sexta-feira, 22 de maio de 2020

FLORESTA DE TOMADA DE POSIÇÕES | Senhora Ministra da Cultura faça um levantamento e divulgue-o no «seu site»| AQUI E AGORA UM GRUPO DE CERCA DE DEZ PESSOAS QUE TRABALHAM EM ARTE E CULTURA E QUE PREFEREM NÃO SER IDENTIFICADOS QUE TENTAM ARRANJAR 219 EUROS PARA A MINISTRA DA CULTURA VIVER NO PRÓXIMO MÊS



Excertos:
 «Contactados pela Lusa, os promotores da iniciativa, "um grupo de cerca de dez pessoas que trabalham em Arte e Cultura" e que preferem não ser identificados, explicaram que com esta campanha pretendem "angariar o valor máximo de referência atribuído em março a alguém da Cultura ou das Artes pelo Ministério do Trabalho, que é para quem a ministra da Cultura remete sempre tudo".
Consideram os promotores que as propostas da ministra da Cultura para os problemas que o setor enfrenta devido à pandemia da covid-19 "resumem-se, até ao momento, a remeter para o Ministério do Trabalho a responsabilidade de solucionar o problema destas pessoas, sendo que a maioria nem sequer é abrangida pelos apoios da Segurança Social devido às especificidades das, já de si escassas, fontes de rendimento".
Estes profissionais querem acreditar "que a ministra da Cultura está efetivamente com as pessoas da Cultura, com os artistas, os técnicos, toda a gente que trabalha neste meio e se viu impossibilitada de trabalhar".
E, assim sendo, concluem: "Deve estar na mesma posição que nós".
"Ou seja, estamos a tentar arranjar dinheiro para lhe entregar para ela viver no próximo mês", explicou um dos elementos do grupo. (...)
 O objetivo é atingir o valor máximo -- 219 euros -, mas o grupo lembra que "por vezes não se consegue atingir o máximo". "Mas a ministra não ficará sem valor nenhum, porque já temos 57 euros", referiu o mesmo elemento.
Além do dinheiro, o grupo irá entregar também a Graça Fonseca um cabaz de ajuda alimentar, visto esta ser uma forma através da qual os profissionais do setor se têm "ajudado uns aos outros".
(...)
 Além disso, "a resposta da ministra é que não é nada com ela", na Casa da Música "porque está em investigação [pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT)]" e em Serralves "diz que são muito poucos trabalhadores para merecer sequer o tempo dela".
Na semana passada, a ministra da Cultura revelou que a ACT tem em curso um inquérito sobre a Fundação Casa da Música, aberto na sequência de denúncias feitas semanas antes.
Já sobre Serralves, a ministra disse que se trata de "um número significativamente inferior" de pessoas que "tinham diferentes prestações de serviços ou contratos com diferentes entidades" que não merecem, por parte do Governo, "muitos mais comentários".
Os espaços culturais começaram a encerrar, e consequentemente a adiar ou cancelar espetáculos, no início de março, quando a opção era ainda apenas uma recomendação do Governo. Aos poucos, a rodagem de filmes, séries e outros programas de televisão ficou parada e as galerias fecharam, deixando milhares de pessoas sem trabalho, muitas das quais trabalham 'a recibos verdes'. (...)».
 
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Sobre a mesma matéria, por exemplo: 

Grupo reúne dinheiro e cabaz de alimentos para ministra da Cultura

A campanha de angariação de fundos, intitulada Não deixemos a Graça cair na desgraça, está a decorrer na plataforma GoGetFunding.

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