sexta-feira, 15 de outubro de 2021

ABÍLIO FERNANDES | QUE BELAS E MERECIDAS PALAVRAS A PROPÓSITO DO SEU DOUTORAMENTO HONORIS CAUSA PELA UNIVERSIDADE DE ÉVORA| «Inundou» a cidade de cultura | E LEMBRAMOS A SUA PARTICIPAÇÃO NO SEMINÁRIO «ORGANIZAÇÕES, CULTURA & ARTES»

 

Excerto: «(...)

«Inundou» a cidade de cultura

Aquando do anúncio da atribuição do grau de Doutor Honoris Causa, a reitora da UÉ, Ana Costa Freitas, salientou à Lusa que o autarca «teve um contributo inegável, a seguir ao 25 de Abril de 1974, para a afirmação do Poder Local».

Também esta quinta-feira, na abertura da cerimónia, Ana Costa Freitas sublinhou o facto de Abílio Fernandes ter sido o primeiro autarca a desenhar o primeiro Plano Director Municipal (PDM) e ter sentido a necessidade da valorização internacional da cidade de Évora, salientando que esta é uma homenagem da academia «ao homem e à sua obra». 

«Deu mundo à cidade de Évora», afirmou a reitora, acrescentando que a governação de Abílio Fernandes «inundou» a cidade de cultura e tornou-a acessível a todos. Ana Costa Freitas destacou igualmente a participação do autarca na classificação do centro histórico de Évora como Património Mundial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), reconhecimento que chegou em Novembro de 1986. 

«Teve uma visão de afirmação da cidade, ao mesmo tempo que se preocupava em dar mais bem-estar às pessoas, principalmente aos mais desprotegidos», referiu a reitora aquando do anúncio, salientando que Abílio Fernandes «foi um impulsionador da evolução que a cidade sofreu».

Na sua intervenção, o homenageado destacou algumas das áreas em que o Município criou dinâmicas de desenvolvimento daquele território, como a habitação, onde a par da construção de habitação pública se acabou com duas dezenas de bairros clandestinos, e o estímulo à participação na vida cultural da cidade.

O agora Doutor Honoris Causa foi também uma das vozes que no Alentejo lutaram pela instituição da regionalização através do movimento «Alentejo: Sim à Regionalização, por Portugal». Em declarações ao AbrilAbril, em Fevereiro de 2020, Abílio Fernandes denunciava que o abandono do Interior não é separável do facto de a regionalização ainda não ser uma realidade no nosso país, criticando a falta de vontade política nesse sentido».

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E associamo-nos ao momento trazendo para aqui o texto  da participação de  Abílio Fernandes no seminário  «Organizações, Cultura & Artes», que teve lugar no ISEG, em 2001, em torno do CENDREV (lembramos que não pode estar presente devido às alterações de agenda por causa do 11 de setembro, mas mandou a intervenção por escrito). Foi há 20 anos, contudo há ali  informação e conhecimento perenes. Para lá do CENDREV. Avalie por si.
 


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