quinta-feira, 26 de abril de 2018

CONTRIBUTOS SEM INQUÉRITO (2) |«(...)a emancipação de todas as categorias sociais tem lugar no campo da cultura!»


 
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Termina assim:

«(...)
Mas, no centro do vulcão, deveria estar a preocupação da Direcção Geral das Artes com a total e clara ausência de controlo das actividades - das entidades elegidas - no terreno! É fundamental a necessidade de conhecimento apropriado da realidade das estruturas, que contrasta com a injustificável obsessão teórica do sistema por elaborar métodos analíticos de controlo abstrato e generalista dos projectos (das actividades) das entidades! Daquilo que me lembro nunca vi a DGArtes visitar a Plataforma Revólver, acontecendo o mesmo imagino por toda a parte - uma burocracia rigidamente distante do real!
 "O importante é transformar a vida; o resto é inútil", Anton Tchekhov
 É indiscutível a urgente necessidade de olharmos em direcção ao futuro: de maneira que deve o ministério da cultura revolucionar o modelo de apoio às artes e o governo fazer mais investimento público no Programa de Apoio Sustentado às Artes, e na educação artística das pessoas, para que possamos ter mais projectos e mais pessoas a beneficiar dos apoios às artes, como forma de evoluirmos como sociedade. Existe um futuro do passado, um seu devir que o transforma: a arte é essa experiência, o seu valor é intrínseco, mas tem custos como qualquer transmissão de conhecimento e sabedoria.
A nossa cultura não é apenas uma qualidade pessoal, mas reflecte o nível da classe intelectual, a seriedade da nossa preparação, a vastidão dos nossos interesses e conhecimentos, o rigor e a abertura da nossa inteligência. A insensibilidade nunca pode ser um progresso, raramente ajuda!
No entanto, não se vislumbra o reconhecimento político da importância única da criação artística e da cultura como factor de desenvolvimento do País: seja por ignorância ou porque simplesmente não é vocação e interesse dos partidos políticos representados na assembleia da república reivindicarem investimentos na cultura para que as pessoas sejam formadas numa educação pública de qualidade: mesmo sabendo-se que a emancipação de todas as categorias sociais tem lugar no campo da cultura!»
victor pinto da Fonseca
Director da Plataforma Revólver - Independent Art Space


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