terça-feira, 4 de novembro de 2025

AINDA O TEATRO DA RAINHA PORQUE CELEBRA «40 ANOS» ...

 


mas sublinhemos já, uma vez mais, para  dizer 
do valor que é ler o Teatro da Rainha
 -  prazer e inteligência intemporais - 
 

«O Teatro da Rainha faz 40 anos. E está a celebrá-los, isto é, a percorrer através de material fotográfico revelador o que realizou. Não é apenas um acto de memória, mas vivificar – o momento de olhar de quem especta – uma actualidade dos espectáculos, uma projecção destes num presente dos observadores que é, como sabemos, sempre a fugir – tudo é imediata memória. O tempo não pára mesmo que no teatro o paremos, não só nos “silêncios”, nas “pausas” e nas didascálias que dizem “um tempo”, mas porque suspendemos o fluxo na ampulheta da eternidade para evidenciar nos acontecimentos cénicos as suas interacções sociais e nelas o que sejam opressões escondidas e outras monstruosidades do humano mas, em contracorrente, realizando a festa com as armas do humor dos autores, dos actores e jogo dos seus corpos, da encenação: a festa do prazer estético, da beleza que existe também no que é feio, oculto e imperfeito – o tempo que vivemos é realmente tragicómico, a tragédia multiplica-se numa metástase contínua de violências sem limite e o entretenimento, dominante, adocica e mascara tudo de modo avassalador. Há sempre uma anedota a contar, uma pitada de óbvio a exaltar.

A impotência chama-se Ocidente.
No caso desta mostra fotográfica, aqui, na Casa Antero, pomos em dia o que fizemos no Beco do Forno, beco de muitas estradas polémicas. Esta Casa é um Centro Cultural, um espaço de convívio, de cumplicidades e por certo de crítica conspirativa, da arte de maldizer que redime as almas.  Convosco, nesta parede acolhedora, está Cervantes (o criador do Quixote), Molière (que diagnosticou a hipocrisia dos Tartufos desta vida e dos mentirosos em geral, Goldoni tem o seu Bugiardo), Karl Valentin (que inspirou com o seu cabaret blagueur o dramaturgo Bertolt Brecht) e o próprio Brecht que, através do seu alter-ego “Senhor Keuner”, introduziu nos espíritos (des)atentos dos seus leitores uma versão maliciosa e subtil da introspecção dialéctica, elevando a ingenuidade a método. (...)».

 

EM BREVE NO TEATRO DA RAINHA |«Orfãos»

 

 
 
«(...)  Até onde estaria disposto a ir na defesa de um familiar? Este podia ser o mote de Órfãos, peça de Dennis Kelly que, desde a estreia em 2009, nunca mais deixou de ser encenada um pouco por todo o mundo. A criação que o Teatro da Rainha traz agora ao público português, com tradução e encenação de Henrique Fialho, reforça a questão inicial buscando desmontar a lógica do “nós ou eles”, do “quem conhecemos contra quem não conhecemos”, das “pessoas de bem vs. pessoas de mal”.

(...)A entrada em cena de Liam é o motor de arranque de uma discussão sobre a volatilidade dos laços familiares, as fracturas sociais, a criminalidade, o aborto, os efeitos da imigração, o racismo, a tortura, a alienação da consciência moral e dos valores que a sustentam. Tal como o título indica, estamos perante um objecto em que o desamparo e o abandono, temperados com humor negro tipicamente britânico, são marcas essenciais».

 

 

domingo, 2 de novembro de 2025

NÃO HÁ «A GERAÇÃO DEPOIS DO 25 ABRIL», HAVERÁ VÁRIAS GERAÇÕES | como se ouvem umas às outras, eis uma das questões ... | ANTEVEMOS QUE A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA) vai ter papel na coisa ...

 

 
onde se ouve sobre «mecenato cultural», isto ou equivalente: «(...)nem temos um sistema de mecenato (...) e sabemos dos diferentes lugares institucionais por onde passou a «Comissária», a que se acrescenta o que se pode ler nesta revista:


 
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Parece ser uma máxima do Evangelho que ouvimos desde pequenos: «A QUEM MUITO É DADO, MUITO SERÁ EXIGIDO» - segundo a IA é.   E será isto que pensando bem organiza este post.
 
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O começo: estávamos nós a «tentar esquecer» as palavras da Senhora Governante da Cultura ilustradas pelo que se reproduz, uma vez mais,  no início deste post quando ouvimos a Comissária-Geral de Portugal na Expo Osaka 25, na TSF em Programa de que muito gostamos, e já o dissemos no Elitário Para Todos -  «A Escuta do Mundo». E demos connosco a procurar saber mais sobre as suas biografias. Uma nasceu em 1975, 50 anos; outra em 1989, 36 anos. E são MULHERES, e  alegra-nos que ocupem e tenham ocupado lugares que tradicionalmente eram para homens. Sim, até somos a favor da discriminação positiva, embora também não embandeiremos em arco com quotas - mas tem de ser...  Não temos dúvidas que reconhecerão que é uma «conquista de abril» de homens e mulheres.
Então o que nos está verdadeiramente a incomodar? A resposta: é a falta de verdade, condescendemos para não entupir o diálogo, de rigor,  no discurso daquelas protagonistas. Apetece pugnar por uma «Indústria de Polígrafos». Ou talvez nem seja necessário, pode ser que o desenvolvimento da Inteligência Artificial,  a continuar a verificar-se o ritmo de hoje, permita confrontar «verdades» cada vez de maneira mais competente. Afinal, parece que os «FACTOS ALTERNATIVOS» existem ... Não são apenas estes casos que nos levam a concluir que dentro da geração depois de 25 de abril, ou à volta disso, há estratos sociais/profissionais - figuras -   que parecem beneficiar de uma certa «impunidade» e simplesmente «dizem» no Espaço Público ... Lá terão as suas fontes, ou será de «estaca e ouvido»?  Ilustremos: o investimento na cultura (alturas houve que se negava a palavra «apoios») tem uma história que nega as palavras da Senhora Governante, e defendemos de há muito que deve haver balanços  - avance Senhora Ministra na produção de MEMÓRIA - para se saber quem progrediu e quem regrediu ... e se houve aquilo que a Senhora Governante descreve quem foram os autores.  A propósito, apenas mais esta nota: houve período em que pelo Fundo de Fomento Cultural no que aos «apoios» dizia respeito se cobria Projetos que tinham sido objeto de APRECIAÇÃO pelos JÚRIS da DGARTES ou organismos que a antecederam, e tudo devidamente articulado com quem tinha a responsabilidade no processo e até publicado em DR ... Assinalando o que se conclui como fundamental, havia identidade de cada uma daquelas organizações. Hoje  DGARTES e FFC o que as distingue? Alô Senhor Ministro das «Reformas» ...
Agora, sobre o MECENATO. Acreditamos que cada um com suporte nas experiências de outros - de lá de fora, pois claro ... - que conhece defenda outras propostas.  Dizer sistema, tecnicamente, será um pouco exagerado, mas nós temos o «nosso SISTEMA». Contudo parece-nos, face ao que ouvimos e lemos, que há uma falha de partida: MECENATO que é MECENATO  não espera contrapartidas «financeiras» ou equivalentes ... Mais, olhemos para o novo conceito de DESENVOLVIMENTO, voltando à «nossa fórmula»:
E nada disto pode ser refletido sem se convocar o SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA que aliás em dado momento pairou no Programa da TSF  ... e até captamos «alguma tensão» nessa ocasião  ...
 
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Mas o que nos convoca aqui com estes casos tidos como alvo, mas são ilustração, é este questionamento: para quem nomeadamente da sua geração falam estas protagonistas? Como entenderia «o povão»  caso com isso contactasse o que nos dizem sobre não verem televisão, não terem redes sociais, mudarem com facilidade de lugares para trabalhar, sugerirem hobbies que se nos afiguram caros e precisam de  casas para tal, assunção de mecanismos pouco transparentes norteados por proximidades ... Interrogamo-nos se não será este ambiente real ou apercebido que leva aos resultados eleitorais com que estamos confrontados ... Serão as «bolhas» de vivência de que se vem falando? Dá ideia que estão longe do POVO. E lembramos a frase de Lula da Silva quando dizia que era «formado em Povo Brasileiro». Mas deixemos o pessimismo de lado, e peguemos no que se acompanhou nas Eleições Autárquicas de Lisboa -   da CDU -  que se seguiram de perto. Luminosas! Com candidatos/as onde as mulheres pontuavam e jovens. E pareciam estar «formadas/os em POVO LISBOETA». Os Eleitos/as:
 
 
O que nos alegra, mesmo, e comprova a nossa leitura: esta gente, gente, não para, e o PROCESSO CONTINUA - vinha de trás, engrossou durante as eleições, e aí estão a continuar  enquanto houver estrada para andar ...
 
 
 
Em síntese, e há sempre a tentação
 de fazer «sumário»: não há a Geração depois 
do 25 de Abril, há DIFERENTES GERAÇÕES! 
 

 

NA PERFORMA 2025|«(...)»through olfactory holograms: steamed rice, diesel, cardboard, ozone. (...)»

 


 Raimundas MalašauskasWalking Tour: Raimundas Malašauskas

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

DE NOVO VIEIRA DA SILVA | AGORA NO GUGGENHEIM BILBAO | e a entrevista com a curadora da exposição no jornal Expresso até nos leva a raciocinios mais amplos sobre a intervenção nacional no desenvolvimento de públicos chegando-se a palavras governamentais | HÁ QUE FAZER MUITA COISA «AO MESMO TEMPO», SENHOR MINISTRO

 
A leitura da manhã dos jornais, vá se lá saber o porquê, fez-nos ligar  o trabalho de Ana Soromenho  no semanário Expresso desta semana - Vieira da Silva: contra o esquecimento- que consiste numa entrevista à  Responsável pelas coleções da National Portrait Gallery, em Londres, Flavia Frigeri, e que é a comissária da exposição de Bilbau, às palavras do Ministro da Presidência  que se podem ler no jornal Público nesta notícia:
 
Nem é o central da entrevista, mas chamou-nos a atenção isto que disse a Comissária - o destaque é nosso: «Em 2020, quando começou a trabalhar para a National Portrait Gallary, teve a missão de aumentar a representação feminina para reposicionar o lugar desta. Encontrou trabalhos que a surpreenderam? Esse trabalho, feito a partir dos retratos, não se circunscrevia apenas ao campo das artes visuais. Foi muito mais amplo e interessante porque incluía todas as áreas, desde a literatura à ciência. Descobrimos, por exemplo, Jean Purdy, a cientista que ajudou a desenvolver a fertilização in vitro e nunca foi reconhecida porque nos grupos de trabalho os créditos são sempre para os homens. Ainda vamos levar muitas gerações até garantirmos que seja dado às mulheres um reconhecimento que os homens sempre tiveram. A igualdade é uma ambição. Nem que seja a última ambição».
Antes, tínhamos reparado nisto dito pelo Governante:
 
Parece já ser um «padrão»,  temos de nos habituar às «tiradas» dos nosso Governantes - veja-se o que escreveu a responsável da Cultura - e agora isto:  "Os jovens não querem"."Vamos então dar coisas que eles não querem consumir? Isso interpela quem? Não interpela o Estado a disponibilizar esta medida. Interpela os meios que devem procurar oferecer algo que eles queiram». Ora essatalvez tenhamos que os ensinar a «gostar desta sopa» ou dizendo doutra forma a criarem o hábito de irem a «esta escola». Mas a nossa ênfase até é outra que se prende com isto:  o «isolado» raramente atinge o que se deseja, há necessidade de ao mesmo tempo fazer «isto e aquilo». Ter programas amplos que se cruzem. Enfim, e olhando para a iniciativa conjunta -«António Leitão Amaro falava no parlamento, no âmbito da apreciação na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2026, numa audição conjunta das comissões de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto e do Orçamento, Finanças e Administração Pública» - é preciso praticar a TRANSVERSALIDADE. Desde logo, onde está o PLANO DE DESENVOLVIMENTO PARA A CULTURA? E do ponto de vista conceptual e técnico voltemos a ensaio da nossa estimação: 
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e já que utilizamos a expressão «ao mesmo tempo»
 

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

DE FACTO HÁ UM SABER E UM PRAZER QUE SÓ A ARTE NOS PODE DAR | «Nada é profundamente triste, tudo é cómico» - boa máxima para aguentarmos as palavras da Senhora Governante da Cultura sobre a «distribuição de apoios no setor cultural em Portugal»

 


 
 
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Uma «estreia» é sempre uma festa! Depois de tantos dias de trabalho, de ambientes caóticos, de entusiasmos e desânimos, ...   eis que há a partilha com os «públicos» - a grande parte da razão de ser de tudo. Amanhã a estreia do espetáculo «Elogio do Riso». Acontece em tempos «estranhos» nomeadamente com uma Governante  a dizer isto em artigo de opinião: «Durante décadas, a distribuição de apoios no setor cultural em Portugal esteve condicionada por mecanismos informais, pouco transparentes e excessivamente dependentes de relações de proximidade. O que deveria ser um processo assente em critérios claros e objetivos transformou-se num espaço onde afinidades pessoais, simpatias circunstanciais ou contactos diretos com responsáveis políticos se sobrepunham sistematicamente ao mérito dos projetos. Essa lógica obrigou o setor cultural a tentar crescer apoiado em instrumentos frágeis, incapazes de garantir previsibilidade ou confiança». Veja aqui. Como é possível que isto tenha sido escrito?  E as palavras contam - por exemplo aquela «distribuição», qual «esmola aos pobres» ... Nem sabemos como não lhes ocorreu recuperar a palavra «auxílios» que já apareceu em suportes oficiais. Pois bem, neste momento para se aguentarem «diatribes destas»  talvez agarrarmo-nos ao «NADA É PROFUNDAMENTE TRISTE, TUDO É CÓMICO» que nos é trazido pela peça que amanhã vai estrear no TEATRO MUNICIPAL JOAQUIM BENITE. Ah, quem sabe, tudo baralhado,  isto possa vir à tona nas CONVERSAS COM O PÚBLICO a propósito do Elogio do Riso.Não estamos em ambientes de «conversas fofinhas». Não nos podemos dar ao luxo de «meter a cabeça na areia». Ah, por acaso estamos à espera que o Senhor Primeiro Ministro não ignore o assunto... A nosso ver, as palavras da Senhora Governante são mesmo graves. A propósito, se ainda não leu, não esqueça o artigo referido  no post anterior: JÁ O DISSEMOS ! | HÁ QUE POR COBRO À NARRATIVA DE SUA EXCELÊNCIA A MINISTRA DA CULTURA & cª. SOBRE O SETOR DAS ATIVIDADAES CULTURAIS E O PAPEL AO LONGO DOS TEMPOS DO MINISTÉRIO DA CULTURA / SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA | esperamos que «os políticos» o façam mas entretanto temos o artigo de opinião «A transparência da Cultura» de Bruno Alexandre, Dina Magalhães e Simão Costa no jornal Público | A NÃO PERDER! | QUE BOM MOMENTO DE PONDERAÇÃO!
 
 
Ainda, não se pode ignorar
«a estrela» da Primeira conversa 
 


 

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

JÁ O DISSEMOS ! | HÁ QUE POR COBRO À NARRATIVA DE SUA EXCELÊNCIA A MINISTRA DA CULTURA & cª. SOBRE O SETOR DAS ATIVIDADAES CULTURAIS E O PAPEL AO LONGO DOS TEMPOS DO MINISTÉRIO DA CULTURA / SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA | esperamos que «os políticos» o façam mas entretanto temos o artigo de opinião «A transparência da Cultura» de Bruno Alexandre, Dina Magalhães e Simão Costa no jornal Público | A NÃO PERDER! | QUE BOM MOMENTO DE PONDERAÇÃO!

 

 

CASO ESTEJA INTERESSADO/A NO QUE SE PASSA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E NÃO TEM TEMPO PARA ISSO NÓS CONTINUAMOS A DAR UMA AJUDA | Já que puseram o Fundo de Fomento Cultural «na agenda» chama a nossa atenção o que vai sendo publicado no Diário da República ...

 

Eventualmente teríamos passado adiante ao fazer a visita mais ou menos habitual ao Diário da República, mas como puseram o Fundo de Fomento Cultural na agenda, deve ter sido por isso, parámos no Despacho acima. Entretanto, recordemos o post  BEM DIZ O POVO QUE A PRESSA NÃO É BOA CONSELHEIRA | ocorre-nos o provérbio ao lermos a Portaria n.º 360/2025/1 de 15 de outubro | ALGUÉM TEM DE OLHAR PARA AQUILO SOB VÁRIAS PERSPETIVAS: GESTÃO PÚBLICA; DIREITO; REFORMA DO ESTADO EM CURSO ... 
Olhando para o Despacho mesmo de maneira leve, retiramos dali elementos para se construirem PROGRAMAS «sem fim» para o pensamento e para ação. Mas temos outras prioridades, e também há que parar de se ser masoquista. Ainda assim algumas notas:
 
 - Confirma-se, a nossa legislação é hermética, embora esteja determinado algures que deve haver um RESUMO que diga de forma que o comum dos mortais perceba. Certamente que os leigos se interrogarão a propósito de ainda se continuar com o COVID, de o Programa GARANTIR CULTURA ainda não estar encerrado, de haver aqueles efeitos retroativos, de ... Com certeza que os «especialistas» dirão que é mesmo assim, e nós é que não percebemos nada disso, e o melhor é ficarmos sossegados no nosso canto. Bom, à partida isso não irá acontecer, e continuaremos na medida do nosso tempo e disposição dispensando atenção «à coisa». Sim, perdoem-nos, tipo «diletante profissional», mas parece ser a postura que nos defende do que vai acontecendo. Cada vez menos  físico e cabeça que aguentem ...
 
- E temos aquela «atividade de natureza não comercial»! Até pensávamos que era expressão em «desuso» na esfera do Ministério da Cultura ... E apetece pedir, expliquem-nos. 
 
- Contudo, fique claro, o Elitário Para Todos quer contribuir para a TRANSFORMAÇÃO  ORGANIZACIONAL DAS ADMINISTRAÇÕES. Assim, a partir do Despacho inicial, desde logo, remetemos para o post anterior assinalado, e sublinhemos aquele REGIME DE SUBSTITUIÇÃO - afinal «adorado» por todos. Estamos com imensa curiosidade sobre o PERFIL PROFISSIONAL E OCUPACIONAL que vão ser fixados aquando de concurso. E quando é que isso acontecerá! Depois, aquilo de um organismo de PLANEAMENTO E ESTUDOS estar cada vez mais «afogado» em atividades operativas. Aprende-se que essas matérias não se devem misturar - as Escolas devem estar erradas ..., devolvam-se os diplomas ... Entre os pingos da chuva, como já sugerimos, que tal encarregar alguém para fazer a «HISTÓRIA DO FFC»? É preciso, é preciso ...
 E porque se anda em arrumações (sempre) tropeçamos na «história» seguinte, e talvez gostem de saber que existe  - nada de copiar, apenas aprender ... :
 
 

 Para terminar a questão de fundo: CRIAR UM MINISTÉRIO DA CULTURA DIGNO DESSE NOME. 
  

 

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

CONTINUEMOS COM TEATRO MAS A NOTÍCIA É TRISTE | morreu Adolfo Gutkin

 

Leia no Público: Morreu Adolfo Gutkin, encenador que renovou teatro português após o 25 de Abril | Ao longo de mais de cinco décadas, o percurso de Gutkin no teatro passou pela Argentina, Cuba e Portugal, atravessando vários regimes políticos, e trazendo ao teatro português técnicas contemporâneas. Aqui
 
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Para muitos e muitas, sem serem profissionais de teatro, «apenas» públicos,  Gutkin em dado momento era «uma lenda». Fez parte da formação de uma geração no que à Cultura diz respeito. Ao lermos o que se está a escrever agora que nos deixa, paramos neste excerto de outra figura que também já não se encontra entre nós - Augusto M. Seabra - neste texto imperdível: «Reflexões teatrais | (...)Estimulado por Gutkin, um conjunto de actores formava em 1971 Os Bonecreiros, primeiro dos "grupos de teatro independentes" cuja explosão iria marcar indelevelmente o panorama. (...)».  Que o legado de Gutkin nos ajude na ação que os dias que correm reclamam. Em particular na esfera da CULTURA E DAS ARTES.
 
 

LUÍ MIGUEL CINTRA | ficou sem a Cornucópia mas continua a surpreender-nos!

 

 
Mas nós queremos reproduzir já:
 

«Luis Miguel Cintra (Madrid, 1949) é uma figura maior do teatro em Portugal e um dos rostos mais marcantes do cinema português dos últimos sessenta anos. Encenou e interpretou centenas de peças, clássicas e contemporâneas, que se contam entre as mais importantes da dramaturgia mundial, tendo igualmente participado, como ator, em mais de seis dezenas de filmes, sendo também uma das presenças mais assíduas da obra de Manoel de Oliveira.

Paralelamente à faceta mais reconhecida do seu trabalho, ao longo das últimas décadas Luis Miguel Cintra tem vindo a reunir uma quantidade avassaladora de peças escultóricas (ou “bonecos”, como o próprio lhes chama): arte sacra ou figurado popular, raridades ou estatuetas sem interesse, representações humanas ou animais, de todos os tamanhos, cores e feitios. Mais do que uma coleção – ou o seu contrário –, este insólito bestiário invadiu por completo o seu apartamento de Lisboa.

Com o encerramento da Cornucópia, em 2016, e com uma atividade teatral reduzida, Luis Miguel Cintra coabitou com estes misteriosos ocupantes, partilhando a casa, a vida e um irreprimível desejo de teatro. Numa lógica mais dramatúrgica do que decorativa, o encenador fez desses bonecos uma inusitada trupe de teatro: atores e personagens compelidos ao diálogo e a interagir de formas inesperadas numa polifonia de gestos, de olhares, de expressões que são, em última instância, um prolongamento do ato de encenar: um teatro estático, mas não totalmente imóvel, um teatro silencioso, mas não inteiramente mudo.

Esta exposição pretende cumprir dois objetivos fundamentais: reencenar, no espaço da galeria, uma síntese do percurso de Luis Miguel Cintra como ator e encenador e, em diálogo com a obra de Manoel de Oliveira, refletir acerca dos pontos de contacto (e de divergência) entre três modos de ver e de dar a ver: o teatro, o cinema e a exposição.

A exposição é organizada pela Fundação de Serralves — Casa do Cinema Manoel de Oliveira e tem curadoria de Luis Miguel Cintra e António Preto e coordenação de Carla Almeida. 

 
 Roteiro da Exposição
 
e há o LIVRO DA EXPOSIÇÃO

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e continuemos a visitar
o maravilhoso site da
Cornucópia 
 
 

 

sábado, 25 de outubro de 2025

TALVEZ LHE INTERESSE! | o filme «Índia» | NO CENTRO DE TRABALHO DE ALCÂNTARA DO PCP| 30 OUT 2025 | 20:00 CONVÍVIO | 21:00 FILME | LISBOA

 

 
 
«Após as últimas sessões de cinema no terraço do Centro de Trabalho Vitória, o Núcleo do Cinema do Sector Intelectual avançou com a programação de um ciclo que decorrerá durante os próximos meses em vários centros de trabalho do PCP.
Inauguramos, assim, o *CineVitória* com o fime "Índia", de Telmo Churro. Após a exibição haverá uma conversa com o realizador e Cátia Rodrigues, programadora e crítica de cinema.
Dia 30 de Outubro, com convívio a partir das 20h e exibição uma hora depois, no Centro de Trabalho de Alcântara».



quinta-feira, 23 de outubro de 2025

BEM DIZ O POVO QUE A PRESSA NÃO É BOA CONSELHEIRA | ocorre-nos o provérbio ao lermos a Portaria n.º 360/2025/1 de 15 de outubro | ALGUÉM TEM DE OLHAR PARA AQUILO SOB VÁRIAS PERSPETIVAS: GESTÃO PÚBLICA; DIREITO; REFORMA DO ESTADO EM CURSO ...

 

 
 «Toda a Gente» se queixa  que a nossa produção legislativa tem muito a melhorar. Aliás, o Governo atual, de forma direta e indireta, já o disse verbalmente e escreveu. Não sabemos quem está a acompanhar essa «proclamação». E neste quadro diga-se que ficamos atordoados ao lermos a Portaria acima. Bem vistas as coisas não se estava a perceber o calendário, mas depois lembramo-nos do Relatório que foi objeto deste nosso post: HÁ PROBLEMAS NO FUNDO DE FOMENTO CULTURAL? | venha de lá mais um «regulamento» ...  E é de lá isto:
  


 

 
Ah, entretanto, já há Aviso ao abrigo da Portaria acima - bem nos queria parecer que havia «urgência», e até Retificação desse Aviso saída ontem no Diário da República:
 
 

 
«Por acaso» é sobre as CAE,  e não resistimos em a transcrever
 a Retificação porque encaixa bem no que queremos «denunciar»:
 
  
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Olhando para tudo isto, aquela sensação inquietante sobre o EDIFÍCIO LEGAL E GESTIONÁRIO em presença: não sabemos onde o encontrar, onde perceber a coerência do que vai acontecendo.  Tudo parece - não parece, objetivamente é - uma gestão «à vista». Mas então Senhor Ministro Adjunto e da Reforma de Estado o que nos diz a este manancial de regulamentos e família associados a esta iniciativa «tão rápida» da sua colega de Governo? Pela informação de que se vai dispondo somos levados a concluir que Vossa Excelência estará a estudar como transformar o que encontrou e para o que foi nomeado e a Governante da Cultura & Cª. a agravar o que existe. Não acreditamos que o Senhor Ministro das «Reformas» aceite que na forma e no conteúdo isto facilite a «vida das organizações»: Aviso de Abertura FFC - Programa de Apoio a Projetos de Mérito Cultural. Aliás o que se lê é na essência uma repetição da Portaria. «Adoramos» esta passagem:«São elegíveis as entidades que detenham, a título principal ou secundário, Código de Atividade Económica (CAE) compatível com a candidatura, constante da Classificação Portuguesa de Atividades Económicas, na redação em vigor, designadamente: 47610, 47690, 58110, 59110, 59120, 59130, 59140, 59200, 71110, 74110, 74120, 74140, 90110, 90120, 90130, 90200, 90310, 90390, 91110, 91120, 91210, 91220, 91300 94991». Já agora, (para desanuviar), podiam não se limitarem «a repetir», podiam fazer um link para a Classificação das Actividades Económicas, e até discorrer sobre a dimensão económica das atividades culturais ..., lembrando, contudo, que a razão do que está em causa é a CULTURA E A ARTE. 
Para sairmos deste capitulo, onde a Gestão Legalista da Administração Pública em todo o seu esplendor, e já que na esfera da Reforma do Estado/Administração que nos dizem em curso há discurso de mudança em torno dos PROCESSOS, recordemos o que para muitos os seus PAIS - MICHAEL HAMMER e JAMES CHAMPY - diziam aquando da divulgação da sua obra (para lá das empresas do mundo dos negócios):  
 
 
 
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«QUASE TUDO ESTÁ ERRADO!», dizem os autores acima. Pelo que está a ser praticado; pelo que está institucionalizado; pelo que emerge; ... atrevemo-nos a dizer que ao que se está a passar em torno do FFC à luz das ADMINISTRAÇÕES GESTIONÁRIAS  se poderá aplicar aquela expressão. Não é verdade!, dirá a Senhora Governante da Cultura. Pois bem, mostre-nos o ESTUDO  em que assenta a sua ação tão, ... tão, querendo-se ser «agradável», e com o devido respeito, «voluntariosa»...  Para esse estudo, mais tarde, ou mais cedo tem de ser feito, quem sabe os posts seguintes do Elitário Para Todos possam dar algum contributo:
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Diga-se que apetecia analisar ao pormenor a Legislação aqui em causa, mas não vamos por aí. Centremo-nos em questões da família do «estruturante»:
 
- Não será estranho que se continue com um organismo que vem do antes do 25 de abril? Qual a «história» do FFC. A que se deverá esta longevidade ... 
- Bom, alguém tem de nos dizer, afinal em que diverge nos dias de hoje a DIREÇÃO GERAL DAS ARTES do FUNDO DE FOMENTO CULTURAL.
- Aquela Portaria que acaba de sair, é um Regulamento de «Apoios» (os famigerados apoios, nada de garantir) ou é um Diploma Orgânico? Como se escolheu o «grau» do diploma? Explicamos: porque «Portaria», e não «Decreto-Lei», ou mesmo «Resolução do Conselho de Ministros» ... Afinal, nem percebemos quais as atribuições do Conselho Administrativo do FFC ... E, em particular, temos de assinalar isto:
 
 
Com toda a sinceridade, «estamos perdidos» nesta floresta ... 
 
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 Mais do que isto que vai acontecendo com espaço no Diário da República - certamente que a mensagem central  é de que está tudo certo - tudo legal -, o que é perturbador é não haver REAÇÃO que nos mostre as ALTERNATIVAS GESTIONÁRIAS na esfera da Cultura e das Artes. Ousamos, uma vez mais: tudo terá que passar pela criação de um  MINISTÉRIO DA CULTURA digno desse nome.