20 julho 2025 - OUTRA VEZ O «MECENATO CULTURAL» !
Agora, terminemos como já o fizemos:
20 julho 2025 - OUTRA VEZ O «MECENATO CULTURAL» !
Agora, terminemos como já o fizemos:
«Date de parution en kiosques : 28 novembre 2025
C’est à la fin des années 1970 que la figure d’Almodóvar est apparue à Madrid, dans l’après franquisme, en pleine movida, mouvement de libération effréné des corps et des esprits, après des décennies de répression. Même si ses premiers longs-métrages sont sortis en décalage, les films d’Almodóvar sont déjà très présents en France, dans les années 1980. À l’époque, il est essentiellement considéré comme un cinéaste intéressant, symptomatique, assez foutraque, mais la critique ne le prend pas encore très au sérieux. Les années 1990 vont être, de ce point de vue, un tournant. En particulier, parce qu’Almodóvar commence à diversifier son cinéma et à s’attaquer à des sujets plus graves, laissant peu à peu de côté, sans l’abandonner totalement, son image de cinéaste underground et joyeusement bariolé, au profit d’une maturité croissante. C’est justement à ce moment-là que les Cahiers, jusque-là peu convaincus, commencent sérieusement à s’intéresser à lui. À partir de Femmes au bord de la crise de nerfs et surtout Talons aiguilles, Pedro Almodóvar devient un cinéaste majeur pour la revue qui ne cessera plus, jusqu’à aujourd’hui, de le défendre, quelle que soit l’équipe de rédaction. (...)». Mais.
Candidaturas: 1 de Novembro de 2025 a 15 de Janeiro de 2026
Esta nova bolsa do Programa Fulbright destina-se a apoiar Professores(as) e Investigadores(as) doutorados(as), que pretendam lecionar e/ou realizar projetos de investigação em universidades, museus ou centros de investigação nos EUA durante o ano académico 2026/2027.
Áreas
Estudos Curatoriais: Curadoria, Teoria da Arte, História da Arte, Artes, Belas-Artes e Museologia, com destaque para as artes dos países de língua portuguesa no início da era moderna.
Duração
De 3 a 9 meses.
Principais Benefícios
$4.000 USD por mês de estadia.
$1.100 USD para a viagem.
Possibilidade de comparticipação financeira para dependentes.
Plano complementar de saúde e acidentes.
Isenção do pagamento do visto.
Mais informações sobre os requisitos de candidatura e todos os benefícios desta nova bolsa do Programa Fulbright encontram-se no website da Comissão Fulbright Portugal.
As dúvidas e questões deverão ser endereçadas para o email: program@fulbright.pt
«No início da década de 1940, Francisco José Tenreiro participou na coletânea Novo Cancioneiro, que assinala a afirmação da poesia neorrealista no panorama cultural português, com a obra Ilha de Santo Nome. A par da sua intervenção artística e com uma carreira académica desenvolvida em Portugal, o poeta e intelectual são-tomense esteve entre os nacionalistas africanos da Casa dos Estudantes do Império e fundou, com Amílcar Cabral, Agostinho Neto, entre outros, o Centro de Estudos Africanos. Apesar destas ligações e do trabalho que desenvolveu, Tenreiro rejeitou juntar-se à oposição ao regime fascista e colonialista português. Com uma carreira académica e administrativa assente em relações com altos cargos do Estado português, Francisco José Tenreiro acabaria por servir instituições ultramarinas, através de Adriano Moreira e entrar na Assembleia Nacional, a convite de Marcelo Caetano. Morreu cedo, pouco depois da eclosão da Guerra Colonial, e a sombra da sua cooptação pelo regime é, ainda hoje, um tema sensível.
Há dias, o espectro político da esquerda recebeu em choque o apoio político de Dino d'Santiago à candidatura presidencial de Luís Marques Mendes – uma candidatura inequivocamente comprometida com o histórico das políticas do PSD e com o atual governo. Convidado pelo candidato para assumir o papel de mandatário para a Cultura, Diversidade e Inclusão, Dino d’Santiago aceitou o convite, anunciando a sua decisão numa publicação nas redes sociais, ao lado do seu pai. O espanto vem, sobretudo, da incoerência entre a intervenção política do artista, associada à luta antirracista, anticolonial e de denúncia das desigualdades e injustiças sociais, e um apoio a um político que está intimamente ligado a opções políticas e ideológicas que promovem essas mesmas desigualdades e injustiças, com consequências diretas nas comunidades mais permeáveis à exploração, como o são as comunidades periféricas racializadas.
A incoerência é, de facto, espantosa, mas não deveria surpreender. Não é a primeira vez que personalidades ligadas ao universo da arte e da cultura dão o seu apoio a projetos políticos que representam o oposto da sua própria intervenção artística e de muitas causas com as quais se identificam. Assume-se que o artista é um intelectual estruturado e que o seu trabalho resulta da sua consciência política. Ao mesmo tempo, ignora-se que a génese da motivação artística pode ser apenas performativa, conquistando um espaço procurado mas não ocupado, ainda. Não que seja necessariamente o caso, mas esta é uma hipótese que devemos colocar quando nos deparamos com um objeto artístico ou de entretenimento com aparência de intervenção política. Ignora-se, também, a sociologia dos artistas. (...)»