terça-feira, 7 de outubro de 2025

CANDIDATO DA CDU A PRESIDENTE DA CÂMARA DE LISBOA | aqui estamos cada um ao seu jeito para se tentar minorar o efeito dos convites que em Lisboa não se fazem a João Ferreira | E DEPOIS COMO DIZ O PRÓPRIO TEMOS O «AUSENTE» «PRESENTE» QUE NÃO TEM POSSIBILIDADES DE ARGUMENTAR SOBRE O QUE VAI APARECENDO ... |POR ISSO ACHAMOS JUSTO DIVULGAR O ARTIGO DE VASCO CARDOSO «A DOENÇA INFANTIL DO "VOTO ÚTIL"» PUBLICADO NO EXPRESSO

 




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Conjugámos a publicação de João Ferreira com o artigo de Vasco Cardoso e achámos que fazia sentido trazê-los para aqui - para equilibrar (com este gesto mínimo mas ambicioso, quiçá saudavelmente  ingénuo) a divulgação das propostas e dos candidatos e para fomentar a reflexão que leve à escolha refletida de cada pessoa 
 
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uma imagem da campanha da CDU de que gostamos
 particularmente - veja aqui
 

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

SENHORA MINISTRA PODEMOS ENTRAR PELA «CONTA SATÉLITE» PARA INDO AO ENCONTRO DE VOSSA EXCELÊNCIA TERMOS MAIS DO QUE «DADOS» SOBRE A CULTURA | de facto preciamos de «informação» e «conhecimento», ou seja, é fundamental estruturar o setor |MAS NÃO HÁ COMO FUGIR É NECESSÁRIO CRIAR UM MINISTÉRIO DA CULTURA DIGNO DESSE NOME

 



  


Desde a Universidade de Verão do PSD que tínhamos na agenda voltar à «Conta Satélite para a Cultura» até porque reparámos na palavra «criar» (veja recorte acima) pronunciada na ocasião, mas ficou mais ou menos esquecido. Entretanto, as palavras da Senhora Ministra na Mondiacult 2025, em Barcelona, (ver recorte acima), avivou o assunto. E decidimos isto: voltar a memória que já temos divulgado que a nosso ver a Senhora Governante não poderia ignorar. Assim, recorremos ao post a que se refere a imagem inicial que se centra na INICIATIVA «Organizações, Cultura & Artes». Como já temos dito, e foi público, existe Brochura com as intervenções (na nossa avaliação dos nossos melhores, infelizmente algumas das pessoas já não se encontram entre nós, mas o que nos disseram continua atual) à espera de ser disponibilizada - tanto quanto sabemos encontra-se na DGARTES. 
 
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O post das Imagens - está neste endereço - e aqui vai a reprodução:
 
«Assisti na segunda-feira, dia 1 de Março, à apresentação pública do estudo O SECTOR CULTURAL E CRIATIVO EM PORTUGAL de que pode ver o Sumário Executivo aqui. E o documento integral pode ser procurado no GPEARI  entidade que encomendou o trabalho. Neste estudo como noutros que visam este amplo sector, que não se sabe muito bem onde começa e acaba, há uma questão que me preocupa deveras  relacionada com o  SERVIÇO PÚBLICO que ao Estado compete garantir e que fica diluído naquele grande «caldeirão» mesmo quando não é esquecido. Sublinhe-se que  neste estudo  está   escrito como uma das quatro grande componentes desse sector:

 «O "sector cultural" em sentido restrito, como espaço de afirmação de bens e serviços públicos e semi-públicos onde os "stakeholderas" determinantes são os cidadãos portadores de direitos democrárticos de acesso à cultura».

 Ora, de há uns anos a esta parte esse serviço público constituia-se como a razão de ser central dos organismos que integram o Ministério da Cultura sendo mesmo o seu elemento organizador. Nas reacções a estes estudos, em regra, esquece-se isto onde há muito para fazer e começa-se a falar nas outras dimensões que, salvo melhor opinião, embora não devam ser ignoradas pelo Ministério da Cultura, antes pelo contrário, terão outros Ministérios que saberão melhor tratar delas. E talvez o contributo que o MC tenha de assegurar no conjunto de todas as componentes seja tratar como deve ser o SERVIÇO PÚBLICO NA CULUTRA E NAS ARTES.

 Mas isto não é a razão de ser deste post. Quero, isso sim, referir-me à necessidade  de uma "conta-satélite" para o sector que é recomendada no estudo, e com o que não se pode estar mais de acordo. E lembrei-me das recomendações nesse mesmo sentido que foram feitas no seminário realizado em Novembro de 2001, por iniciativa do ISEG e do então  IPAE - Instituto Português das Artes do Espectáculo. Recordemos com destaques nossos:

 

 Cultura e Artes no desenvolvimeto económico e social do País

JOÃO FERREIRA DO AMARAL

 «(...)

  Por um lado a cultura é um fim em si próprio do desenvolvimento e julgo que isso, aliás, distingue muitas outras actividades, mas ao mesmo tempo a cultura é também uma actividade importante para o desenvolvimento agora estritamente económico. Há aqui uma dupla característica que deveria levar a crer que os economistas teriam tido desde sempre muito cuidado em considerar as actividades culturais nos seus estudos económicos. Mas na realidade não se tem verificado, e aliás a Senhora Ministra já há pouco referiu o mesmo, e a culpa tem sido dos economistas. A economia herdou uma tradição do século dezanove que é a do homo economicus, isto é, do indivíduo abstracto que só pensa em termos de critérios económicos e relegou sempre os aspectos culturais para um cesto de coisas menos sérias que não seriam próprias, não seriam dignas da análise económica. Julgo que isto é um erro, e hoje em dia estamos a pagar esse erro, em face de alguns falhanços grandes que as análises económicas têm tido, e muitos desses falhanços radicam nesta subvalorização da cultura e dos aspectos culturais na sociedade.
 Para tratar seriamente da questão em termos económicos, do papel da cultura no desenvolvimento, a primeira coisa que é preciso saber é exactamente o que é que significam hoje em termos económicos as actividades culturais em Portugal, por exemplo, e de facto não sabemos. É uma falha, como aliás em muitos outros sectores, é uma falha que não é só de cá, é em todos os países, provavelmente será, pelo menos, em graus semelhantes ao nosso, que não temos uma visão completa do que significa hoje o sector cultural em termos económicos. Eu julgo que há possibilidades de ultrapassar essa falha em termos da nossa contabilidade nacional, como sabem a nossa contabilidade nacional é o sistema de contas que nos permite avaliar em cada ano como é que se processa a actividade económica do país. Existe hoje um instrumento na contabilidade nacional que são chamados contas satélites que tentam dar uma visão de todo um determinado domínio da actividade económica ou cultural e das suas incidências económicas. Por exemplo existe já feita uma conta satélite para o turismo, isto é, sabemos hoje o que é que significa a actividade turística nas suas diversas componentes. Há contas satélites para outros domínios como por exemplo a cooperação com o exterior, e julgo que era interessante a criação de contas para o sector da cultura, saber exactamente o que é que as actividades económicas relacionadas com a cultura hoje significam. Essas actividades são muito diversificadas, há desde actividades de investimento, por exemplo, quando se faz um auditório ou quando se recupera um monumento,. Há actividades de consumo individual, há actividades de consumo geral da sociedade. Portanto há uma enorme diversidade das actividades culturais e era bom termos uma fotografia daquilo que elas significam efectivamente, e o não se ter já isto feito é mais um sintoma do desleixo dos economistas em relação às actividades culturais.
(...)»
 
Análise dos Trabalhos
João Carvalho das Neves
 «Não vou abusar do vosso tempo porque já resistiram suficientemente, mas como co-coordenador deste seminário e como professor de gestão desta casa, gostaria de salientar alguns dos muitos aspectos importantes que foram referidos durante o dia pelos diversos oradores, em ligação com a teoria e a realidade da gestão das empresas:
 Uma primeira grande conclusão que eu acho que se pode tirar deste seminário é o consenso que existe de que o desenvolvimento tem que ser integrado, no sentido de que não há desenvolvimento económico sem Cultura e não há condições para um crescimento e desenvolvimento da Cultura sem um mercado e uma economia minimamente eficiente. Parece-nos que esta ideia foi transversal, sendo referida de uma forma ou outra, por praticamente a todos os oradores.
 Gostaria de salientar da comunicação da Senhora Ministra Elisa Ferreira as questões relacionadas com a urbanidade e a importância da cultura na criação de um clima propício ao desenvolvimento. A este propósito lembrei-me, que nesta mesma sala, há uns meses atrás, num dos debates comemorativos do nonagésimo aniversário do ISEG, um dos maiores empresários deste país com uma estratégia de internacional de sucesso, referia que, apesar da pouca mobilidade dos portugueses, a sua empresa tinha mais facilidade neste momento em os contratar para trabalharem em Londres, Paris, Madrid ou S. Paulo, do que por exemplo para algumas fábricas que tem no interior e, na sua opinião, isso derivada da facilidade de acesso à cultura nessas grandes cidades. Assim, pode concluir-se que o problema tradicional da economia, quanto ao acesso a mão-de-obra qualificada, acresce nas economias modernas a necessidade de estes quadros terem também acesso a cultura. Parece-me que esta é mais uma das importantes conclusões deste seminário.
 Em relação à comunicação do meu colega Prof. Ferreira do Amaral salientava a importância e a urgência de se criar nas estatísticas nacionais, contas satélite relacionadas como a economia da Cultura, de modo a que se conheça melhor a realidade económica deste sector da economia. Há, sem dúvida, muita dificuldade de se saber qual quantitativamente, o contributo deste sector para a economia nacional. O facto de há uns anos atrás se ter feito isso para o Turismo, permite que se conheçam hoje os factores induzidos e de desenvolvimento que o turismo tem, por exemplo, em relação a um conjunto de outras actividades. Isto é, o Turismo é muito mais do que as classificações tradicionais dos sectores de hotelaria ou da restauração. (...)»

Apetece perguntar: quantas mais recomendações serão necessárias e quantos anos precisarão de decorrer mais para que se crie este instrumento tão necessário? Que além do mais serviria de alavanca para a criação e reorganização de muitos sistemas de informação que o alimentariam.

 
Sobre o seminário um link onde se encontra  divulgação inicial  e outro do Empório Versalhes * onde se pode encontrar o Desdobrável do Programa final (como se pode verificar houve alguns reajustamentos, e uma ou duas pessoas não puderam comparecer por exigências de agenda). Mas foi uma iniciativa que correu muito bem com participantes de todo o País». 

 *entretanto desativado

 

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Logo que haja disponibilidade física e mental voltaremos à coisa, agora apenas chamar a atenção para isto: sem um Ministério da Cultura «digno desse nome» que nos permita sistemas de informação vários que alimentem a «Conta Satélite», e muitas «mais contas», nada feito. Senhora Ministra da Cultura & Cª. que tal falar com o se Colega e meter a «coisa» na Reforma da Administração do Governo? Perdão, «Reforma do Estado».
 
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domingo, 5 de outubro de 2025

MAS QUE BELO PROGRAMA ELEITORAL DE FREGUESIA! | é para o Beato _ avalie por si ...

 

 
 

 
 
a dificuldade foi que «separadores» escolher para ilustrar 

 

«VEREDICTO» | de Pedro Mexia no semanário Expresso


 Claro que não é inesperado termos uma crónica de Pedro Mexia que nos enche. Esta semana no Expresso mais uma que apetece divulgar. Excerto: «(...) Quando encontro, em mudanças ou arrumações, objectos antigos que comprei ou me ofereceram, relógios, bibelôs, canecas, telemóveis, o tempo passou por eles. Estão amolgados, sujos, rachados, não funcionam. Os objectos duram mais do que a vida humana, embora os objectos tecnológicos sejam vítimas da “obsolescência programada”. A minha obsolescência não foi vagarosa como a das coisas guardadas em gavetas ou caixotes, mas galopante como certas doenças. E, ao que vou sabendo, é igual com outras pessoas da minha geração. Alguém morre inesperadamente, antes de tempo, faz impressão, alguém da nossa idade, e morremos um pouco também quando o morto integrava o teatro da nossa cabeça. Percebemos que nos dedicámos a trabalhos que não interessam a ninguém. Ou que somos maus na nossa vocação. Ou que a família, como se diz das camisolas, está no fio. A nossa auto-imagem como indivíduos decentes cai ao chão e parte-se em bocados. Fazemos mal a quem nos fez bem. Fraqueja a saúde em pessoas que queríamos imortais. Os amigos são numerosos, mas é uma amizade diferente da antiga, lúdica, sem confissões nem cumplicidades. Um médico confessa que estivemos quase, quase. Compramos uma caixinha para os comprimidos, dois, quatro, a seguir seis comprimidos. Temos ilusões, imagine-se, ilusões aos cinquenta. Somos estúpidos, tão estúpidos, toda a gente nos avisou que não fôssemos tão estúpidos. Imaginamos uma empatia imaginária. Mas palavras valem dez tostões. Somos submetidos à boataria, à insinuação, à calúnia, ao escárnio. A intimidade caducou, ninguém guarda segredos, tudo circula entre todos. Sujeitos que conhecemos há décadas mostram-se inimigos. A maior das pragas do Egipto, a mentira, regressa com o seu antiquíssimo arsenal, as ocultações, fabricações, denegações, meias-verdades. Os eufemismos magoam mais que a agressão. Somos comparados, e vexados por comparação. Mostram-nos o nosso valor por omissão, ou omitem, ou declaram que não valemos nada. Um escritor italiano, já não sei quem, lamentou: “A vida é um esforço que merecia melhor causa.”

E, no entanto, não sofremos nenhuma injustiça, porque isto nada tem a ver com a justiça. É o que é. Não uma verdade, mas um veredicto. Não um conforto, mas um desabrigo. O que sei eu a “meio” da idade, que é o último terço, a “meio” do caminho, que é o começo do fim? Que tenho mais certezas do que dúvidas. E que isso é mau. Conheci as respostas às minhas perguntas em seis meses, e nem as descobri, caíram-me em cima como uma abóbada que desaba. Pareço agora um daqueles advogados do cinema que dizem ao juiz, confiantes ou derrotados, “no further questions”, já não tenho mais perguntas».


sábado, 4 de outubro de 2025

AUTÁRQUICAS | SE QUISER SABER «TUDO» SOBRE A CDU LISBOA | tem o site «lisboa.cdu.pt» | E CADA VEZ MAIS CONSENSUAL - JOÃO FERREIRA O MAIS BEM PREPARADO

 

 

https://lisboa.cdu.pt/

Como os políticos costumam dizer que lhes acontece  também nos temos cruzado na rua  ( nomeadamente quando se espera tempo infinito por transportes públicos)  com conhecidos e desconhecidos que em conversas  surgidas na ocasião  perguntam sobre a «CDU Lisboa».  Estamos em crer que isso se deve ao facto de JOÃO FERREIRA se ter tornado «um caso». Ainda no semanário EXPRESSO  desta semana Miguel Sousa Tavares emite a sua opinião - O MAIS BEM PREPARADO:

 
Ora, sendo frequente constatar que os mais «bem preparados» fogem de ocupar lugares onde se trabalha para todos nós não devíamos deixar escapar esta oportunidade de termos à frente da Câmara «COMPETÊNCIA». Melhor dito, e nisso tem insistido o Candidato, de  a equipa  CDU em Lisboa sair reforçada nas Eleições em curso, e mostram o que fizeram de diferente com os lugares atuais. É por isso, reconhecendo-se o dinamismo da CDU Lisboa - onde se destaca a juventude e a participação das mulheres - que aqui no Elitário Para Todos não nos cansamos de o assinalar.
No site encontramos (nomeadamente na participação de João Ferreira no debate da RTP) argumentação sobre matérias como estas: a questão do voto útil; a devolução do IRS; a constituição e o funcionamento da Vereação; a articulação Juntas de Freguesia/Câmara; o papel da CULTURA ..., bom, neste domínio a diferença para melhor da CDU em relação aos outros candidatos é abismal ... 

 


 A CDU apresenta-se pronta a disputar todas as responsabilidades, 

 incluindo a Presidência da CML

 

 

«To continue this reflection beyond the Congress, ENCATC has curated a new publication: ENCATC 2025 Book of Proceedings – The Future Is Cultural: Policy, Practice, and Education, bringing together 30 peer-reviewed papers from the Education and Research Session»

 

 

«The 16th edition of the Education and Research Sessions reaffirmed their role as a dynamic space for academic dialogue and cross-sector exchange. Bringing together researchers, educators, and cultural professionals, the sessions provided a platform to collectively reflect on how cultural policy, management, and education can help shape inclusive and sustainable futures.
The papers presented by more than 100 participants from 38 countries throughout 28 sessions addressed some of the most pressing issues facing the cultural field today, including sustainability, cultural rights, audience participation, heritage practices, innovation, and organizational resilience. These discussions not only showcased rigorous academic inquiry and pedagogical innovation, but also highlighted culture’s transformative capacity to respond to global challenges, foster well-being, and inspire new forms of governance, exchange, and practice.
To continue this reflection beyond the Congress, ENCATC has curated a new publication: ENCATC 2025 Book of Proceedings – The Future Is Cultural: Policy, Practice, and Education, bringing together 30 peer-reviewed papers from the Education and Research Session.  This new volume gathers global perspectives, with authors from Europe, Asia, Africa, and the Americas exploring the role of culture in sustainability, inclusion, innovation, and peacebuilding. It offers interdisciplinary dialogue on urgent topics such as climate action, cultural rights, digital transformation, governance, and community-based cultural initiatives. Closely aligned with UNESCO’s MONDIACULT 2025 themes, the book provides a timely contribution to international debates on cultural policy and management. More than a record of scholarly exchange, it demonstrates ENCATC’s unique capacity to build bridges between research, education, and practice, showing how academic work in cultural management can directly inform pedagogy, inspire policy, and shape real-world cultural action».

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

JOSÉ CARDOSO PIRES | faria hoje 100 anos

 

 
a propósito na «mensagem» por
Bruno Vieira Amaral 
 
 

«José Cardoso Pires, o escritor de Lisboa

Bruno Vieira Amaral escreve sobre o seu biografado, José Cardoso Pires, cujo centenário se comemora a 2 de outubro. “Alguns espíritos mais sensíveis (sabes que os filhos da puta são sempre muito sensíveis, não sabes) não gostaram que tivesse dito que eras “o” escritor de Lisboa. Heresia!”» - leia aqui