quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

«ALAMEDA DAS GLICÍNIAS» | Para José da Cruz Santos




«Pinturas e Poemas para um aniversário. O livro, Alameda das Glicínias, reúne uma centena de pinturas e poemas para um aniversário. De vários autores sobre a flor predilecta de José da Cruz Santos, que no Japão é símbolo da amizade.
“Cultivador de flores, deleitado com as subtis e delicadas glicínias da sua afeição, e do seu encantamento, Cruz Santos é, da cabeça aos pés, um criador fascinado e silencioso das glicínias, o objecto desejado dos seus desejos, dos seus sonhos e dos seus afectos mais entranhados e encantados.
As glicínias tão reais e imaginárias são a fonte do seu deslumbrado encantamento e talvez nada defina e ilustre melhor a identidade de um homem do que a sua flor preferida.
Nela ele reconhece a sua identidade com a natureza, a sua cor, o seu cheiro, o seu desejo. A glicínia é a flor bem-amada de José da Cruz Santos, que ele persegue com todas as luzes da razão e as palpitações do coração.”». Veja aqui.


E recuperemos:

Leia na integra



domingo, 20 de dezembro de 2015

A CULTURA NO PARLAMENTO | Projeto sobre o Estatuto do Bailarino da CNB



Do preâmbulo do projeto:

«(...)
A dança ou ballet clássico é uma arte de extrema dificuldade exigindo dos seus profissionais e praticantes habilidade físicas só comparáveis com o desporto de alto rendimento, nomeadamente com os ginastas olímpicos. Esta comparação é também observada a nível do potencial lesivo que o bailarino poderá sofrer, sendo que nas escolas de dança, o ballet clássico é responsável por 67% das lesões, devido ao facto de o sistema músculoesquelético ser levado ao seu limite durante décadas.

A dança clássica exige não só um treino intensivo, levado mesmo a níveis perigosos de exaustão, como também exige qualidades psíquicas, técnicas e artísticas muito elevadas. Deste modo, apenas 2% dos alunos de dança clássica chegam a profissionais, e dentro desta percentagem, muitos acabam a sua carreira precocemente, devido em especial a lesões incapacitantes (30%). Na Companhia Nacional de Bailado, o número de bailarinos a atingir o tempo de trabalho de, pelo menos 25 anos, será em média, inferior a um em cada ano. Urge valorizar e reconhecer o ballet clássico e o trabalho dos seus profissionais, nomeadamente no que diz respeito às condições de aposentação e acesso à reforma dos bailarinos, à reparação de danos em caso de acidente de trabalho e às possibilidades de reconversão e reinserção profissional. (...)». Continue a ler.

E também se pode ler no Projeto de lei: «O PCP considera que a dança, nas suas mais variadas formas, e os seus profissionais constituem uma valiosa componente artística portuguesa, cuja salvaguarda é do interesse público». E assim sendo, e saudando-se desde logo esta  iniciativa centrada na Companhia Nacional de Bailado, aguardam-se outras - sobre estas e demais matérias - que visem «toda a dança» e todos os seus profissionais. Com carácter de urgência, e foi também isso mesmo que nos fizeram chegar leitores deste blogue. E ainda bem que estão atentos, estas questões são demasiado importantes para ficarem entre as paredes do Parlamento.

























O PERDÃO DA DIVIDA: afinal ... quem tem razão ?


sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A CULTURA NA ORGÂNICA DO GOVERNO


Ontem no Diário da República foi publicada a Orgânica do Governo, como o ilustra a imagem acima, e entre outras utilidades mostra-nos o «universo institucional» dos organismos  das artes.  Alguns sublinhados:
  •  A referência no preâmbulo do diploma (ver imagem) à transversalidade da cultura (destaque nosso)  - «Valorizam -se, igualmente, na orgânica do Governo as áreas da cultura e da ciência, como pilares da sociedade de conhecimento, e confere -se a devida importância à política de inclusão das pessoas com deficiência, no âmbito de uma nova agenda das políticas de igualdade»;
  • «O Ministro da Cultura é coadjuvado no exercício das suas funções pela Secretária de Estado da Cultura». Ou seja, como aliás tem sido prática e acontece com  demais áreas e,  a nosso ver, bem,   não significa isto que haja uma Secretaria de Estado;
  • As competências exercidas pelo Ministro  da Cultura no domínio da comunicação social, mais precisamente sobre as entidades do setor empresarial do Estado seguintes:
         a) A Lusa - Agência de Notícias de Portugal, S.A.; 
         b) A RTP - Rádio e Televisão de Portugal, S.A..

Ainda, e porque alguém se interrogará sobre o Instituto Camões: não está expressamente mencionado, e não está na Cultura. Integra o artigo 12.º que se refere aos Negócios Estrangeiros. Lá, pode ler-se: «2-O Ministro dos Negócios Estrangeiros exerce as competências legalmente previstas sobre os serviços, organismos, entidades e estruturas identificados no Decreto-Lei n.º 121/2011, de 29 de dezembro». Ora, neste diploma (destaque nosso):
«Artigo 5.º
Administração indirecta do Estado
Prosseguem atribuições do MNE, sob superintendência e tutela do respectivo ministro, os seguintes organismos:
  1. a) Fundo para as Relações Internacionais, I. P.;
  2. b) Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I. P.;
  3. c) Instituto de Investigação Científica Tropical, I. P.»
E certamente que havemos de voltar à Lei Orgânica do Governo: tê-la como um  referencial de trabalho não será mau ...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

EM BUSCA DE DEBATE (1) | E MAIS RECOMENDAÇÕES (2)| «Carta para Clara, a propósito da que escreveu a João Soares» | GUILHERME VALENTE

Expresso 5 DEZ 2015


A carta a que se refere o artigo de Guilherme Valente está em post anterior, ou seja, neste endereço. E agora que estamos num novo ciclo debater é preciso. Estaremos atentos aqui no Elitário Para Todos.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

LUÍS RAPOSO | «Cultura: até que ponto mudar significa… mudar mesmo»


«Sabemos bem, todos os que andamos nisto há mais tempo, que a prática comum, e aliás crescentemente degradada, tem sido a de na instalação de cada novo Governo os respectivos titulares da Cultura (o último dos ministérios…) recorrerem às agendas pessoais e redes de influência para o preenchimento de lugares de controlo do aparelho do Estado (cada vez mais amestrado, por desqualificação dos seus agentes, nos quais se instalou o temor das próprias sombras), saldando-se tudo numa doce cumplicidade de quem se ajuda agora para ser ajudado depois. No final, ficam todos amigos e distribuem-se mutuamente louvores, a torto e direito (no que em regime republicano se imita o uso monárquico de até ao cão fazer conde ou barão), como diligentemente fez o secretário de Estado cessante há dias, quando de uma só penada fez publicar na folha oficial (que mais valera voltar a chamar de Diário do Governo, em desagravo da República) 27-louvores-27, dirigidos aos finados membros do seu gabinete. (...)
 Falamos depois de organização interna. Ora, aqui seria em primeiro lugar desejável assumir ao mais alto nível a existência dentro da Cultura de duas grandes áreas, a do Património Cultural e a das Artes Vivas. Ambas deveriam constituir secretarias de Estado – e lamenta-se saber que esta oportunidade foi já perdida. Em seguida, deveria reconsiderar-se o estatuto administrativo dos organismos de tutela dos diferentes sectores, retomando talvez a configuração de Instituto público lá onde se evoluiu para Direcção-Geral  – isto no pressuposto de ganhos relevantes em matéria de autonomia e agilidade administrativa. A Direcção-Geral do Património Cultural, em especial, verdadeiro monstro administrativo ingovernável, deveria ser objecto de profunda reformulação, tanto ao nível dos serviços centrais, como dos chamados “serviços dependentes”, aos quais deveria em alguns casos ser de novo conferida a autonomia de outrora, que perderam no âmbito da sanha centralista iniciada nos governos de José Sócrates e diligentemente continuada nos de Passos Coelho.
 Esta última referência encontra expresso acolhimento nos compromissos eleitorais do PS, convertidos em Programa de Governo. Aí se fala na maior autonomia de alguns serviços da Cultura, como sejam os chamados “equipamento bandeira” – como deveriam ser todas as instituições de estatuto nacional, teatros, museus, arquivos. E várias outras medidas merecem também aplauso: cartão cidadão +Cultura, Arquivo Sonoro Nacional, gratuitidade de acesso aos museus e monumentos nacionais para jovens até aos 30 anos, durante os fins de semana e feriados, revitalização das redes de equipamentos culturais, nomeadamente da Rede Portuguesa de Museus , etc. Estaremos, pois, atentos à sua concretização, mas sempre conscientes de que nenhuma árvore, por mais vistosa que seja, substitui a floresta – e é de reflorestação coerente que estrategicamente precisamos na Cultura». Leia na integra.
 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

NOVAMENTE «OS MIRÓ», E AINDA BEM

Femmes et Oiseaux (Mulheres e Pássaros)

Da comunicação social do fim de semana: 


João Soares quer expor as 85 obras de Miró em Serralves 
O ministro da Cultura, João Soares, disse neste sábado ter proposto à Fundação de Serralves que a primeira exposição das obras do catalão Joan Miró, na posse do Estado desde a nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN), se realize em Serralves, no Porto, já no próximo ano. Continue a ler no jornal Público.

 

Entretanto, Ver aqui.

E do passado: 

Leia mais no Público


domingo, 13 de dezembro de 2015

RECOMENDAÇÕES AO MINISTRO DA CULTURA (1) | «Meu Caro João Soares» | CLARA FERREIRA ALVES


Montagem a partir daqui.


«Ao contrário das correntes sociais (li isto algures), não recebo o seu nome para ministro da Cultura com maus olhos. Sei o trabalho que fez na Câmara Municipal e sei que foi um ótimo vereador da Cultura. Conhecendo o seu trabalho e inclinações, venho por este meio trazer um empenho. Bem sei que ainda mal se sentou na cadeira e será cedo para empenhos. Antes que seja inundado com pedidos e convites, com projetos e ideias, com... enfim... empenhos, apresento o meu. É para alguns amigos e para outros que nunca conheci. É para essa coisa vaga e desaparecida que dá pelo nome de Literatura. E que foi abandonada, nos últimos anos, a outra coisa menos vaga que se chama mercado. Passo ao assunto. (...)». Continue a ler.  

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

INE | Estatísticas da Cultura

 

 

«O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga a publicação Estatísticas da Cultura 2014, que disponibiliza informação estatística sobre diversos temas e domínios culturais: ensino; emprego; índice de preços no consumidor de bens e serviços culturais; empresas do sector cultural e criativo; comércio internacional de bens culturais; património cultural; artes plásticas; materiais impressos e de literatura; cinema; artes do espetáculo; radiodifusão, financiamento das atividades culturais e criativas. Incluí também um resumo da Conta Satélite da Cultura (triénio 2010-2012)».

E sobre as estatísticas publicadas:


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

ARTES E SUSTENTABILIDADE: colocar «o verde» na agenda é preciso



Desde logo, ler ou reler o relatório da imagem é a primeira sugestão. Depois, a partir dele e em ambiente COP21 - ver aqui - recorramos, uma vez mais, ao ARTS COUNCIL ENGLAND para chamarmos a atençao sobre o «verde» na esfera da cultura e das artes: «Arts Council England is committed to supporting the sector to reduce its impact on the environment. Arts Council England’s managed Accreditation scheme requires museums to be environmentally conscious and produce an environmental policy statement that is realistic for the scale of the organisation, and Museum development funding provides support to smaller organisations to improve sustainability with environmental audits and tailored action plans. Detailed information on how Arts Council England is working towards building resilience in the arts and culture sector through environmental sustainability can be found on pages 14 to 15. Arts Council England itself continues (...)». 

Já agora, outro aspecto que é sempre oportuno trazer à baila - e então neste momento que se está a iniciar um novo ciclo na sociedade portuguesa -  a monitorização e a avaliação (os destaques são nossos): «Monitoring and evaluation - We continue to use a single set of principles to inform the level of monitoring we carry out for each of our funding programmes. The level is based on an analysis of risk that takes into consideration: • the amount of money involved • the strategic importance of the activity • any other risk factors.  We do not necessarily avoid risk; it is often a central aspect of the creative process. Our approach is to manage risk by carefully assessing all applications we receive and tailoring our monitoring requirements on a project-by-project basis. Where the risks associated with a project are considered low, a ‘light touch’ approach is adopted, enabling us to concentrate our resources on monitoring and supporting projects where the risks may be higher. We evaluate our funding programmes regularly to assess whether they are delivering the benefits that we expect for artists, arts organisations and the wider public. We use the findings of such evaluations to refine existing programmes and inform the development of future ones». 


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

CINEMA | Produtores e realizadores denunciam rutura financeira

Ípsilon/Público - 4DEZ2015

Sobre o mesmo assunto da imagem,  no Portal SAPO:

Produtores e realizadores de cinema denunciam "ruptura financeira" do ICA  

Lisboa, 01 dez (Lusa) - Cerca de 40 produtores e realizadores de cinema denunciaram hoje uma situação de "rutura financeira" no Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), pondo em risco os próximos meses de rodagem, produção e finalização de projetos de cinema.Em causa estão compromissos de pagamentos a produtoras de cinema, por parte do ICA, que rondam um total de quatro milhões de euros, no âmbito dos concursos de apoios financeiros, explicou à agência Lusa Pedro Borges, um dos produtores que assinou o comunicado de denúncia hoje divulgado."Porque as verbas existem, estão é bloqueadas pela necessidade de autorizações e decisões formais", decisões que "envolvem o Ministério das Finanças, a Direcção Geral do Orçamento e a Anacom", lê-se no comunicado assinado por cerca de 40 produtores e realizadores.
 Continue a ler.

 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

VIRIATO SOROMENHO-MARQUES | «O lugar n.º 33»

Na integra aqui no DN online

«A minha pátria é a língua portuguesa» | «A minha pátria é a minha língua portuguesa»

Leia aqui 


Gostava de ter estado lá, a ouvir esta intervenção. Ocorre-me que seria benéfico haver cânones  para outros domínios, que expusessem outras diversidades. E como eu gosto de ouvir pessoas que falam do que sabem, do que estudaram ... E ainda mais quando se trata de matérias distantes das minhas em termos profissionais. Mas é que depois aquilo de que é suposto (e disso terei obrigação)  perceber alguma coisa sai sempre beneficiado. De facto, «Tudo está em tudo».