A leitura da manhã dos jornais, vá se lá saber o porquê, fez-nos ligar  o trabalho de Ana Soromenho  no semanário Expresso desta semana - Vieira da Silva: contra o esquecimento- que consiste numa entrevista à  Responsável pelas coleções da National Portrait Gallery, em Londres, Flavia Frigeri, e que é a comissária da exposição de Bilbau, às palavras do Ministro da Presidência  que se podem ler no jornal Público nesta notícia:
Nem é o central da entrevista, mas chamou-nos a atenção isto que disse a Comissária - o destaque é nosso: «Em 2020, quando começou a trabalhar para a National Portrait Gallary, teve a missão de aumentar a representação feminina para reposicionar o lugar desta. Encontrou trabalhos que a surpreenderam? Esse trabalho, feito a partir dos retratos, não se circunscrevia apenas ao campo das artes visuais. Foi muito mais amplo e interessante porque incluía todas as áreas, desde a literatura à ciência. Descobrimos, por exemplo, Jean Purdy, a cientista que ajudou a desenvolver a fertilização in vitro e nunca foi reconhecida porque nos grupos de trabalho os créditos são sempre para os homens. Ainda vamos levar muitas gerações até garantirmos que seja dado às mulheres um reconhecimento que os homens sempre tiveram. A igualdade é uma ambição. Nem que seja a última ambição».
Antes, tínhamos reparado nisto dito pelo Governante:
Parece já ser um «padrão»,  temos de nos habituar às «tiradas» dos nosso Governantes - veja-se o que escreveu a responsável da Cultura - e agora isto:  "Os jovens não querem"."Vamos então dar coisas que eles não querem consumir? Isso interpela quem? Não interpela o Estado a disponibilizar esta medida. Interpela os meios que devem procurar oferecer algo que eles queiram». Ora essa, talvez tenhamos que os ensinar a «gostar desta sopa» ou dizendo doutra forma a criarem o hábito de irem a «esta escola». Mas a nossa ênfase até é outra que se prende com isto:  o «isolado» raramente atinge o que se deseja, há necessidade de ao mesmo tempo fazer «isto e aquilo». Ter programas amplos que se cruzem. Enfim, e olhando para a iniciativa conjunta -«António Leitão Amaro falava no parlamento, no âmbito da apreciação na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2026, numa audição conjunta das comissões de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto e do Orçamento, Finanças e Administração Pública» - é preciso praticar a TRANSVERSALIDADE. Desde logo, onde está o PLANO DE DESENVOLVIMENTO PARA A CULTURA? E do ponto de vista conceptual e técnico voltemos a ensaio da nossa estimação: 
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e já que utilizamos a expressão «ao mesmo tempo»
 
  
  
 

 
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