quinta-feira, 28 de novembro de 2019

FINANCIAMENTO ÀS ARTES | Da «Revisão Critica», passando pelo «Afinar», chegando ao «Dialogar», e ao «Reunir» com quem diz que vai fechar, ouvimos de tudo um pouco | DE UMA VEZ POR TODAS SENHOR PRIMEIRO MINISTRO PONHA ALGUÉM A DEFINIR UMA VERDADEIRA ESTRATÉGIA PARA AS ARTES


É penoso ver como a Senhora Ministra da Cultura vai reagindo ao que se está a passar no Serviço Público das Artes: saltitando. É ver a comunicação social dos últimos dias: começou com revisão critica sem sabermos o que isso é, afirmou que não vai haver mais dinheiro face às contestações aos resultados dos últimos concursos, utiliza a palavra afinar para dizer que não se justifica alterar um sistema há tão pouco tempo entrado em vigor, vai reunir com companhia que diz vai fechar, ... e agora perante o Abaixo-assinado que pede a sua demissão declara que é o momento de dialogar. Os que antecederam a Senhora Ministra no lugar devem estar perplexos, e até o Senhor Primeiro Ministro, porque sempre apregoaram que dialogaram. Porventura DIALOGARAM MAL. Ou não souberam ler o que dialogaram.  Mas o que diabo é preciso ainda ser dito para se definir uma VERDADEIRA POLITICA PÚBLICA PARA O SERVIÇO PÚBLICO NAS ARTES? Para isso, Senhora Ministra da Cultura, para lá de se ouvirem os Agentes culturais e as Câmaras Municipais, há mais para se reflectir, por exemplo o que dizem os Partidos Políticos. Sabe Senhora Ministra da Cultura a questão das Artes é demasiado importante para ser deixada «apenas» aos Agentes Culturais e à Ministra da Cultura. E ainda que mal se pergunte: qual o PAPEL DOS SERVIÇOS nesta «confusão» ? A pergunta sacramental: onde estão os ESTUDOS subjacente à Politica aqui em causa?
Neste quadro lembre-se porque é amanhã:29 NOVEMBRO 2019 | «PCP marca Debate Temático sobre Apoio às Artes na Assembleia da República».Isso, Senhora Ministra da Cultura, dê ouvidos ao que é aprovado e recomendado no Parlamento - em Plenário e fora dele.  
E sobre os últimos desenvolvimentos, por exemplo através do Observador:  «O Ministério da Cultura disse esta quarta-feira que chegou o momento de dialogar com o setor das Artes para dar respostas aos novos desafios colocados pelo modelo de apoios, e para garantir a sustentabilidade e coesão territorial da área. (...).Na mesma nota, o Ministério da Cultura confirmou que vai decorrer uma reunião com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e o Cegada Grupo de Teatro, na sequência do anúncio de encerramento do Teatro Estúdio Ildefonso Valério, já no domingo passado, por falta de apoio da Direção-Geral das Artes.A resposta do Ministério da Cultura surge depois de 45 estruturas artísticas e mais de 300 profissionais do setor terem pedido a demissão da ministra da Cultura, Graça Fonseca, num abaixo-assinado que está a circular desde terça-feira à noite nas redes sociais. (...).A pedir a demissão da ministra encontram-se estruturas que ficaram fora dos subsídios do Programa de Apoio Sustentado às Artes, para o biénio 2020-2021, assim como dirigentes de entidades que os garantiram, sublinhou à agência Lusa o encenador Levi Martins, que também subscreveu o documento. (...). Na passada sexta-feira, a plataforma Cultura em Luta marcou uma jornada de protesto para dia 10 de dezembro, cerca de uma semana antes da data anunciada para a apresentação da proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano. (...)».
 

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

APETECE ENDEREÇAR ESTE POST AO SECRETÁRIO DE ESTADO DO CINEMA, AUDIOVISUAL E MÉDIA



«Mardi 19 novembre, le ministre de l’Éducation nationale, Jean-Michel Blanquer, et le ministre de la Culture, Franck Riester, ont annoncé le lancement d’une nouvelle plateforme audiovisuelle éducative qui s’adressera prioritairement aux élèves et à leur famille, aux enseignants, aux éducateurs et aux animateurs.




C’était l’un des objectifs de la réforme de l’audiovisuel public : rassembler pour une meilleure visibilité les nombreuses plateformes éducatives numériques dont dispose le service public. Cette nouvelle plateforme, baptisée LUMNI, intègrera donc les contenus à caractère éducatif de  tous les acteurs de l’audiovisuel public : France Télévisions, Arte, France Médias Monde, Radio France, TV5 Monde, l’INA.
LUMNI, pilotée par l’INA et France Télévisions, associe également les partenaires historiques de l’éducation (Ligue de l’enseignement, Canopé, Eduthèque) tandis que les offres qui existaient jusqu’alors disparaissent : respectivement France.tv éducation, lesite.tv et lesite.tv Cinéma pour France Télévisions, Jalons pour l’INA.
(...). Leia mais. 
  ********************* 
Foi quase em simultâneo  que tomamos conhecimento da medida francesa a que se refere a imagem acima e do trabalho do jornal Público da que se segue:
E reparámos na «revolução» chamada para o título que no ver do Secretário de Estado não é a palavra ajustada para o momento, substituindo-a por «estratégia» - percebemos a ideia, mas ... -,  e também nos detivemos nesta passagem:
«(...) No caso do panorama da exibição de cinema em Portugal, o secretário de Estado disse, na abertura da conferência, que será “determinante envolver Governo, municípios, entidades privadas” no esforço de “modernização e digitalização” de recintos que possam exibir cinema, incluindo escolas e cineclubes. (...)» - leia na integra,  parece que está disponível para todos
E lemos todo o discurso da abertura oficial da conferência da Organização Europa Cinema, aliás, contexto das afirmações à Agência Lusa - está disponível no Portal do Governo. 
  *********************
Olhando para o Lumni francês e, por exemplo, para o nosso Plano Nacional das Artes, e para o que foi o passado nestes dominios, e para o que temos agora - e embora tenhamos presente que a parte não pode ser tomada pelo todo, e vice-versa -  ocorreu-nos que talvez REVOLUÇÃO se justifique... 
Ainda: à boleia do que também se pode ler no discurso do Secretário de Estado, a saber:


e cruzando-o com o clamor, passado e presente, dos interessados   nas Artes financiadas através da DGARTES, Senhor Secretário de Estado, espera-se que no seio do Governo de que faz parte assinale que «o dinheiro que existe», como dizer, nesta área de politica, está longe do mínimo.  Não voltemos ao fim das possibilidades! ou ao «Não há dinheiro. Qual é a parte desta frase que não entende ?».


domingo, 24 de novembro de 2019

ACONTECEU |« Forum of Ministers of Culture / 19 November 2019 in the framework of the 40th session of the General Conference» | MAIS INVESTIMENTO NA CULTURA OUVIU-SE




Parece que por cá neste jardim à beira mar plantado passou «ao lado» mas há poucos dias realizou-se o «UNESCO| Forum of Ministers of Culture»:

«Over 140 Ministers and  High Representatives confirmed
On 19 November 2019, UNESCO hosted the Forum of Ministers of Culture, a major event to discuss the central place of culture in public policies around the world and its impact on sustainable development. More than 120 Ministers and high representatives were present to mark a high point during the 40th session of the General Conference of UNESCO (12-27 November 2019). UNESCO, the only United Nations agency for culture, is returning to the tradition of ministerial meetings in the field of culture, 21 years after the Intergovernmental Conference on Cultural Policies for Development held in Stockholm, Sweden in 1998.
As a platform for priority setting and public policy development, this ministerial meeting was an opportunity to make decisive progress on the role of culture in development. Four themes were be explored on this occasion:
  • Culture and heritage, a renewable energy for dialogue and peace
  • Culture at the heart of education, a fundamental dimension for human development and innovation
  • Investing in culture and creativity for sustainable development and employment
  • Culture in the public space, a driving force for urban and social transformation (...)». Veja na integra aqui.









Em especial, os conceitos de partida: diretamente neste endereço.Começa assim:
Leia na integra

E podemos saber através de video:

Por exemplo aqui


Ah, desde logo, foi lá dito: MAIS INVESTIMENTO NA CULTURA. E como poderia ser diferente?

sábado, 23 de novembro de 2019

TÓSSAN | «Ode ao Futebol»


 


quando nos afogam com
 «bola», PARA TODOS, gostem
 ou  não de futebol - e uma forma
 de lembrarmos Tóssan:
 

ODE AO FUTEBOL

Rectângulo verde, meio de sombra meio de sol
Vinte e dois em cuecas jogando futebol
Correndo, saltando, ziguezagueando ao som dum apito
Um homem magrito, também em cuecas
E mais dois carecas com uma bandeira
De cá para lá, de lá para cá
Bola ao centro, bola fora.
Fora o árbitro!
E a multidão, lá do peão
Gritava, berrava, gesticulava
E a bola coitada, rolava no verde
Rolava no pé, de cabeça em cabeça
A bola não perde, um minuto sequer
Zumbindo no ar como um besoiro,
Toda redonda, toda bonita
Vestida de coiro.
O árbitro corre, o árbitro apita
O público grita
Gooooolllllooooo!
Bola nas redes
Laranjadas, pirolitos,
Asneiras, palavrões
Damas frenéticas, gordas esqueléticas
esganiçadas aos gritos.
Todos à uma, todos ao um
Ao árbitro roubam o apito
Entra a guarda, entra a polícia
Os cavalos a correr, os senhores a esconder
Uma cabeça aqui, um pé acolá
Ancas, coxas, pernas, pé,
Cabeças no chão, cabeças de cavalo,
Cavalos sem cabeça, com os pés no ar
Fez-se em montão multidão.
E uma dama excitada, que era casada
Com um marinheiro distraído,
No meio da bancada que estava à cunha,
Tirou-lhe um olho, com a própria unha!
À unha, à unha!
Ânimos ao alto!
E no fim,
perdeu-se o campeonato!

Tóssan

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

NESTE MOMENTO EM QUE UMA VEZ MAIS SE DISCUTE O FINANCIAMENTO ÀS ARTES LEMBRAR PERGUNTAS | Como é a vida dos artistas reformados? Em geral como é a vida dos profissionais da cultura e das artes à medida que vão envelhecendo ou quando alguma vicissitude lhes bate à porta?

 Para lembrarmos o problema
Recuperemos o trabalho de Tiago Carrasco
De lá:
«Esta reportagem será contada como se de uma peça de teatro se tratasse. Relata a história de actores e apresentadores que no passado todos queriam ter por perto e que hoje poucos sabem onde estão. Pisaram os palcos mais importantes do País, receberam ovações, vestiram-se nas melhores lojas de Londres e de Nova Iorque, nunca lhes faltou companhia para um copo. Estão agora em lares ou na solidão de casa, com doenças graves, reformas que não chegam para a renda ou visitas contadas pelos dedos de uma só mão. São personagens unidas por um currículo glorioso e por um futuro incerto; Graça Lobo, de 79 anos, interpretou peças de Tchekhov e Beckett, vive num lar; Ruy de Carvalho, 91 anos, continua a representar porque de outra forma não teria uma vida desafogada; Eládio Clímaco, 77, deixou de poder trabalhar na RTP e vive assombrado pela morte. Irene Cruz, de 75, diva dos palcos, tem a memória cansada e não trabalha há três anos. António Cordeiro, 59, luta contra uma doença neurodegenerativa, pediu reforma antecipada. Manuela Maria, de 83 anos, dirige a Casa do Artista. Paulo Sargento é um psicólogo que já trabalhou nesta instituição, com experiência na análise da depressão geriátrica em personalidades que atingiram o estrelato. Falar-se-á da memória, bem como da morte, incontornável, mesmo para quem chegou a cheirar a eternidade». Saiba mais.

*** 
E não são «só» os artistas, todos conhecemos demais profissionais da cultura e das artes que vivem situações miseráveis. URGENTE tomar medidas imediatas, urgente dinamizar o setor. Urgente ligar «os concursos do financiamento às artes» a esta situação que nos devia envergonhar a todos. Tal como foi diagnosticado em 1982 não faltarão hoje «situaçoes de pungente carência económica»:


quinta-feira, 14 de novembro de 2019

DA VIDA DOS OUTROS | NORUEGA | «The Cultural Schoolbag (TCS)»


Veja aqui

Como estamos numa de olhar para a INFÂNCIA E JUVENTUDE, nomeadamente escolar (veja-se o post imediatamente  antes deste), gente do Elitário Para Todos que esteve presente veio de lá a falar no «The Cultural Schoolbag». Procurámos saber mais e como não queremos engarrafar informação aqui fica para os nossos leitores do que encontramos:
  
«The Cultural Schoolbag (TCS) is a national programme designed to ensure that all school pupils in Norway experience professional art and culture of all kinds. The Cultural Schoolbag is a collaborative project between the Ministry of Culture and the Ministry of Education and Research. In 2016 Kulturtanken (previously Concerts Norway) was given national responsibility for the scheme.
The programme aims to give pupils and schools the chance to experience, become familiar with and develop an understanding of all kinds of professional artistic and cultural output. The activities offered, which must be of a high quality, cover the whole cultural spectrum:
  • Performing arts
  • Visual art
  • Music
  • Film
  • Literature
  • Cultural heritage
The Cultural Schoolbag has been part of the government’s culture policy for children at primary and lower secondary school since 2001, and more recently it has been expanded to cover sixth-form students. This means that all pupils – from years 1 to 10 of compulsory education, and from years 1 to 3 of sixth-form – are covered by the programme.
Organisational structure
The Cultural Schoolbag is a collaborative project involving the culture and education sectors at a national, regional and local level, which covers all schools in Norway. County councils are responsible for regional coordination, but municipalities may also develop their own programmes. The implementation of the programme varies a great deal from region to region and place to place.

Kulturtanken is the national body responsible for managing, quality assuring and developing the programme at the national level, as well as for distributing lottery funding. You can read Kulturtanken’s mandate here: Mandate for the new national body that will run The Cultural Schoolbag
Funding
The Cultural Schoolbag receives lottery funding allocated by the Ministry of Culture. The total amount it received in 2015 was NOK 210 million. The funds are made available after the Norsk Tipping – the Norwegian state lottery operator – has distributed its profits in spring.(...)»
.
Continue a ler.