sábado, 31 de agosto de 2019

«CREATIVE EUROPE MONITORING REPORT 2018»


«This Report illustrates the achievements of Creative Europe in 2018, in line with its mission to safeguard cultural diversity and strengthen the competitiveness of the cultural and creative sectors, in particular the audiovisual sector. In presenting the wide range of activities undertaken and the results achieved, the report shows the value of Creative Europe as a whole, which is greater than the sum of its individual parts.
The results of the Programme need to be assessed both in terms of their cultural and artistic value as well as their economic value, reflecting the dual nature of the cultural and creative sectors. To do so, we have drawn on qualitative and quantitative evidence from a variety of sources, including the programme beneficiaries, and have used performance indicators where relevant.
This Monitoring Report is a response to the recommendation of the mid-term evaluation of Creative Europe to strengthen the monitoring of results on an annual basis. As such it aims to shed further light on the strengths of the Programme and the areas for improvement in the context of the ongoing discussions on the successor Programme under the Multiannual Financial Framework 2021-2027».
Veja aqui também.

 

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

A CULTURA E AS ARTES no «Plano Nacional de Implementação do Pacto Global das Migrações»



Veja aqui
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Custa ver como a CULTURA E AS ARTES são encaradas no Plano Nacional de Implementação do Pacto Nacional das Migrações que o assinalado acima pretende ilustrar.  Sim, o  MC aparece por lá ( e bem)  via  Comunicação Social, mas não deixa de ter cabimento  assinalar que mais através da Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros ... Porque será?  Ó MC, cadê!
Apenas para estimular curiosidade: não seria interessante e útil, por exemplo,  saber qual o espaço que os nossos agentes culturais através da actividade financiada pela DGARTES deram ao problema? Ou como o anunciado Plano Nacional das Artes prevê cobrir o assunto? 




domingo, 25 de agosto de 2019

HERMANN HESS | «Gertrud»




SINOPSE
Um texto de uma beleza formal absolutamente espantosa, que revela a irredutibilidade da arte (música) à vida. A música assume-se exclusiva, devoradora da capacidade das personagens de amar, de (sobre)viver à realidade quotidiana. Acresce que é uma história de um amor frustrado que encontra a voz sóbria e contida no narrador. Hermann Hesse consegue, com um acervo notável de palavras, compor uma sonata melancólica e resistente que ecoa a temática difícil do princípio do século da arte contra a vida e, ao mesmo tempo, antecipa metaforicamente as pulsões destruidoras que estiveram na origem do 3º Reich. Este é um texto de inúmeras que poderá ser lido a um sem número de níveis. Pela sua beleza frágil e aura nostalgia esta obra reconciliará todos os “descrentes” de Hesse e maravilhará os (muitos) admiradores do autor. Saiba mais.

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A tradução é de Maria Adélia Silva Melo

 


sexta-feira, 23 de agosto de 2019

JORNAL AVANTE! | JOSÉ CARLOS FARIA | «O financiamento do teatro, serviço público»





«Com Abril sopraram ventos de liberdade para o Teatro e de esperança do seu papel futuro na sociedade portuguesa. Acreditava-se que tudo ia mudar e que as Artes Cénicas beneficiariam de políticas justas, capazes de superar, em todos os aspectos, um atraso crónico face ao panorama internacional, contribuindo assim activamente para a construção de um país novo, em alegria colectiva.
Neste capítulo, 45 anos passados, o essencial foi sendo preterido, jamais se fez um balanço sério do que daí para cá foi possível concretizar e que alcance obtiveram as transformações da realidade cultural, inseparáveis de uma sua política constitutiva, ónus do Estado laico, republicano e democrático. De facto, nunca se aferiu na raiz, necessidades e carências, insuficiências e debilidades de um todo cultural diverso, visando as necessárias dinâmicas do respectivo aprofundamento e desenvolvimento harmónicos, com presença equilibrada no território, combatendo a desertificação e qualificando os cidadãos. Para eles e para os do Teatro, a Cultura instala-se no hiato da relação entre trabalho e lazer, «no primeiro minuto de liberdade após a jornada de trabalho». Os sucessivos governos inclinaram-se sempre para a amálgama e a indiferenciação, metendo tudo no mesmo saco: indústrias criativas e criação, esta e programação, entretenimento, património e a isso chamaram Serviço Público. Não é, e nem sequer todas as entidades apoiadas o realizam. O Serviço Público Artístico, um verdadeiro Serviço Nacional de Cultura, com uma base infraestruturante garantindo a possibilidade de acesso generalizado (par)a todos, tendencialmente imune (porque resistente) à contaminação publicitária do mercado, se não lhe for fornecido conteúdo, arrisca tornar-se um conceito esvaziado de sentido. Para ser defendido (não apenas em abstracto) tem que ser praticado em concreto. No contexto português é um imperativo constitucional que deve corrigir as tão faladas e tão pouco contrariadas assimetrias, assegurando o direito à fruição e criação, em termos individuais e colectivos. As populações, menosprezadas e menorizadas, merecem mais do que a alienante degradação televisiva, até da RTP, suposto Serviço Público, que cativa mais de metade dos recursos financeiros do ministério da Cultura. Se o Teatro é o espelho da sociedade e das contradições do mundo, a TV, aparelho ideológico, utilizada como arma perigosa, é «a imagem do Poder e da sua doutrina».
O Estado não cumpre o seu dever (sim, o dever cívico) de respeitar e apoiar o Teatro. E todavia é uma sua tarefa, um seu encargo moral. Mas nada parece mais alheio aos governantes, cujo desinteresse e ignorância, na ausência de uma política artística corajosa, dissemina, sem o reconhecer, o cancro da incerteza, da insegurança e da precariedade, a desestabilização, o silêncio e ainda pior, quantas vezes a arrogância impositiva de verbas irrisórias ou um amável cinismo para camuflar a inércia e a frivolidade de medidas sempre as mesmas (veja-se as conclusões patéticas do grupo de trabalho nomeado pelo anterior ministro). A falta de meios financeiros (e outros) revela o medo do papel social e político que o teatro desempenha. As burocracias têm sido tão só uma instância de controlo, sobretudo contabilístico. Um Orçamento é também uma política que produz escolhas, em vista do quê e para quem se faz.
E se a gente do Teatro ganha pouco, a sua Arte é cara. Não rende. Os lucros são espirituais, visam a emancipação pelo conhecimento sensível do real. É assim desde os gregos no século V a.c. – a obra tinha por destino ser útil às gentes do seu tempo, lição que nos aproveita 26 séculos depois.
Tudo está para recomeçar. Há que refundar o apoio às Artes!
A Democracia não o é, se amputada culturalmente».

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

“Lutamos por manter o Museu de Arte Popular de portas abertas”




A entrevista já tem uns dias mas continua atual:

“Lutamos por manter o Museu de Arte Popular de portas abertas”

Aberto desde final de 2016, após anos de encerramento, o Museu de Arte Popular continua em risco. Quem o diz é Paulo Costa, diretor deste museu – e do Museu Nacional de Etnologia – que falou à DN Ócio, à margem do Summer Camp de cestaria, com que jovens e artesãos procuram um novo fôlego nesta arte tradicional ameaçada. Diz esperar que a nova lei da autonomia dos museus reponha um atraso orçamental de duas décadas e que permita contratar pessoal: deviam ser o triplo.

Entrevista de Marina Almeida | Fotografias de Orlando Almeida (Global Imagens)

Qual a importância de uma iniciativa como a Summer School de cestaria, que decorre no Museu de Arte Popular ao longo de três semanas?
Vejo com todo o interesse, com todo o entusiasmo, como todos os jovens e menos jovens que são os artesãos que estão aqui. Acho que é uma excelente iniciativa de cruzar tradição e inovação, de colocar em diálogo artesãos e jovens de vários países da Europa a trabalhar com uma tecnologia portuguesa da cestaria, trazendo uma tecnologia tradicional para novos usos, para novas ideias, para novas funções. Acho que é uma iniciativa muito importante porque traduz não só a parceria estabelecida com a Michelangelo Foundation, com a tutela, o Ministério da Cultura, com a Direção Geral de Património Cultural, que financiou esta iniciativa em conjunto com a Fundação Michelangelo, e portanto estamos muito orgulhosos por acolher esta escola de verão, esperando que iniciativas similares se possam repetir.

E que ajudem a dar visibilidade ao Museu de Arte Popular e ao de Etnologia…
Sim. Eu considero que este tipo de iniciativas em torno do artesanato deve ser focalizado aqui no Museu de Arte Popular. Entendo também que não devem esgotar-se estas iniciativas em si próprias. Devo recordar que esta iniciativa foi suscitada porque o museu se encontra a organizar uma exposição em torno das coleções de cestaria do Museu de Arte Popular (MAP) e do Museu Nacional de Etnologia. É neste âmbito que estamos a trabalhar desde janeiro de 2018 com a [associação] Passa ao Futuro, que assegura a parte da curadoria desta exposição em conjunto com o museu, naturalmente, e foi deste processo, deste estudo da coleção que nasceu este encontro com a Fundação Michelangelo e a ideia de se fazer esta escola de verão.

sábado, 10 de agosto de 2019

OLHANDO PARA OS OUTROS | TEMOS UM PROBLEMA SÉRIO | Como vão ser os próximos 10 anos na esfera da cultura e das artes em Portugal?




Sem sol e com combustível condicionado, mais tempo para os  alertas que nos chegam, e é assim  que o mostrado pelas imagens  merece, uma vez mais, a nossa   atenção: continua o processo de discussão sobre qual deva ser a intervenção do Arts Council England na próxima década. Comparar com o que se passa por cá é melhor não aprofundar porque tornará este querido mês de Agosto ainda mais sombrio. Apenas, o que devia ser banal, mas tendo em conta a informação que não temos, atente-se no que foi disponibilizado quanto a informação de partida logo no início do debate em curso:


E de como os interessados estão a participar, veja-se por exemplo, no Arts Professional:Join the discussion on ACE’s new strategy.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

ZECA AFONSO | à atenção da Senhora Ministra da Cultura


Leia aqui

Senhora Ministra da Cultura, não desista, continue em busca dos «masters», mas inspirando-nos no que se ouviu no 10 de junho  de 2019 -"Deem-nos qualquer coisa em que acreditar" -, com as devidas adaptações: dê-nos, diga-nos, alguma coisa institucional que esteja à altura do que  Zeca Afonso representa para tantos de nós. Pare com essa abordagem burocrática.  Estejamos ao nível  do momento e da figura  Zeca Afonso  com ou sem «masters». Pare com os «mas» ou acompanhe-os com algo que os anule. Uma sugestão: como tanto apadrinha o Plano Nacional das Artes, inclua nele uma «iniciativa Zeca Afonso»! Entretanto, olhe à volta, e veja, por exemplo:


FOI APROVADA EM  SESSAÃO PLENÁRIA DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA



Leia aqui

Leia aqui, no Público





quarta-feira, 7 de agosto de 2019

PARTIDO SOCIALISTA | O QUE É FEITO DOS PROGRAMAS ELEITORAIS PARA A CULTURA COM QUE NOS TINHA HABITUADO?



Excerto  do Programa Eleitoral 2019 do PS



Concordando-se ou discordando-se, em regra, o PS, pelo menos desde os Estados Gerais de 1995, apresentou Programas Eleitorais para a Cultura bem estruturados. Claros, exigentes no conteúdo e na forma.  Se os cumpriu já é outra coisa! Pois bem, o que nos é dado ler no presente para 2019 é uma tristeza. É um rol de «coisas» sem lhe vermos o sentido estratégico, sem hierarquias, repetitivo, onde se põe em igualdade a grande iniciativa com o pequeno acto «eleitoralista» direcionado a eleitores precisos. Confunde designios com a espuma dos dias. Ignora o que passa à volta: sejam as Recomendações vindas do Parlamento, ou o que se grita na rua! É um Programa confuso que ambiciona prometer, prometer,  tudo a todos, não percebendo que ao enveredar por aí acaba por não responder ao essencial e leva até que não se perceba o que quer dizer. O recorte da imagem acima pode ser tomado como uma boa ilustração. Por exemplo, alguém percebe o que está sublinhado? Porque não se associa ao 1% do Orçamento do Estado para o Ministério da Cultura? E já agora, como não temos de ser especialistas fomos à internet à procura de saber o que é «despesa discricionária», o que encontramos:
«As despesas discricionárias, também chamadas de custeio e investimento, são as despesas que o governo pode ou não executar, de acordo com a previsão de receitas. É sobre as despesas discricionárias que recai os cortes realizados no orçamento quando cai a previsão de receitas arrecadadas para o ano».Tenham dó!
E aquela das diferentes áreas culturais e indústrias culturais: desde logo,quais as competências do Ministério da Cultura e dos demais, e quem tem a «tutela» das indústrias culturais? E porque não referem o óbvio: vão ou não reformular o SISTEMA DE FINANCIAMENTO ÁS ARTES, vão ou não refundar a DIREÇÃO-GERAL DAS ARTES? Vão ou não explicitar o que lhe compete e o que é do Plano Nacional das Artes? E se querem entrar pelo imediato: como vão resolver a situação do Diretor-Geral da DGARTES que já ultrapassou há muito o tempo permitido em regime de substituição? Querem ver que a legislação existente também não é para «levar à letra». E ainda decorrente do recorte acima: tanto quanto se sabe a Conta Satélite já está implementada, se não se desenvolveu é porque não há dados e informação preparada para a alimentar. É só ver o que se passa com o Sistema de Informação da DGARTES.
Resumindo, o Programa Eleitoral para a Cultura do Partido Socialista revela o desastre que foi a legislatura que agora acaba na esfera da cultura e das artes e, mais grave, não augura  o futuro de que precisamos ...



sábado, 3 de agosto de 2019

CONTINUAMOS A SABER PELA COMUNICAÇÃO SOCIAL QUE O MINISTÉRIO DA CULTURA ANDA A ATIVAR SUBSIDIOS EXTRAORDINÁRIOS E AINDA BEM MAS HÁ QUE SABER MAIS




Ao vermos a notícia no Porto Canal a que se refere a imagem interrogamo-nos: como é aquilo possível ? Em particular, como é possível um Governante vir dizer o que diz quando está a decorrer um concurso? E por hipótese, e se os Projetos dos Agentes que a Ministra diz ter «subsidiado» extraordinariamente até aos concursos, entretanto abertos, não vierem a ser contemplados, nomeadamente com os orçamentos disponíveis? Voltam a ser financiados extraordinariamente? Aumentam-se os Orçamentos? E os Projetos dos quai foi dito publicamente que vão ser reforçados por se considerar que os resultados dos concursos não foram justos - ex. Companhia de Teatro de Almada - e que são quadrienais como se resolve a situação?

Resumindo, qual o SISTEMA DE FINANCIAMENTO ÀS ARTES NESTE MOMENTO? 

Para se perceber melhor o que acabou de se escrever revisitem-se posts anteriores:





«Se é artista interprete ou executante, o Tratado de Pequim é importante para si»




Entretanto,

Veja aqui