quarta-feira, 21 de maio de 2025

NÃO HÁ «OPOSIÇÃO»,«HÁ OPOSIÇÕES» | ainda bem que há quem nos leve a reparar nisso, e por aqui até o inserimos no que foi adiantado no programa «por outro lado» - RTP3 - onde foi expresso por um dos participantes (com o que concordamos): face ao novo panorama politico «a esquerda precisa de «pensar», «estudar», «trabalhar» | PELA NOSSA PARTE ESTIMULADOS PELO QUE DESPOLETOU ESTE POST UMA PEQUENA/GRANDE OBSERVAÇÃO: TAMBÉM NÃO HÁ «ESQUERDA», «HÁ ESQUERDAS»

 

A critica a que se refere o post acima, publicado no PUBLICO aqui, de seguida:
 
«Sexta-feira, 17 de Novembro de 2006

Líder de quê ?

Talvez os leitores pensassem que, no meu artigo de hoje, fustigasse os principais sofismas e o acentuado autismo político dos discursos de José Sócrates no Congresso do seu partido, e, de igual modo, as efabulações manifestamente embevecidas que alguns dos apoiantes do seu governo depois semearam pela imprensa.

Nesse caso, seria no mínimo necessário perguntar se alguma vez, ao longo de três anos de governos PSD-CDS, o PS e os agora deslumbrados admiradores do seu governo reclamaram e exigiram da direita o vasto conjunto de medidas e orientações que agora estão friamente executando e que, em vários casos e por causa da protecção da etiqueta “socialista”, vão muito mais longe e doem muito mais do que aquelas que os anteriores governos PSD-CDS tiveram força, tempo e condições sociais para levar à prática.

Respondendo indirectamente à pergunta, seria também necessário relembrar a quantidade de nomes feios e de duras críticas com que, na oposição, o PS repetidamente brindou as medidas e orientações dos governos da direita que agora desenvolve e agrava com a recorrente, petrificada e tradicional justificação de que para elas não há alternativa.

E seria ainda necessário perguntar aos esfusiantes apoiantes do actual governo, que proclamam agora que o crescimento económico e o emprego dependem hoje muito pouco directamente dos governos, porque razão o PS colocou então no centro da sua campanha eleitoral de Fevereiro de 2005 a insistente denúncia de que os portugueses viviam “numa economia parada há já três anos; com a taxa de desemprego em 6,8 por cento, havendo mais de 150.000 novos desempregados”.

Acontece porém que, há uma semana, aqui no PÚBLICO, a colunista Constança Cunha e Sá, em título de artigo e também no texto, qualificou Marques Mendes como “o líder da oposição”, o mesmo vindo a fazer na passada terça-feira Eduardo Prado Coelho logo na primeira linha da sua crónica diária.

Acredite-se que nesta observação não há a mais pequena acrimónia ou hostilidade para com os referidos colunistas deste jornal, que afinal se limitaram a repetir o que, ao longo de muitos e muitos anos, têm escrito ou dito centenas de outras pessoas – jornalistas da imprensa, rádio e televisão, outros comentadores, professores universitários (incluindo de Direito), líderes, outros dirigentes e deputados do PS e do PSD.

O que acontece é que estas recentes referências voltaram a pôr em evidência, no jornal onde também escrevo, o completo fracasso do meu já longo combate contra aquela persistente incorrecção, ou deturpação ou falsificação, como quiserem.

Sim, a verdade é que, como já tinha reconhecido em artigo publicado em 2003 mas para uma reduzida audiência, e de que assumo recuperar agora diversas ideias, falharam sem margem para dúvidas todos os esforços, métodos ou habilidades a que recorri com o objectivo de erradicar ou atenuar essa falsa e viciada designação de “líder da oposição”.

Desde logo, falhou a argumentação séria e de bom senso que chamava a atenção dos repetidores da contestável expressão – ora aplicada ao líder do PSD ora ao líder do PS -  para que, em rigor, não havia “uma oposição” mas  “oposições” ou vários partidos de oposição e que sendo, por exemplo, o PCP há muitos anos um partido de oposição, não fazia nenhum sentido incutir a ideia de que pertence a um campo – “a oposição” – que seria liderada pelo Presidente ou Secretário-geral de outro partido.

Falhou a observação cortante de que, ao que constasse, o PCP (bem como certamente outros partidos de oposição) se liderava a si próprio e não tinha nunca delegado em nenhum dirigente de outro partido o que quer fosse relativo ao seu papel, orientação, intervenção e representação.

Falharam as falinhas mansas adiantando que, a nosso ver, quem, dia sim dia não e consoante a época, atribuía ou ao líder do PS ou ao líder do PSD a qualificação de “líder da oposição” o fazia certamente, não no intuito deliberado de amesquinhar e subordinar politicamente o PCP (e outros partidos de oposição), mas apenas por inadvertência, imponderação ou contágio semântico.

Falhou o argumento de recorte histórico que lembrava que, de 1983 a 1985, aquando do Governo do “bloco central” (coligação PS-PSD), o PCP era o maior partido da oposição e nem por isso alguém passou a qualificar Álvaro Cunhal de “líder da oposição”.

Falhou o argumento da “economia textual” no sentido de que se os cultores da expressão “líder da oposição” passassem a dizer, consoante a época, “o líder do PS” ou “o líder do PSD”, sempre poupariam, por comparação com a palavra “oposição”, respectivamente seis e cinco caracteres.

Falhou o argumento pedagógico de que certamente não daria muito trabalho substituir a alusão ao “líder da oposição” pela referência mais exacta, ao menos do ponto de vista formal, ao “líder do maior partido da oposição” e que, apenas por mais três palavras, não valia a pena continuar a dar vida a uma fórmula que tinha perversas consequências sobre a dignidade, autonomia e identidade de terceiros.

E, finalmente, falharam também os apelos pungentes a que não dessem do PCP (e de outros partidos da oposição) a imagem de uma entidade tão instável e volúvel que, nos últimos vinte anos, teria pertencido a uma “oposição” que, na versão largamente dominante, teria sido sucessivamente “liderada” por Vítor Constâncio, Jorge Sampaio, António Guterres, Marcelo Rebelo de Sousa, Durão Barroso, Ferro Rodrigues, José Sócrates e Marques Mendes.

Por vezes, na busca de explicação para esta “overdose” de referências ao “líder da oposição” num país como o nosso que, desde 1974, felizmente nunca viveu em sistema bipartidário, cheguei a perguntar-me se não seria influência da situação da Grã-Bretanha mas, mesmo aí, apesar do injusto sistema maioritário, já desde há uns anos que tal bipartidarismo deixou de existir graças à impressionante determinação de uma parte significativa do eleitorado.

A terminar, confesso que a minha última e desesperada esperança está na carta que vou escrever a Bill Gates sugerindo-lhe que, na próxima versão portuguesa do Word, o respectivo corrector ortográfico e gramatical, de cada vez que lhe aparecer a expressão “líder da oposição”, logo lhe aplique o clássico sublinhado a vermelho e sugira ao utilizador as decentes alternativas que já aqui enunciei.

Mas o pior é que Bill Gates vive nos EUA, onde o sistema político é ferreamente bipartidário, e temo que não me entenda.

publicado por vítor dias às 15:25
link do post | favorito
 
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E veio-nos à memória quando na CULTURA se discutiu com grande ênfase que não havia PÚBLICO, MAS PÚBLICOS. A nosso ver assunto a retomar  inserindo-o na ideia de que as «esquerdas» precisam de «pensar», «estudar», «trabalhar», quiçá sob o lema «CULTURA, MAIS ESTADO», para o tal SERVIÇO PÚBICO DE CULTURA que as populações desejem, não lhes sendo estranho o que Tolentino de Mendonça escreve no artigo que relembramos recentemente neste post:ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2025 | NA SENDA DE DEBATES QUE AINDA NÃO FORAM FEITOS | sugestão de tema «Cultura, Mais Estado»
 
 
 

domingo, 18 de maio de 2025

HOJE _ DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS 2025

 

 
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Em Portugal 
A partir daqui:Dia Internacional dos Museus |
 Noite Europeia dos Museus |
Museus RPM e Monumentos de Portugal

Dia Internacional dos Museus (DIM) comemora-se no dia 18 de maio e, este ano, na véspera, a 17 de maio, a Noite Europeia dos Museus.

«Este ano, o Conselho Internacional de Museus (ICOM) propôs o tema O Futuro dos Museus em Comunidades em Rápida Transformação para o Dia Internacional dos Museus, que nos convida a reimaginar o papel dos museus enquanto catalisadores de mudança e inovação. Este tema, alinhado com três Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS 8, 9 e 11, é especialmente relevante no contexto atual, em que as comunidades enfrentam transformações aceleradas e os museus, para além de espaços de preservação, têm a oportunidade de se reafirmarem como espaços de reflexão, diálogo e ação, dinâmicos na formação de comunidades fortalecidas, sustentáveis, resilientes e inclusivas. Em associação a uma iniciativa ICOM, que se realiza desde 1977, em todo o país multiplicam-se os museus, palácios e monumentos que promovem atividades dirigidas a diferentes tipos de público. 

A entrada nos museus, monumentos e palácios da Museus e Monumentos de Portugal é gratuita».

 

 

AQUI O PROGRAMA



sábado, 17 de maio de 2025

BRUCE SPRINGSTEEN|«A lenda do rock deu um espectáculo “estrondoso e empolgante”, descreve o The Guardian, que lhe dá as cinco estrelas, mas o que sobressaiu da noite foi o facto de, pela primeira vez desde a tomada de posse de Donald Trump, em Janeiro deste ano, um artista de renome ter sido tão claro sobre a situação que diz se viver na América por causa de um “governo desonesto”, disposto a “aliar-se a ditadores para lutar contra aqueles que lutam pela sua liberdade”, escreve o mesmo jornal»





«Bruce Springsteen denuncia “abusos de Presidente incapaz e de Governo desonesto”_ Na estreia europeia da edição de 2025 da digressão Land of Hope and Dreams com a E Street Band, na inglesa Manchester, Springsteen não poupou Donald Trump nem as suas políticas».
 (...)Mas foi com a canção My city of ruins (“a minha cidade de ruínas”) que Springsteen foi mais assertivo: “Há coisas muito estranhas e perigosas a acontecer neste momento”, começou por dizer, para explicar que, “na América, estão a perseguir pessoas por usarem o seu direito à liberdade de expressão e por manifestarem a sua discordância” — e sublinhou: “Isto está a acontecer agora.” (...)».Leia na integra  no jornal Público.



sexta-feira, 16 de maio de 2025

PARA O DIA DE REFLEXÃO | para quem já refletiu o que tinha a REFLETIR (e para os outros também) se puder e ainda não viu aproveite o dia e não perca «“Bonecos para o povo”: João Abel Manta, artista revolucionário» | E AMANHÃ _17 MAIO _ 15:30 _ UMA DAS VISITAS COMENTADAS COM O CURADOR | UM BÁLSAMO ! MESMO QUANDO AS MEMÓRIAS AINDA ARREPIAM MAS QUE NOS FAZEM VALORIZAR «ABRIL» ONDE SE INCLUEM AS ELEIÇÕES | E HÁ OS «BONECOS» QUE NOS COMOVEM E NOS LEVAM A REVIVER O PASSADO EM ALEGRIA ...

 

 
 
 
Exposição

“Bonecos para o povo”: João Abel Manta, artista revolucionário

24 Apr 2025 -
31 May 2025
Cinquenta anos após a Revolução de Abril, e pela primeira vez em Lisboa, esta exposição permite o contacto com a mais vasta amostra de material relacionado com o trabalho gráfico revolucionário de João Abel Manta (nascido em 1928, em Lisboa). Não se limitando ao período de 1974-75, ela mostra peças da década de 1940 à de 1990, provando que o artista foi revolucionário muito antes da revolução, e que continuou a gerir a memória desta muito depois do seu termo.
No espaço em que, em 1947, com 19 anos, João Abel Manta pela primeira vez expôs desenhos (na II Exposição Geral de Artes Plásticas), podem ver-se reunidos pela primeira vez não apenas todos os esboços para algumas das mais marcantes imagens da revolução portuguesa de 1974-75, como desenhos da sua fase de arranque, que coincidiu com o fim da adolescência e o início da idade adulta, e que incluem os que realizou na Prisão de Caxias, em 1948. Encontram-se também exemplos da sua revolucionária contribuição para a imprensa sob a censura de Marcello Caetano (1969-1973, incluindo, pela primeira vez numa exposição do artista, dois originais da série “Reportagem fotográfica” de 1972, entre os quais o “Festival” que levou João Abel Manta à barra do tribunal em 1973) e durante o PREC. A tudo isto se acrescenta um precioso conjunto de documentos provindos do arquivo do artista (originais, fotografias, cartas, recortes de imprensa).
Baseada parcialmente em duas grandes mostras abertas em 2024 (“Uma coisa nunca vista” no Museu Abel Manta de Gouveia e “João Abel Manta livre” no Palácio Anjos de Algés), a exposição “‘Bonecos para o povo’: João Abel Manta artista revolucionário” (que deve o seu título a um cartoon-manifesto do artista em Maio de 1974) tem novamente acesso ilimitado ao arquivo do artista recentemente organizado. Para além de peças do Museu de Lisboa e do Museu Abel Manta de Gouveia, são também exibidas peças das colecções particulares dos herdeiros do general Vasco Gonçalves e dos herdeiros do coleccionador Manuel de Brito.
Como o célebre caricaturista francês Jean-Louis Forain, que, à pergunta de se não preferia expor num museu, respondeu que já expunha, mas em quiosques, também João Abel Manta cumpriu o seu papel de artista revolucionário (o mais importante durante os dias quentes dessa revolução) expondo um portefólio único nos quiosques (e nos muros e paredes) do país. Poder vê-lo em galeria serve apenas à comprovação da sua qualidade gráfica e plástica e da sua importância histórica.
 Pedro Piedade Marques
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VISITAS COMENTADAS
com o Curador Pedro Piedade Marques
Sábado, 17 maio, 15h30
Sábado, 31 maio, 15h30  
 

 

DA REALIDADE QUE A CAMPANHA ELEITORAL IGNORA (OU QUASE) | o «assédio na esfera da cultura»

 

recorte do jornal Público
 
EM CADA ROSTO IGUALDADE 



quinta-feira, 15 de maio de 2025

A VIDA SEGUNDO O DIÁRIO DA REPÚBLICA | «CONSELHO NACIONAL DE CULTURA» DIZ-LHE ALGUMA COISA ? | É verdade, na Campanha Eleitoral, de Cultura pouco (ou nada) se fala, mas no DR a vida do setor continua ao jeito da gestão legalista, como o ilusta isto:«Torna-se público que, nos termos do disposto no Artigo 26.º, na alínea a) do Artigo 5.º e na alínea c) do n.º 2 do Artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 132/2013, de 13 de setembro, retificado pela Declaração de Retificação n.º 46/2013, de 31 de outubro, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 129/2023, de 26 de dezembro» _ ufa! | E O CONSELHO NACIONAL DE CULTURA (QUEM SABE DA SUA EXISTÊNCIA?) ATÉ PODIIA SER UM BOM «OBJETO» DE DEBATE ...

 

Como não reparar? - «mulher», não entra ! 


 
Será oportuno voltar a repetir que o Setor Cultura no nosso País está «escangalhado». E é desconhecido nas diferentes perspetivas, mas há uma a «institucional» - certamente longe do que se precisa -  que vai fazendo o seu caminho. É da natureza das coisas. Sem escrutínio - é um facto. Quem tem tempo para isso? Ocorreu-nos, uma vez mais, esta reflexão ao lermos o Despacho, publicado hoje, com que se inicia este post. Sublinhemos, quem sabe que existe um Conselho Nacional de Cultura?  Onde podemos saber da sua atividade? Qual o seu impacto nas Políticas Públicas? E interrogamo-nos sobre a razão pela qual «o meio» - nomeadamente nas designadas «ARTES DO ESPETÁCULO» -  ignora este espaço de intervenção. Enfim, não nos faltam elementos sobre a fragilidade do setor. Estamos sempre a tropeçar neles.
Naturalmente, esperamos que os agora nomeados contribuam de forma decisiva para o prestigio e ação concreta do aqui em causa além da sua «secção». Estas coisas só cumprem se forem abordadas de forma sistémica. Mas isto é estar a ensinar «o padre nosso ao vigário» ... Estamos certos que aquelas Pessoas  o sabem melhor que ninguém, agora é só agir em conformidade. Ainda, ousamos, olhem para a questão da «igualdade entre homens e mulheres», vão ver que não se arrependem ...
 

quarta-feira, 14 de maio de 2025

HOJE |«Apresentação do livro "O Fim da Educação" de António Carlos Cortez» | 18.30 | EL CORTE INGLÉS | LISBOA | ENTRADA LIVRE

 

«O Âmbito Cultural do El Corte Inglés e a editora Guerra e Paz têm o prazer de convidar para o lançamento do livro O Fim da Educação: Crise, Crítica, Ensino e Utopia, de António Carlos Cortez, a realizar-se no dia 14 de maio pelas 18h30, na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Lisboa. A apresentação ficará a cargo de Nuno Crato e Carlos Ceia».
 
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SINOPSE
«Em O Fim da EducaçãoAntónio Carlos Cortez dá-nos a sua perspectiva sobre a falência da educação. Falência que é resultado, afirma, do tempo em que vivemos, adverso à cultura e inimigo do livro, da memória e do pensamento.Um ensaio que se debruça sobre o empobrecimento geral do ensino em todos os seus graus: facilitismo, incúria e ausência de pensamento crítico. A mentalidade gestora, a superficialidade dos programas, o paradigma tecno-científico e a subsequente minimização das Humanidades, tudo isso se traduz, diz o ensaísta, na mais nefanda alienação. António Carlos Cortez aponta soluções: uma reforma educativa que coloque as Humanidades e a verdadeira exigência e rigor (no acto de ler e de escrever, de pensar e de imaginar) no centro do processo educativo; o regresso ao livro e o combate pela memória». Saiba mais.
 
 
 
 
 

terça-feira, 13 de maio de 2025

TEATRO ABERTO |CONCERTO | «ENTRE GUERRAS» |O que pode a música fazer em torno da guerra e da violência?| 16 MAIO 2025 | 19:00 |LISBOA

 


O que pode a música fazer em torno da guerra e da violência? Exaltar, lamentar, consolar. As perspetivas variam conforme os tempos e os autores. A 21 de junho de 1813, o marquês de Wellington, Arthur Wellesley, dirigiu as vitoriosas tropas britânicas e ibéricas na batalha que ocorreu no País Basco espanhol. Esta derrota francesa inspirou Beethoven (1770-1827) a escrever uma obra musical que humilhasse o imperador francês, Napoleão Bonaparte. Beethoven expandiu a orquestra até à centena de músicos, incluindo na partitura a indicação precisa para o disparo de canhões. A primeira parte descreve uma batalha e opõe a melodia Rule Brittania à canção popular francesa Malbrough s’en va-t-en guerre.

Na segunda parte, pode ouvir-se o hino God Save the King. O programa inclui ainda uma obra do francês Charles Gounod (1818-1893) e outra do compositor inglês Edward Elgar (1857-1934).

Saiba mais