SINOPSE
A rainha D. Amélia é, certamente, a monarca que mais interesse tem suscitado nos últimos anos, com obras publicadas em Portugal e em França, mas nunca na sua vertente de mecenas da conservação e restauro do património e como pintora.
Ao longo dos vinte e quatro anos que viveu em Portugal (1886-1910), a rainha D. Amélia procurou fazer uso da sua função de soberana e do entendimento que tinha das suas funções, numa intensa atividade de beneficência ligada à fundação de hospitais, dispensários, sanatórios e outras instituições de saúde pública.
Todavia, a par da faceta filantrópica social, assegurou ao longo da vida uma atividade e preocupação permanentes em ações mecenáticas em prol da conservação e restauro de monumentos, museus, arqueologia e valorização do património artístico português, ações que continuaria a realizar em França nos anos de exílio.
Menos conhecida é também a artista, como pintora apreciadora do desenho de «paisagem ao natural» e do património histórico que reúne em desenhos e aguarelas, organizando um verdadeiro museu de papel, pela recolha e classificação de objetos de arte e arquitetura, essencialmente medievais.
A sensibilidade artística desta autora revela-nos não só as suas qualidades plásticas como um justo posicionamento na história da arte portuguesa de finais do século XIX, princípios do XX. Saiba mais.
Ao longo dos vinte e quatro anos que viveu em Portugal (1886-1910), a rainha D. Amélia procurou fazer uso da sua função de soberana e do entendimento que tinha das suas funções, numa intensa atividade de beneficência ligada à fundação de hospitais, dispensários, sanatórios e outras instituições de saúde pública.
Todavia, a par da faceta filantrópica social, assegurou ao longo da vida uma atividade e preocupação permanentes em ações mecenáticas em prol da conservação e restauro de monumentos, museus, arqueologia e valorização do património artístico português, ações que continuaria a realizar em França nos anos de exílio.
Menos conhecida é também a artista, como pintora apreciadora do desenho de «paisagem ao natural» e do património histórico que reúne em desenhos e aguarelas, organizando um verdadeiro museu de papel, pela recolha e classificação de objetos de arte e arquitetura, essencialmente medievais.
A sensibilidade artística desta autora revela-nos não só as suas qualidades plásticas como um justo posicionamento na história da arte portuguesa de finais do século XIX, princípios do XX. Saiba mais.
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Para saber mais é de não perder
este trabalho do Ípsilon
Em 1945, D. Amélia visitou o Dispensário de Alcântara, instituição que fundou DR
Excerto:«(...) D. Amélia, que desenvolveu em Portugal um trabalho reconhecido na área da saúde pública e do apoio aos mais desfavorecidos — fundou os institutos dos Socorros a Náufragos e de Assistência aos Tuberculosos, assim como dispensários, sanatórios, lactários populares, cozinhas económicas e creches —, estende essa filantropia à cultura, muitas vezes recorrendo ao seu próprio dinheiro e não ao da coroa.
“A rainha tem aquilo a que se chamava ‘um bolsinho’ e muito do seu mecenato cultural passa por aí”, revela o historiador, sublinhando que a ela se devem a criação do Museu Nacional dos Coches, inicialmente instalado no picadeiro do Palácio de Belém, onde D. Amélia e D. Carlos viveram com os filhos; o impulso dado ao restauro das sés de Lisboa e de Coimbra; o investimento na recuperação do Palácio e dos jardins de Queluz; as primeiras escavações na cidade romana de Conímbriga, em 1899, que financia e acompanha à distância com entusiasmo; o apoio ao Mosteiro de Santa Clara em Coimbra; a tentativa, em vão, de acabar com a central de gás junto à Torre de Belém, em 1897; e a compra de peças de artes decorativas para os museus portugueses.“Ela cria o Museu dos Coches para proteger um património que, sabe-o bem, é único, e que funciona como um espelho do poder da coroa, uma forma de exaltação da casa real. Na cultura, como na área social, ela vai criando instituições que podem funcionar como estruturas paralelas de poder”, acrescenta o director do Palácio da Ajuda.
D. Amélia, explica ainda José Alberto Ribeiro, apercebe-se de que Portugal está atrás de outros países europeus na preservação de bens culturais móveis e imóveis e está decidida a intervir. “Sabia o que tinha acontecido ao património da igreja com a extinção das ordens religiosas e o encerramento imediato dos mosteiros e conventos masculinos [em 1834] — dispersão do espólio e vendas ao desbarato em hasta pública —, e não quer que isso aconteça com as casas femininas, que estão todas a fechar pela morte das últimas freiras quando a rainha chega a Portugal.”
A causa pública
No seu tempo há, naturalmente, outras mulheres da aristocracia que coleccionam arte, mas não com um propósito público como ela. Em 1903, quando viaja de iate pelo Mediterrâneo com os filhos, D. Luís e D. Manuel, num périplo de dois meses rumo ao Cairo por ela programado com todos os cuidados para instrução dos príncipes, compra antiguidades para reforçar as colecções dos museus portugueses e entrega-lhes também as que lhe são oferecidas. (...)»
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E isto também para se dizer que tudo se deve fazer dentro das possibilidades do jogo democrático, nomeadamente na CIDADE DE LISBOA, para que as propostas defendidas pela Coligação CDU, liderada por João Ferreira, na esfera da INFÂNCIA E JUVENTUDE centradas na CULTURA E NA ARTE sejam olhadas com atenção pelos diversos protagonistas. O elevador social começa aí. Mais, a dinâmica que vimos no trabalho da CDU desenvolvido na Capital leva-nos a estarmos otimistas pensando-se que pode continuar ...Rendibilizar o élan! - muitos serão os caminhos. Na circunstância, sublinhe-se, tendo como alvo a força da cultura e das artes na vida das crianças e dos jovens. Não há uma segunda oportunidade para isso.
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