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Termina assim: «(...) Para que serve a política cultural? Serve, ou deveria servir, para garantir o acesso equitativo à criação, à fruição e à produção culturais, valorizando tanto os patrimónios herdados como as expressões emergentes da contemporaneidade. O programa do Governo para a cultura é contraditório ao oscilar entre a reafirmação de um modelo centralizador, patrimonialista e normativo, e a evocação tímida de paradigmas inclusivos, participativos e sustentáveis. Falta-lhe densidade conceptual, articulação transversal e coragem redistributiva. No entanto, nas brechas do discurso oficial, nos sinais de abertura à descentralização, no reconhecimento do direito à educação artística, na menção à criação independente, poderão residir oportunidades reais de transformação».
E antes em dado momento isto:«(...)Todavia, esta abordagem é superficial. A noção de sustentabilidade, embora implícita, não se articula com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, nem com outras políticas públicas transformadoras, como a educação para a crise climática e para a cidadania activa. A cultura surge isolada, em vez de se apresentar como parte integrante de um eventual projeto político transformador (...)». E nós aproveitamos para lembrar pela enésima vez o paradigma a que já se chegou por esse mundo fora relativo ao DESENVOLVIMENTO GLOBAL e de maneira a que esteja no ADN de cada organização. Ao mesmo tempo considerar:
Mas ainda recentemente numa aparição da Senhora Ministra da Cultura & C.ª (indesejada) na televisão, qual cassete, lá vinha o mecenato, o estatuto do artista, o aumento do orçamento em não lembramos quantos por cento ... Como se o progresso fosse um somatório de coisas avulsas, e não um sistema de partes interdependentes ... Como se não precisássemos de uma estratégia! Para ancorar a POLÍTICA CULTURAL. Para uma ação imediata com destino que as populações entendam. E não resultado de um «totoloto» de concursos.
E pronto, voltamos ao que já temos dito, provavelmente aproveitaríamos todos se fizéssemos debates para estabilizar um modelo com que abordar a «POLÍTICA CULTURAL» ... Doutra forma, qual procura de «agulha em palheiro», esgotamo-nos a encontrar brechas para mitigar o que nos vai acontecendo. Mas isso não leva ao que precisamos e temos direito. Sejamos realistas, e profissionais a trabalhar com paixão... Como nos ensinam os manuais e a vida vivida.
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