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Lamento de Ciela” começa assim, com palavras que se veem; continua pelo silêncio e pelos ruídos indistintos; pelo grito ou pelo uivo; e depois pela voz, palavras que não conhecemos, ou quase. É o esperanto, uma língua inventada para ser de todos mas de nenhum país, de nenhum lugar determinado. Ciela é Carla Galvão, que nunca aparece fisicamente. O seu lamento percorre lugares, memórias, pessoas; caminhos, pedras, flores; estrelas, o Sol e a Lua; a juventude, a família, a velhice; os olhos nos olhos, os lábios nos lábios; a primeira vez de tudo e a saudade de um tempo feliz. A tradução portuguesa é projetada na parede de fundo.
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“Lamento de Ciela” é um espetáculo que ganha em ser visto na íntegra, sem interrupções, durante a sua hora e meia de duração. Guilherme Gomes é o autor do texto e da encenação; o desenho de luz é de Rui Seabra; a tradução de esperanto para português é de António Tuválkin. É uma produção do Teatro da Cidade e do Projecto Creta — Laboratório de Criação Teatral, cujo site pode visitar. Vale a pena». João Carneiro | Revista E | Expresso - 4/4/2020
Lamento de Ciela
De Guilherme Gomes
Até dia 12
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