No próprio dia em que o seminário a que se refere a imagem estava a decorrer soubemos da iniciativa através da TSF, numa conversa entre três dos participantes - Francisca Fernandes, Jorge Barreto Xavier, Américo Rodrigues. Claro, depois tentámos saber mais. Não fomos muito bem sucedidos, e por isso vamos continuar. Mas encontramos o propósito: «O objetivo é fomentar uma reflexão partilhada sobre o papel das redes culturais na construção de respostas coletivas e transformadoras. Como podemos, em rede, enfrentar desafios como a polarização, a precariedade ou a exclusão? Que cultura queremos defender e construir num mundo em mudança?». E atentamos nos temas do Programa e no currículo dos Participantes - voltemos aqui.
Impulsionados pelo que conseguimos, algumas observações de seguida.
Mas que grande confusão no que diz respeito a referenciais científicos e técnicos, e lembrámos no domínio da GESTÃO conceitos de REDES e DE TRABALHAR EM REDE e o que autores reputados adiantavam: não sabemos trabalhar em conjunto, em especial partilhar informação, seja no seio de uma organização ou na articulação de umas com as outras, e a coisa vai ser cada vez mais difícil com o avanço das tecnologias, nomeadamente das designadas TICs (e ainda não se falava da Inteligência Artificial com a intensidade de hoje), e havia quem afirmasse que a realidade «organização» nomeadamente «empresa» já só servia fins de fiscalidade. E o macro diagnóstico: o mundo era e prefigurava-se cada vez mais COMPLEXO, TURBULENTO E EM MUDANÇA.
Identificamos um traço muito institucional a atravessar a experiência dos participantes, não sabemos se foi disponibilizada documentação sobre a memória comum do que que aconteceu no nosso País, em particular depois do 25 de ABRIL assente em REDES e TRABALHAR EM REDE quanto ao institucionalizado, o praticado e o que foi florescendo e adotado.
Academicamente, não sabemos se alguém notou o conhecimento que tem de ser ensinado, aprendido, e investigado, havendo quem mostre que sem A GESTÃO POR SISTEMAS E CONTINGENCIAL não há trabalho em rede possível.
Lateralmente ouvimos sobre «profissional» e «amador» na «CULTURA INSTITUCIONAL», em particular para a DGARTES, e ficou-se com a ideia, como aliás em várias ocasiões temos reparado, que a situação continua fusca quanto ao que acontece aos vários níveis territoriais, e que não há maneira de mudar o «chip» - continua tudo à volta de apoios.
Numa de conclusão provisória, quer a nível nacional quer comunitário mais do que «redes» & Cª., precisamos de uma INICIATIVA GLOBAL PARA A TRANSFORMAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES CULTURAIS: públicas; com fins lucrativos; sem fins lucrativos (Terceiro Setor). Grandes, médias, pequenas e micros - enfim é o SETOR CULTURA que está em causa. Se este não for o Ponto de Partida apenas acontecerão «remendos».
No meio de tudo isto veio-nos à memória palavras do então Presidente da Câmara Municipal do Seixal quando da Sociedade Portuguesa de Autores teve prémio de Melhor Programação Cultural Autárquica. Do que disse: «são muitas as vezes
em que as autarquias se sentem sós, sem o apoio dos governos e sem a
existência de um trabalho estruturado e articulado, desde a
Administração Central até ao poder local».
Pois é, a necessidade de trabalho estruturado e articulado continua: e não será «exagerado» dizer que é dimensão nuclear das «REDES». Melhor, do TRABALHO EM REDE». E porque estava de fácil acesso, recordar:
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