terça-feira, 29 de julho de 2014

sábado, 26 de julho de 2014

DGARTES | Plataformas Electrónicas | Na ordem do dia ... com enredo


Post no Blogue da Plateia a 22 de julho 2014

O post  da imagem levou a este do Elitário Para Todos.  Antes, louve-se o esforço da PLATEIA para se ultrapassar o que nunca devia ter existido. 

À partida, as tecnologias de informação e comunicação são para facilitar a vida das pessoas e das organizações. Parece que não é isso que acontece na DGARTES. E não é de agora, vem detrás. Mas parece que neste momento atingiu proporções nunca antes vistas. E domina conversas  nas redes sociais, constou da agenda da PLATEIA  no encontro com o Secretário de Estado da Cultura - Ver A PLATEIA REUNIU COM O SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA | Ao longo de duas horas -, e  estão a meter os trabalhadores da DGARTES ao barulho ... .  E bem. E mal está um País quando algo que não devia ser notícia ocupa espaço ao nível de uma política pública. Não é a primeira vez que aqui também nos referimos aos procedimentos de candidaturas, e de acompanhamento da actividade dos agentes culturais, que infernizam a vida de quem é atingido.
Entretanto, a Plateia já enviou contributos para resolver o problema como vimos no início. Todavia, a questão será mais ampla. E o Elitário Para Todos também quer dar para este «peditório» em torno do seguinte: mais do que uma Plataforma o que está em causa é o SISTEMA DE INFORMAÇÃO da DGARTES. E qual é ele ?  O que quer que seja que exista  tem que incorporar o passado. E tem de se começar por esclarecer a situação respondendo a esta pergunta: o que é feito das Plataformas anteriores? Nomeadamente da designada Gestão Electrónica de Apoios. Sobre tudo isto pode ler-se no Relatório SIMPLEX 2007 disponível na web. 




Em particular,  também na web, no espaço DGARTES, somos informados disto: «GESTÃO ELECTRÓNICA DE APOIOS - Esta Plataforma encontra-se desactivada», como pode verificar na imagem seguinte. Porquê ?. E, insistimos, o que é feito das anteriores e das que se lhe seguiram? E quem participou na sua concepção e construção, em especial da  actual que está a gerar toda esta confusão? Foram os trabalhadores da DGARTES ? foi tudo em outsourcing ? Em termos de verbas, quanto é que já se gastou até hoje  «nesta brincadeira»? 






E,claro, tem de se  analisar  esta embrulhada cruzando-a com os estudos e equivalentes em curso na Cultura e nas Artes, financiados por todos nós. Não há estudos que resistam quando os dados e informação base andam por estes caminhos ...


quarta-feira, 23 de julho de 2014

ASSIM VAI A CULTURA | Festival Internacional de Artes de Rua (FIAR) Foi Cancelado






«No passado dia 18 foram divulgados os resultados provisórios das candidaturas aos apoios pontuais da DGArtes, a que o FIAR se candidatou. Cumprindo embora todos os requisitos da candidatura, tal não foi, no entender desta entidade, suficiente para contemplar o FIAR com qualquer apoio. Iremos avaliar os critérios em que se baseou esta decisão inédita e agir em conformidade. Os critérios estão, neste momento, a ser avaliados, para que melhor possamos compreender em que se baseou esta decisão inédita e agir em conformidade». Continue a ler.



segunda-feira, 21 de julho de 2014

JORGE CALADO | «Assim se disfarçam as carências e se mostra obra feita que não há»

Da crónica no EXPRESSO / ATUAL de
19 Julho 2014

Uma crónica que se pode estender ao setor artístico em geral, enquanto serviço público. De facto, com as atividades ditas complementares ou paralelas «se disfarçam as carências e se mostra obra feita que não há»  ... E inquietante, há quem reclame brilho com isso !
Pegando também nesta crónica, mas não só,  este postSão Carlos não cabe no Mercado da Ribeira e na Ajuda - no Blogue Portugal dos Pequeninos.





sexta-feira, 18 de julho de 2014

A PLATEIA REUNIU COM O SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA | Ao longo de duas horas




No dia  16 de julho, a PLATEIA reuniu, no Palácio Nacional da Ajuda, com o Secretário de Estado da Cultura Jorge Barreto Xavier. Sobre o encontro há relato no Blogue da Plateia: neste endereço. Vale a pena ler. Desde já, alguns excertos:

Da Parte 1 
(...)
A burocracia reinante na Direção Geral das Artes, com artistas e funcionários do estado escravizados por uma absurda plataforma eletrónica que consome os recursos dos contribuintes em desproporcionadas e kafkianas obrigações de planificar e relatar.

A perda de legitimidade da cultura e das artes, com um Secretário de Estado tecnocrata e ausente do Conselho de Ministros, um Diretor Geral das Artes reduzido à condição de técnico que ninguém sabe quem é, uma estratégia de defesa do setor meramente assente em ligações a outros setores e uma desarticulação entre educação e cultura. 

Da Parte 2

E se é verdade que a partir dos palácios sempre houve alguma dificuldade para ver o mundo, do Palácio da Ajuda parece mesmo ver-se um país único e fascinante:

Gerir o mais pequeno (0,2%) dos orçamentos públicos, ter uma equipa reduzidíssima e não poder entrar no Conselho de Ministros não permite deduzir o desinvestimento no setor. É muito mais prático assim.

Não há qualquer relação de causa-efeito entre as políticas para a cultura do governo de Pedro Passos Coelho e o estado de desagregação do setor. São os agentes que não se sabem organizar e que criaram expectativas ilusórias.

Em Portugal não há uma crescente dificuldade no acesso dos cidadãos a uma criação plural, livre e diversificada. O que havia era um excesso de oferta que o omnisciente mercado agora trata de regularizar.
O que de menos bom já aconteceu nesta legislatura é da responsabilidade do anterior governo, ou na pior das hipóteses do anterior Secretário de Estado da Cultura. E tudo o que de bom poderia acontecer – mas não vai acontecer porque não é possível – é da responsabilidade dos ciclos legislativos, portanto, e desde já, do próximo governo.

(...)

RESUMINDO: Secretário de Estado de si mesmo.






«PAS DE FUTURE SANS CULTURE» | «No Future Without Culture» | NÃO HÁ FUTURO SEM CULTURA





ACP  é sigla de Grupo que abrange  Países de África, Caraíbas, e Pacifico, mas ... o  «Não há Futuro  sem Cultura» é universal, qualquer que seja a língua. Bem interessante esta Newsletter, e destacamos:


Na página 23 da Newsletter.

Bom, não pudemos deixar de reparar naquela informação sobre os destinos dos apoios. Dirão, é básico. Pois é, mas por esse mundo há quem não cumpra os mínimos. Um recorte:






quinta-feira, 10 de julho de 2014

ASSIM VAI A CULTURA | «Cultura paga dívidas à Sociedade da Independência» através do Fundo de Fomento Cultural



























A notícia, de Alexandra Cabrita,   vem no jornal Expresso de 5 de Julho de 2014, e para lá do conteúdo da imagem pode também saber-se de outros apoios cobertos pelo Fundo de Fomento Cultural: «Vale a pena lembrar que, a titulo de exemplo, as representações portuguesas nas bienais de Arte e de Arquitetura de Veneza receberam do Estado apenas € 150 mil, o telhado do Museu dos Coches está à espera de uma intervenção urgente de €380 mil, o Festival de Marionetas do Porto de € 68 mil e os Encontros da Imagem €63 mil ...». 

Bom, curtos e diretos: é preciso saber no concreto  a que se destina o Fundo de Fomento Cultural, quem o gere e com que critérios. Precisando, nos apoios, o que distingue a DGARTES do FFC? Qual é o historial destes dois organismos ao longo dos tempos? E como e onde se cruzam? agora, e no passado. O que dirá a isto o Tribunal de Contas? E os Senhores Deputados, será que vão agir? Para os mais distantes destas coisas, e articulando esta notícia com a do post anterior: por exemplo, porque é que o Festival CITEMOR  não é apoiado pelo FFC? Ó transparência para que te quero!
E o estado em que se encontra a área da Cultura na Presidência do Conselho de Ministros também se pode avaliar por casos como este do  Fundo de Fomento Cultural. Comecemos pelo que está no Portal do Governo: veja aqui


Podemos  ler, por exemplo:
«(...)
Em face das reestruturações entretanto ocorridas no Ministério da Cultura, o Conselho Administrativo do FFC tem atualmente a seguinte composição:
  • Secretário-Geral do Ministério da Cultura, que preside;
  • Diretor do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR), que substitui o presidente nas suas faltas e impedimentos;
  • Diretor da Direção-Geral das Artes (DGARTES);
  • Diretor da Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB);
  • Diretor do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI);
  • Representante do Ministério das Finanças.
A gestão administrativa e financeira do FFC é assegurada pela Secretaria-Geral através do Núcleo Encarregue da Gestão do Fundo de Fomento Cultural, estrutura informal criada por despacho interno da Secretária-Geral de 6 de agosto de 2007 e que funciona na sua dependência direta.

A gestão financeira do FFC rege-se pelas disposições legais aplicáveis aos Serviços e Fundos Autónomos, nos termos do Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de julho. (...). 


É claro que isto está desatualizado. Então, a pergunta: onde se encontra agora o FFC? Não desespere, nós procurámos, procurámos,  e encontrámos: está no GEPAC. 

Lá, como pode conferir:

«A gestão administrativa e financeira do FFC é
 assegurada  pelo Gabinete de Estratégia,  Planeamento e Avaliação  Culturais», ou seja GEPAC.   

Diversificada a vocação do GEPAC ! Os manuais  dizem que não se deve juntar atribuições tão diferenciadas - mas o que importa isso !
Pronto,  pensa-se que é legitimo  querer saber como é feita a gestão do FFC. E para lá da gestão administrativa e financeira quer compreender-se a GESTÃO CULTURAL do Fundo. E não somos «abelhudos», temos é esta mania da TRANSPARÊNCIA ... Mais,  se o critério para ser apoiado pelo FFC é o «percurso e   condecorações»  conhecemos casos que darão cartas: olhem só, de repente  lembrámo-nos da  CORNUCÓPIA, e do Luís Miguel Cintra, que até já foi Prémio Pessoa,  e da Cristina Reis que mereceu distinção da Gulbenkian ... . Pois é, para lá do ORÇAMENTO - miserável - para as artes, há outro legado terrível:  em termos de SERVIÇOS, na Cultura, este Governo  não nos vai deixar pedra sobre pedra !

quarta-feira, 9 de julho de 2014

ASSIM VAI A CULTURA | Festival Citemor 2014 à espera dos resultados do Concurso dos Apoios Pontuais através da DGARTES


Diário de Coimbra de 9 de Julho de 2014


Sobre o atraso nos Concursos dos Apoios Pontuais post anterior:

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS | Área da Cultura | Prazos ! | não são para cumprir

E na audiência no Parlamento o Secretário de Estado da Cultura adiantou que o atraso se deve ao número elevado das candidaturas. Quantas foram? serão mais do que nas edições anteriores ? E o concurso da Internacionalização ? alguém sabe para quando estão previstos os resultados ?
Talvez o SEC possa encomendar mais  um ESTUDO para se detectar onde estão os estrangulamentos. Ou,  a pretexto, acabar com os serviços, argumentando que não dão conta do trabalho e fazer tudo isto em «outsourcing» ... . O melhor é não dar ideias, ainda que se queira fazer  ironia  - «negra».  Lembremos:
E uma pergunta: será que tudo isto também tem a ver com os dirigentes ? Pensando bem, estão com um «pé dentro e um pé fora», há meses. E o «novo» sistema para a nomeação dos DIRIGENTES também queria acabar com o tempo desmedido que se levava a encontrar as CHEFIAS. Vê-se ! Veja post anterior sobre a matéria:  


segunda-feira, 7 de julho de 2014

FESTIVAL DE ALMADA | Personalidade Homenageada | LUÍS MIGUEL CINTRA




«Escrever sobre Luis Miguel Cintra é um exercício simultaneamente tentador e arriscado: pelo fulgor da sua presença, pelo brilho da sua arte – no teatro, na ópera ou no cinema – e pela dificuldade que sentimos em desenvolver um discurso crítico que dê conta dessa sua múltipla actividade artística.
     É tentador porque ele é um actor-encenador-tradutor que tem falado – e escrito – longamente sobre os espectáculos que cria, declarando a sua ideia de arte, explicando as razões das suas opções dramatúrgicas, desenvolvendo uma argumentação que atravessa diversos territórios: a literatura, as artes (plásticas e musicais, sobretudo), a estética teatral, a responsabilidade cívica do gesto artístico, etc.. 
    Por estas razões muito concretas, o simples facto de o citar é, desde logo, uma forma de aceder a um universo conceptual e a uma escrita fascinantes, a que podemos acrescentar a possibilidade de mobilizarmos uma iconografia que nos chega pelo trabalho inspirado de Cristina Reis, como cenógrafa e figurinista, e pelas belas fotografias sobretudo de Paulo Cintra, Laura Castro Caldas e Luís Santos a avivarem a nossa imprecisa memória. 
    A esse “espólio” acrescenta-se o belíssimo livro Teatro da Cornucópia: espectáculos de 1973 a 2001 (que Cristina Reis e Margarida Reis paciente e dedicadamente compuseram) e, mais recentemente, o interessante sítio na internet (desenhado pela Terra das Ideias) que prolonga a memória do exercício artístico e chega generosamente a todos nós, não só com informações importantes sobre os espectáculos, mas também com um sedutor manancial de textos e imagens. 
    Mas, a par desta tentação de citar e “remeter para” as suas palavras e as suas acções teatrais, habita a responsabilidade de escrever alguma coisa que dê um testemunho pessoal da nossa experiência: e aí o risco é grande. Porque não é fácil transpor para a palavra o que nos chega de formas tão diversas e nos toca tão fundo: pelo que vem escrevendo, pela travessia artística que o faz transitar do teatro até à ópera, da tradução até à reelaboração dramatúrgica, do palco até ao cinema.
    Arriscaria, porém, três breves notas sobre o seu trajecto artístico:


1. Como encenador e actor, trabalhando textos do passado ou de tempos mais recentes, reconhecemos que há uma constelação de sentidos e de formas artísticas que ele mobiliza para nos fazer chegar uma interpelação (e não “transposição”) cénica dessa realidade literária. E para isso apontam as reflexões que integra no programa que acompanha cada produção»; CONTINUE A LER o texto de Maria Helena Serôdio, Presidente da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro.

E Luís Miguel Cintra inicia o Programa o SENTIDO DOS MESTRES, assim divulgado no Jornal de Letras de 25 de Junho:






Mas pode ler mais  em 

 RESPOSTA A UMA HOMENAGEM:

PARTILHAR CONTAS À VIDA
 
(e há mais  textos) 
de Luís Miguel Cintra
do Festival




FESTIVAL DE ALMADA 2014 | Programa

CONTRA A SITUAÇÃO ACTUAL NA CULTURA


 Público de 6 Julho 2014
  Disponível no PÚBLICO online: aqui.



sábado, 5 de julho de 2014

CONCURSOS DE DIRIGENTES DA CULTURA | A resposta do Secretário de Estado da Cultura no Parlamento | por volta das 02:31:23 h




Conforme demos nota no post anterior, o Secretário de Estado da Cultura esteve em audição parlamentar no passado 25 de Junho. Não pensávamos ver o video que a regista,  por experiências anteriores aquilo por vezes é penoso. Não tínhamos essa intenção, até que um leitor deste blogue nos disse que  a questão dos concursos para Dirigentes na Cultura tinha sido abordada, e como é assunto que temos seguido aqui no Elitário Para Todos teria interesse conhecer esta parte da «telenovela». E assim, lá fomos ... . Para começar, dizer que o SEC desta vez elegeu palavras: alavanca, alavancagem, alavancado, foram repetidas a propósito e a despropósito, ao ponto de se ouvir que os estudos que encomendou são «alavancas extremamente úteis». Mais que uma vez apeteceu desistir, até porque aquela coisa dos concursos afinal não teria aparecido, talvez tivesse havido alguma confusão,  mas de repente, quase no fim, a pergunta - se bem retivemos por parte de um deputado do PS - que, em síntese, pedia um ponto de situação. Mais ou menos, por volta das 02:31:23 do video temos a resposta do SEC.  Reconhece,  há atrasos: no caso do Património Cultural será por uma questão jurídica pontual  levantada por um concorrente; relativamente ao Livro aos Arquivos e às Bibliotecas, a culpa parece que é da CRESAP. E chegámos à DGARTES, e a situação soa mais fina, o Senhor Secretário de Estado confirma que já recebeu as propostas para Subdirector-Geral há muito tempo, e para Diretor-Geral mais recentemente. (Veja posts anteriores nossos, por exemplo, PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS | Área da Cultura | Prazos ! | não são para cumprir ), e diz que tem duas dúvidas específicas. Se bem transcrevemos, palavras suas: 

 «Uma sobre os candidatos em presença; outra sobre a eventual possibilidade de eu alterar aspectos da DGARTES ... e portanto eventualmente até promover um novo concurso ...».


Não sabemos se a COMISSÃO PARLAMENTAR ficou esclarecida, e se aceita este «discurso». Por aqui não estamos, estamos mesmos perplexos.  Para qualquer um dos casos, contrariamente ao que foi dito, tudo parece muito pouco TRANSPARENTE. E então quando se chega à DGARTES aquilo mais parece a perversão do sistema ... . Bom, aguardemos que os Senhores Deputados não fiquem por isto. Que alguém respeite a inteligência dos cidadãos.