que é dado pelas colecções. Acção social não alicerçada naquilo que constitui a razão de ser de cada museu, as suas colecções, constitui um equívoco de vistas curtas, que a termo conduz ao risco da irrelevância porque outras instituições sempre poderão fazer o mesmo – e porventura melhor. No final do dia, o que permanece e, a longo prazo, aquilo que garante a relevância de cada museu particular, e dos museus em geral, são as suas colecções. A ideia do “museu sem colecções” é um sem-sentido, porque deixaria de ser museu, para se tornar outra qualquer coisa, quiçá mais útil: centro cultural, fórum social, casa das artes, etc. (...)
E mais adiante com o que termina:
No fundo, no fundo, nunca saímos do mesmo local em matéria da relevância social dos museus, que se baseia nas suas colecções e na curiosidade que despertam. Há quase uma década, Nicholas Thomas, debaixo do sugestivo título O Regresso da Curiosidade (ed. Reaktion Books Ltd, Londres, 2016), com o não menos sugestivo subtítulo “para que servem os museus no século XXI”, afirmava: “Os museus devem colocar o objecto em primeiro plano de forma a permitir que os observadores, visitantes e público se deixem envolver, com a sua condição física e material, a sua identidade e história particulares. Não há nada de errado com os centros de ciência, nos quais proliferam exposições interactivas de vários tipos, e tais dispositivos podem tornar visíveis toda uma gama de processos e princípios, divertidos e espectaculares. Mas estas técnicas exemplificam um modo expositivo distinto que não é museológico em sentido estrito. A cultura material oferece aquilo a que John Berger (escrevendo sobre fotografia) chamava ‘outra forma de contar’ – e os museus são os locais onde essa ‘outra forma de contar’ tem a oportunidade de falar, onde somos mais susceptíveis a surpresas e à sua eloquência.”
Ou seja, em síntese: “O museu como um método coloca a colecção do centro da descoberta.” E “o que as colecções nos dizem é menos importante do que as diferenças que revelam em relação ao que somos”. Nem mais.».
segunda-feira, 28 de julho de 2025
«Luis Miguel Cintra _ Comentários a uma Filmografia»
«Reflexões íntimas e memórias cinematográficas de um dos maiores atores do cinema português. Uma obra única que percorre cinco décadas de cinema, desde “Quem espera por sapatos de defunto morre descalço” (1970) até “Verdade ou Consequência?” (2022).
Este livro reúne os comentários pessoais de Luis Miguel Cintra sobre os mais de 100 filmes em que participou ao longo de cinco décadas de carreira. Uma obra única que oferece um olhar sobre o cinema português e internacional através dos olhos de um dos seus mais importantes intérpretes.
Esta obra foi publicada no contexto da atribuição do Prémio Ethos do XXX Festival Caminhos do Cinema Português, reconhecendo a contribuição excecional de Luis Miguel Cintra para o cinema nacional e internacional». Saiba mais.