quarta-feira, 31 de julho de 2019

«ESPÓLIOS»


LEIA AQUI

Mais um caso (lembram-se do não muito distante caso  Cornucópia?) para nos alertar de que é fundamental ter uma política pública para defender e rendibilizar estes patrimónios ... Mas quem nos ouvirá !



segunda-feira, 29 de julho de 2019

GILLES LIPOVETSKY |«Agradar e Tocar / Ensaio Sobre a Sociedade da Sedução»



Sinopse


«O desejo de agradar e os comportamentos sedutores parecem intemporais, uma vez que as espécies se reproduzem sexualmente. No entanto, a hipermodernidade liberal marca uma rutura importante nessa história milenar, uma vez que impõe às nossas sociedades a generalização do ethos sedutor e a supremacia dos seus mecanismos.
As palavras de ordem não são restringir, ordenar, disciplinar, reprimir, mas sim «agradar e tocar».
A economia consumista oferece diariamente anúncios atrativos que são dominados pelo imperativo de captar o desejo, a atenção e os afetos; o modelo educativo é elaborado para assentar na compreensão, no prazer, na escuta relacional; na esfera política, longe vão os tempos da convicção no poder da propaganda uma vez que se impõe a sedução por formas de comunicar através da imagem, completando a dinâmica de secularização da autoridade do poder. A sedução tornou-se a figura suprema do poder nas sociedades democráticas liberais». Saiba mais.

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Sobre a obra veja  aqui.




sábado, 27 de julho de 2019

CONTA SATÉLITE QUE ESTÁ A FAZER O SEU CAMINHO



«O Instituto Nacional de Estatística (INE) e a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES) divulgaram os resultados da terceira edição da Conta Satélite da Economia Social (CSES), relativa ao ano 2016. O projeto foi desenvolvido pelo INE em parceria com a CASES, no âmbito de um protocolo de colaboração entre estas entidades.
Com esta nova edição da CSES, disponibiliza-se informação estatística mais atualizada para uma avaliação exaustiva da dimensão económica e das principais características da Economia Social (ES) em Portugal. As duas edições anteriores da CSES foram relativas aos anos de 2013 e 2010.
Resumo
Em 2016, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da Economia Social representou 3,0% do VAB da economia, tendo aumentado 14,6%, em termos nominais, face a 2013. Este crescimento foi superior ao observado no conjunto da economia (8,3%), no mesmo período.
A Economia Social representou 5,3% das remunerações e do emprego total e 6,1% do emprego remunerado da economia nacional. Face a 2013, as remunerações e o emprego total da Economia Social aumentaram, respetivamente, 8,8% e 8,5%, evidenciando maior dinamismo que o total da economia (7,3% e 5,8%, respetivamente).
Por grupos de entidades da Economia Social, as Associações com fins altruísticos evidenciavam-se em número de entidades (92,9%), VAB (60,1%), Remunerações (61,9%) e Emprego remunerado (64,6%)».

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E a Conta Satélite da Cultura, em que ponto estamos ?



sábado, 20 de julho de 2019

«Por proposta do PCP, foi aprovada a Declaração da atribuição de 1% do Orçamento do Estado para a Cultura como meta a atingir no sentido da democratização cultural. A aprovação desta importante proposta é a prova que a luta vale a pena, é a prova que as múltiplas ações de luta que ocorreram nos últimos anos, a que podemos salientar a grande manifestação de 6 de abril de 2018, valem a pena»



 Da informação recebida do Chefe de Gabinete do Grupo Parlamentar do PCP:

«Por proposta do PCP, foi hoje aprovada a Declaração da atribuição de 1% do Orçamento do Estado para a Cultura como meta a atingir no sentido da democratização cultural.  A aprovação desta importante proposta é a prova que a luta vale a pena, é a prova que as múltiplas ações de luta que ocorreram nos últimos anos, a que podemos salientar a grande manifestação de 6 de abril de 2018, valem a pena.

 A aparente “falta de política para a Cultura” é uma opção política – e é uma opção da política de direita. Foi o que sucessivos governos aplicaram ao longo de anos: desinvestimento e ataque às funções constitucionais do Estado; abandono de qualquer elemento de serviço público; esvaziamento da diversidade e destruição do tecido cultural; privatização, mercadorização e mercantilização.

 Todos estes elementos são traços das políticas seguidas e demonstram a necessidade de uma rutura com esta política, particularmente exigindo a estruturação de um Serviço Público de Cultura e um aumento orçamental significativo, atingindo o objetivo mínimo de 1% do OE, condições para uma outra política de criação e democratização cultural, de afirmação da soberania e da identidade nacional, de respeito e valorização dos trabalhadores da cultura.

 A existência de 1% do Orçamento do Estado para a Cultura como uma meta que deve ser alcançada a breve trecho, é necessária para que seja possível a estruturação de um verdadeiro Serviço Público de Cultura em todo o território nacional. Um Serviço Público de Cultura que garanta o acesso de todos, em todo o território nacional, à experiência da criação e da fruição cultural e artística, com especial enfoque na componente de acesso às formas, meios e instrumentos de criação.

 A consagração de 1% do Orçamento do Estado para a Cultura é urgente para:

- Combater a precariedade

- Contratar, com vínculo estável, os trabalhadores em falta para os vários organismos públicos da  Cultura;

- Valorizar salários e reduzir os horários de trabalho;

- Aumentar os apoios públicos às Artes;

- Recuperar, salvaguardar, conservar, estudar e divulgar o Património Cultural;

- Desenvolver a criação cinematográfica

- Aumentar os apoios à criação literária;

- Promover o Livro e a Leitura;

- Salvaguardar o carácter integralmente público dos vários organismos sob tutela ministerial;

- Defender e promover a Cultura Popular e tradicional e o movimento associativo popular;

- Garantir o acesso de todos a toda a cultura.

Agora é continuar e reforçar a luta não esquecendo a responsabilidade dos próximos Governos de respeitar esta Declaração e levá-la à prática». 
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 Tendo como fonte a Comunicação Social :« A declaração da atribuição de 1% do Orçamento do Estado para a Cultura foi aprovada esta sexta-feira na Assembleia da República, com a abstenção do PSD e do CDS-PP».

«In society, politics, business, ecology - in short, as a civilization - we have to develop new values together with our machines. UNCANNY VALUES: Artificial Intelligence & You opens up a number of perspectives on an area that is developing rapidly but is, at the same time, increasingly difficult to understand. The exhibition centers on questions of culture and technology, being human, power, control, and orientation in the uncanny valley of artificial intelligence»




«In the exhibition UNCANNY VALUES: Artificial Intelligence & You, the MAK is exploring one of the most important subjects of the coming decades, one that has significant consequences for all areas of our lives: artificial intelligence (AI).

In order to understand, help shape, and sensibly implement the potentials of artificial intelligence and the associated technologies, we need a new cultural sensibility, and this exhibition seeks to stimulate that. Installations in various media by 18 international artists and designers spread out in a generous parcours enhanced by examples and scenarios from current applications of AI.

It is exactly 100 years ago that Sigmund Freud wrote “The Uncanny.” The Japanese roboticist Masahiro Mori coined the term “uncanny valley” for machines that are so humanoid that we shudder. It is therefore unsurprising that machines that can learn, think, and act seem uncanny. AIs are increasingly part of our lives, our social connections, our political and economic activity. This raises the question what sort of a living creature the omnipresent AI already is and will become.

In society, politics, business, ecology—in short, as a civilization—we have to develop new values together with our machines. UNCANNY VALUES: Artificial Intelligence & You opens up a number of perspectives on an area that is developing rapidly but is, at the same time, increasingly difficult to understand. The exhibition centers on questions of culture and technology, being human, power, control, and orientation in the uncanny valley of artificial intelligence». Saiba mais.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

O «AVULSO» CONTINUA | MAS APROVEITE SE FOR CASO DISSO | «estudantes de indústrias criativas» há concurso que começou a 15 de julho e termina a 5 de agosto que vos pode levar ao evento THU ( em Malta)



Leia aqui

«A startup Trojan Horse was a Unicorn (THU) lançou em parceria com o ministério da Cultura e a Universidade Nova de Lisboa um concurso apelidado de Talent League. A iniciativa para focadas em “estudantes da indústria criativa” tem como objetivo levar os vencedores ao evento da THU, em Malta, que junta artistas de empresas como a Lego, Walt Disney ou a CD Projekt Red.

Para o fundador da THU, André Luís, esta iniciativa é “uma forma de encontrar e promover o talento local, dando a conhecer um lado diferente da indústria e expandindo horizontes”. O executivo é responsável pelas cinco edições do evento que decorreu em cinco edições em Tróia, Setúbal, e que, desde setembro de 2018, tem como nova casa Valletta, em Malta.
Trabalhar na área do cinema, animação e jogos ainda é uma opção que a maioria dos jovens não considera possível, mesmo que para muitos seja um sonho. O nosso objetivo é trazer o conhecimento do mercado internacional que o THU nos permitiu obter nos últimos seis anos, partilhá-lo de forma a dar um contributo positivo à comunidade e ajudar novos talentos a vingar na indústria.”
O concurso começou a 15 de julho e termina a 5 de agosto e está aberto a estudantes de todas as áreas. As candidaturas podem ser feitas no site da iniciativa. Segundo comunicado enviado às redações, “os participantes vão ser desafiados a criar uma peça de arte digital com o tema “A história por detrás do artista”. (...)». Continue a ler.
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Ao olhar-se para a notícia e ao querer-se comentar alguém dirá: mas que mania estarem sempre a criticar tudo. Então a «parceria» não é tão virtuosa !, tão «fofa» como até ouvimos dizer. É, sim senhor. Mas há aquele «mas» fundamental que pode ir do mais estruturante à pequena ação. Do género: qual é a estratégia para as designadas indústrias criativas? No Ministério da Cultura quem é que trata da matéria? Porque não cabe isto nos Organismos da Juventude na frente de trabalho dedicada à cultura e às artes? Qual o contacto com o Plano Nacional das Artes? E com o sistema de financiamentos da DGARTES? ... E ... podiamos continuar.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

PETIÇÃO PÚBLICA | «Alteração da forma de concurso do Programa Simplificado Dgartes»





O TEXTO:
«Reabriram dia 1 de Julho, as candidaturas para o programa de Apoios a Projectos, procedimento simplificado, para as modalidades de circulação nacional, edição, formação, internacionalização e investigação, da Direcção Geral das Artes. Com um montante máximo de apoio de cinco mil euros por projecto e mínimo de quinhentos euros, esse programa pretende apoiar projectos de pequena dimensão utilizando uma fórmula menos burocrática. Contudo o procedimento do concurso assenta num processo matemático, ou seja à medida que as candidaturas são submetidas e os seus respectivos montantes solicitados, é subtraído esse valor ao montante total disponível. Quer isso dizer que, mesmo antes de qualquer avaliação prévia, a apresentação de candidaturas termina quando termina o montante disponível. 
Nesse sentido esse concurso transformou-se numa corrida de velocidade. As candidaturas estiveram abertas no dia 1 de Julho por apenas meia dúzia de segundos, ficando de imediato indisponíveis porque "a verba do concurso foi esgotada". De facto é absurdo mas este concurso esteve aberto durante poucos segundos não permitindo a muitos candidatos concorrerem. Este não é um processo democrático porque não possibilita sequer o mais elementar direito de submissão de uma proposta que é o que se espera de um simples concurso. 
Vimos por este meio requerer a alteração desta forma de concurso, de modo a permitir que os candidatos disponham de um período mais longo para submeterem as candidaturas em que trabalham, reflectem e estruturam por longas semanas. É o mais elementar tratamento que se pede a um organismo que promove e apoia as artes e os artistas em Portugal». Para assinar vá aqui.

sábado, 13 de julho de 2019

ONDE SERÁ O PONTO DE ENCONTRO?

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL "CULTURA, TERRITÓRIO E DESENVOLVIMENTO" EM IDANHA-A-VELHA


«Organizada pela Direção Regional de Cultura do Centro, na aldeia histórica de Idanha-a-Velha, a Conferência Internacional "Cultura, Território e Desenvolvimento" tem como mote uma discussão alargada sobre o papel da cultura no desenvolvimento dos territórios, "tendo como pano de fundo a competição que se avizinha em Portugal para selecionar a Capital Europeia da Cultura 2027". 

Serão discutidas as seguintes temáticas:

* Políticas culturais ao nível local e regional;
* Desenvolvimento de públicos e lógicas participativas;
* Dimensão Europeia e internacionalização dos territórios.

Serão apresentados casos nacionais e internacionais, no que diz respeito ao desenvolvimento e gestão de políticas culturais em cidades, desenvolvimento de públicos e estratégias de internacionalização, com especial relevo para as experiências das Capitais Europeias da Cultura e também da Rede de Cidades Criativas UNESCO.

A Conferência conta com o apoio do Município de Idanha-a-Nova, Turismo Centro de Portugal e Aldeias Históricas de Portugal».

«Ouve-se com frequência que Portugal precisa de reformas profundas para fazer face aos seus défices estruturais. Políticas públicas que rompam com o que foi feito no passado, que mudem radicalmente as prioridades e a sua implementação. A asserção chega-nos através das organizações internacionais, mas é também propalada entre nós. É óbvio que existem na sociedade portuguesa problemas persistentes e que parecem de difícil superação. Mas, ao contrário do que é sugerido, o problema das políticas públicas em Portugal prende-se mais com a qualidade dos processos de desenho, implementação, coordenação e avaliação, do que com a ausência de reformas. (...)».
 «No debate sobre o Estado da Nação houve duras críticas ao Governo que deixou o país "à espera" e "esmagado". Mas, apesar de "Portugal não ser um oásis nem um país cor de rosa", o "diabo não chegou".

O diabo apareceu num país cor-de-rosa onde se veem vacas a voar? É uma questão que parece vinda da boca de uma criança mas que na verdade poderia surgir na mente de quem assistiu ao último debate da legislatura sobre o Estado da Nação. Os deputados e o Executivo de António Costa discutiram, durante mais de quatro horas, no Parlamento, como está Portugal.(...)».


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Olhamos para as três iniciativas acima e ocorre-nos a pergunta: onde será o ponto de encontro? Dito de outra maneira: quando, onde e como se cruzarão? Porque, salvo melhor opinião, isso devia acontecer, e ser óbvio para quem o quisesse ver.