segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

«Bíblia - Volume V, Tomo I Antigo Testamento - Os Livros Históricos _ Frederico Lourenço»

 

SINOPSE

O presente tomo da Bíblia conta a história do povo israelita desde a chegada, no século xiii a.C., à terra de Canaã (depois da escravidão no Egito), até à conquista de Jerusalém pelos babilónios, no século vi a.C. É uma história narrada com forte pendor teológico, razão pela qual os estudiosos atuais chamam a estes livros da Bíblia a História Deuteronomística.
É a narrativa de como o Deus de Israel lidou com o Seu povo, ora favorecendo-o em detrimento dos outros habitantes de Canaã, ora castigando-o às mãos de assírios e de babilónios. Além do viés teológico, há outra marca saliente nestes textos: o seu brilhantismo literário. As histórias são narradas com sentido dramático e requinte psicológico, permitindo a delineação memorável de personagens fascinantes como Sansão, Samuel, Saul, David, Salomão, Elias e Eliseu.
Enquanto conjunto, os livros de Josué, Juízes e Reinados (aqui contidos, acrescidos de Rute) são uma chave fundamental para a compreensão do Antigo Testamento.

Leia aqui - nomeadamente o Prefácio.

 

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Ainda 

 

sábado, 20 de dezembro de 2025

FUNDO DE FOMENTO CULTURAL |mas que grande «molho de brócolos» a que nos trouxe o procedimento concursal do «Programa de Apoio a Projetos de Mérito Cultural do Fundo de Fomento Cultural» | EM PARTICULAR A DISPENSA DE AUDIÊNCIA DE INTERESSADOS ATÉ NOS LEVOU A 2001 QUE SE PODE LEMBRAR COM «O L IVRO NEGRO DOS SUBSÍDIOS AO TEATRO»

 


 

Este não será propriamente o tempo - NATAL! - em que apeteça estar a observar o que nos parece ser o resultado «da pressa» da Gestão Legalista da Senhora Governante da Cultura. Depressa e bem ... Sobre o passado recente do FFC para contexto veja aqui. E também este post: «A PRIMEIRA ENTREVISTA» | da Ministra da Cultura, Juventude e Desporto, e acrescente-se Igualdade | NADA DE NOVO | MAS QUE FALTA DE ÉLAN ! Pontos de partida para olharmos a Deliberação acima. Tudo o que se podia antecipar e que não devia acontecer, aconteceu. Majorado. Por outro lado, lemos uma certa «ingenuidade» gestionária no texto da Deliberação que quase desarma ..., apetecendo concluir que não estão reunidas as condições para continuar ... Mas, vamos lá, acrescente-se desde logo porque não dito: houve 292 candidaturas e na lista os «não financiados» começam no 15.º:
 
 
Agora, já ouviram falar de EFICIÊNCIA no 
DESEMPENHO DAS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS? Quando
nos fizerem uma avaliação  deste «Procedimento» do FFC à luz do conceito muito ficará dito. E antecipamos que não vamos gostar do que nos será mostrado. No que respeita à «eficácia», deixemos passar «as Festas» ...
 
Por agora, apenas mais isto: será que há terreno para a DISPENSA DA AUDIÇÃO DE INTERESSADOS? E pensando bem, quem a pode «decretar»? No mínimo confuso o que se alega. A Senhora Ministra tem  conhecimento da decisão? Mas para as respostas, aconselhamos reviver o passado em que foi gerado o livro com que iniciamos este post a que nos referimos aqui. De lá:
«(...) A obra reúne um conjunto de provas das situações que o «Movimento dos 31» denunciou ao longo dos dois meses que durou a polémica em torno do processo, além dos textos das audiências prévias que os artistas fizeram, artigos de imprensa sobre o assunto, as actas do júri do IPAE e a própria cronologia dos encontros do grupo para acompanhar a situação. «O Livro Negro dos Subsídios ao Teatro» tem 372 páginas e é uma edição dos autores, elementos do «Movimento dos 31», assim chamado porque se formalizou com esse número de pessoas, embora nunca tenha adquirido estrutura jurídica. (...)». Leia´na integra no site da TSF.

 
 

sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

NO DIA 19 DE DEZEMBRO DE 1961 | «(...)Eu esperei por ele à hora marcada, eram oito da noite, numa transversal à Rua dos Lusíadas. Ele não apareceu. Eu fiz aquilo a que se chamava a hora do recurso. Fui dar uma volta, o mais larga possível e uma hora depois estava à espera. Não apareceu. Era o José Dias Coelho. Foi assassinado quando vinha ao meu encontro, na Rua da Creche. O que só soubemos muito mais tarde, muitos dias – três, quatro, cinco dias mais tarde, uma semana. A morte desceu à rua [referência a "A Morte Saiu à Rua", de Zeca Afonso] foi um episódio muito marcante, porque aquele camarada que eu estava à espera, que não tinha nome, tinha um pseudónimo, vim a saber que era um homem como o José Dias Coelho - um escultor, um artista enorme e um homem ainda mais enorme do que artista. E que foi assassinado quando vinha ao meu encontro. (...)»| TESTEMUNHO DEIXADO POR SÉRGIO RIBEIRO QUE TAMBÉM JÁ NÃO ESTÁ ENTRE NÓS

 

  Recorte do dossiê do seu centenário:
 


Agora, abaixo, o testemunho de Sérgio Ribeiro - grande figura, para muitos economistas quase lenda -, a nosso ver, um relato de que é preciso falar a «toda a gente». Homenagens intemporais  reclamadas pelos dias que passam ...

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 «(...) No dia 19 de dezembro de 1961, eu estava na célula dos economistas. Uma célula formada por cinco ou seis economistas com um camarada clandestino que nos controlava - era o termo, sem nada de pejorativo - que controlava o nosso trabalho. Tive primeiro o Ângelo Veloso, depois tive o Pires Jorge. No dia 19 de dezembro de [19]61 o nosso controleiro era um camarada, que eu não sabia o nome - sabia o pseudónimo, mas só sabia o pseudónimo. E combinou-se um encontro para discutirmos, em dezembro de [19]61 o orçamento de estado, vejam lá, o orçamento de estado daquela altura.
Eu esperei por ele à hora marcada, eram oito da noite, numa transversal à Rua dos Lusíadas. Ele não apareceu. Eu fiz aquilo a que se chamava a hora do recurso. Fui dar uma volta, o mais larga possível e uma hora depois estava à espera. Não apareceu. Era o José Dias Coelho. Foi assassinado quando vinha ao meu encontro, na Rua da Creche. O que só soubemos muito mais tarde, muitos dias – três, quatro, cinco dias mais tarde, uma semana. A morte desceu à rua [referência a "A Morte Saiu à Rua", de Zeca Afonso] foi um episódio muito marcante, porque aquele camarada que eu estava à espera, que não tinha nome, tinha um pseudónimo, vim a saber que era um homem como o José Dias Coelho - um escultor, um artista enorme e um homem ainda mais enorme do que artista. E que foi assassinado quando vinha ao meu encontro. Foi um episódio que, como é evidente, reforçou essa tomada de consciência - que perguntou como é que ela se foi formando. Foi-se formando! E, para mim, o dia 19 de dezembro de [19]61 é um dia muito marcante. Nunca esqueço esse dia - eu lembro esse dia em muitos outros dias.
Eu fazia parte de uma célula de jovens economistas que tínhamos como tarefa, entre muitas outras daquelas tarefas formais de organização, que todos tínhamos - de quota, de organização, dos protestos - tínhamos a tarefa de informar os camaradas do partido que viviam na clandestinidade com pareceres, com opiniões de economistas.
Éramos jovens economistas e, concretamente, nessa reunião marcada com o José Dias Coelho era para conversarmos sobre o orçamento de estado. O orçamento geral de estado que era a nossa ferramenta profissional. Para mais numa altura em que tinha rebentado a guerra colonial, no princípio do ano, era importante saber nessa altura como é que essa guerra colonial, essa decisão de Salazar de ir para Angola em força se repercutia no orçamento de estado - era uma das coisas. Entretanto havia o plano de fomento. O plano de fomento tinha sido criado em [19]53, primeiro. O segundo foi em [19]59 ou [19]63. Era estudar o plano de fomento, ver como é que ele servia, ou não servia, aos problemas dos portugueses e dar a nossa opinião. Isto era um aspeto específico. O aspeto geral político acompanhávamos como qualquer militante do partido, com estas especificidades relacionada com a nossa profissão. (...)». Veja aqui.
 

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naturalmente, hoje 


quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

«EL DISCRETO ENCANTO DE LA BURGUESIA» | a propósito dos «pobres» ...

 

 
 
 
«EL DISCRETO ENCANTO DE LA BURGUESIA» - é com este titulo que uma revista Espanhola escreve sobre a Exposição a que se referem as imagens iniciais publicando algumas das  que podemos apreciar, por exemplo, aqui.  Do site da exposição: (...) En París se dedicó inicialmente a la pintura de género, desarrollando una obra que alcanzó elevadas cotizaciones en un mercado artístico internacional por el preciosismo de sus brillantes interiores y sus habilidades de gran colorista. Desde mediados de la década de 1870 se introduce progresivamente en el retrato, un género en el que acabó convirtiéndose en uno de los retratistas preferidos de la alta sociedad parisina y estadounidense, que peregrinaba su elegante atelier parisino. Durante las décadas de 1870 y 1880 realizó varias obras emblemáticas de este género, ejemplos maestros de la distinción y preciosismo cosmopolitas. (...)».
 
Ontem, quando estávamos a explorar Raimundo de Madrazo - há cada coincidência! - ao mesmo tempo ouvíamos o Senhor Ministro da Educação referir-se «aos pobres» que ocupam as RESIDÊNCIAS UNIVERSITÁRIAS. (E dizem-nos que promovem o elevador social ..., como só «o dinheiro contasse», ... bastava lembrar as pequenas humilhações, quantas mais ou menos invisíveis, por que se passa nestes processos ...).  Resultado, ficámos com pena do Senhor Ministro - voluntária ou involuntariamente, as palavras contam, e foram ditas. E uma grande tristeza.Certamente influenciados pelo que estávamos a ver, o pensamento: será que o Senhor Governante aprecia «o charme discreto da burguesia»?, se sim aqui fica com um «programa» virtual, ou dando um salto a Espanha, aproveitando as férias do Natal ... . Os «pobres» não tem rendimentos para isso ... Mas como não nos cansamos de gritar HÁ UM SABER E UM PRAZER QUE SÓ A CULTURA E AS ARTES podem propiciar... É o tal SERVIÇO PÚBLICO.  E que tal organizar PROGRAMAS tendo em conta os RESIDENTES UNIVERSITÁRIOS MISTURADOS COM TODOS OS DEMAIS ONDE QUER QUE SEJA QUE HABITEM? 
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e neste ambiente 
há que trazer para o post
este inesquecível filme 
 
 
 
 
Sinopse

Os Thevenot e um embaixador vão jantar a casa dos Sénechal, mas enganam-se na data do convite. Vão então a um restaurante, onde também não comem devido à morte súbita do dono. Os Sénechal reiteram o convite para jantar, mas uma súbita vontade de fazer amor obriga a que cheguem atrasados e falhem novamente a refeição. Pelo meio, diversos episódios sucedem: o sonho do sargento, o assassínio de um moribundo por um bispo, a interrupção por misteriosos intrusos ou gangsters. O humor do efeito de repetição acaba por se transformar num angustiante jogo de massacre. À altura da estreia, Robert Benayoun escreveu na Positif que “Buñuel é o único realizador no mundo de quem se pode dizer que cada novo filme é sempre o melhor”. O CHARME DISCRETO DA BURGUESIA é uma fabulosa e virulenta sátira à burguesia. Daqui


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e tínhamos de lembrar
 o nosso clássico 
 
«O romance "Os Pobres" é um dos títulos principais na obra de Raul Brandão e um dos mais marcantes da Literatura Portuguesa. Conjugando a influência de Dostoievski com o Modernismo, nesta obra, com uma escrita poética e filosófica, e na qual Raul Brandão rompe com a tradição, o Autor dá-nos mais um retrato da condição humana, tema de todas as grandes obras literárias.

Esta edição é mais uma contribuição para a comemoração dos 150 Anos do Nascimento de Raul Brandão. Esta edição mereceu uma classificação de 5 Estrelas ao crítico literário e escritor Pedro mexia no Jornal Expresso». Saiba mais.
 
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E tudo isto tem a ver com o jeito cá da casa: cruzar e rendibilizar o que se passa em volta... Tecnicamente, em termos de GOVERNAÇÃO o aconselhado é não meter a vida «em gavetas». É adotar na GESTÃO PÚBLICA a ABORDAGEM SISTÉMICA - CONTINGENCIAL.
 É praticar PENSAMENTO E RELATÓRIO INTEGRADO. Seguir o PLANEAMENTO E A ORÇAMENTAÇÃO POR PROGRAMAS. Até vamos tendo legislação, e ouvimos «umas palavras» nos discursos e narrativas formais... Contudo, ficamos na dúvida se verdadeiramente há conhecimento do que se trata. Voltamos à nossa, «ACADEMIA AO PALCO»: ensine-se e aprenda-se GESTÃO PÚBLICA. Façam-se estudos, dignos desse nome. Investigue-se!   
 
 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

MECENATO CULTURAL | fomos inundados de «alertas» que nos falavam de «novo regime» mas afinal era «revisão», e parece que não é apenas sobre o «cultural» também envolve o «desporto» ... | SERÁ QUE A MONTANHA ... | MAS NÓS SÓ PEDIMOS PARA FAZEREM UM ESTUDO COMO VEM NOS LIVROS AINDA QUE NÃO TENHAM DITO «PELA PRIMEIRA VEZ» ... |EM PARTICULAR A PERGUNTA: O QUE FAZ TITULO NUNCA ACONTECEU?

 

 
Ó Deuses!, estivemos quase a desistir de olhar para os alertas que nos caíam no computador sobre o assunto acima, com pensamento do género: se querem governar assim, estamos cansados, já não conseguimos dar para «este peditório». Mas durou pouco, e cá estamos, a não desistir. Assim, remetemos para posts não muito distantes: 

30 agosto 2025 - DA NATIONAL PORTRAIT GALLERY - «Artists First Opening Festival» - AO «AMADO MECENATO» DOS NOSSOS GOVERNANTES QUE NÓS QUEREMOS ABORDAR À LUZ DO PARADIGMA «DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL»

20 julho 2025 - OUTRA VEZ O «MECENATO CULTURAL» !

Depois, mas não haverá possibilidades de fazerem antes de legislarem o que a GESTÃO - a GESTÃO PÚBLICA - ordena ? Aquilo que vem na comunicação social, ainda que mal se pergunte, já existiu? Como aconteceu ao longo dos anos ? Sem isso, é «governar» para se dizer que se está a cumprir o que se prometeu ... O que nos ocorre, não nos conformemos com este jeito de GOVERNAÇÃO. 

Agora, terminemos como já o fizemos:

 

Não, terminemos dizendo que queremos o MECENATO equacionado à luz do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL . Lembra-se da MONDIACULT?, Senhora Governante da «Cultura & Cª.»? É que isto ando tudo junto...
 
 

 Recorde 

VOLTEMOS À DEVOLUÇÃO DO IRS EM LISBOA

  

  
 
 

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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

SE APRECIA OS «CAHIERS DU CINEMA» E «ALMODÓVAR» | e não deu pela publicação ...

 

 
 

2025

«Date de parution en kiosques : 28 novembre 2025

C’est à la fin des années 1970 que la figure d’Almodóvar est apparue à Madrid, dans l’après franquisme, en pleine movida, mouvement de libération effréné des corps et des esprits, après des décennies de répression. Même si ses premiers longs-métrages sont sortis en décalage, les films d’Almodóvar sont déjà très présents en France, dans les années 1980. À l’époque, il est essentiellement considéré comme un cinéaste intéressant, symptomatique, assez foutraque, mais la critique ne le prend pas encore très au sérieux. Les années 1990 vont être, de ce point de vue, un tournant. En particulier, parce qu’Almodóvar commence à diversifier son cinéma et à s’attaquer à des sujets plus graves, laissant peu à peu de côté, sans l’abandonner totalement, son image de cinéaste underground et joyeusement bariolé, au profit d’une maturité croissante. C’est justement à ce moment-là que les Cahiers, jusque-là peu convaincus, commencent sérieusement à s’intéresser à lui. À partir de Femmes au bord de la crise de nerfs et surtout Talons aiguilles, Pedro Almodóvar devient un cinéaste majeur pour la revue qui ne cessera plus, jusqu’à aujourd’hui, de le défendre, quelle que soit l’équipe de rédaction. (...)». Mais.