segunda-feira, 2 de novembro de 2015

JOSÉ FONSECA E COSTA | o nosso adeus





Leia Um cineasta que procurou renovar os modelos tradicionaisde João Lopes,  no DN. De lá:
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 Logo após a fundação da RTP (1957), ficou classificado em primeiro lugar num concurso para o lugar de assistente de realização, mas a polícia política (PIDE) acabou por impedir a sua entrada nos quadros da empresa. Em 1960, informações provenientes da PIDE fizeram que lhe fosse recusada uma bolsa de estudo do Fundo do Cinema Nacional para frequência de um curso de cinema no estrangeiro. Seria mesmo encarcerado, por duas vezes, acusado de atividades de oposição à ditadura salazarista.
A sua formação acabou mesmo por incluir um período decisivo no estrangeiro, estagiando em Itália, como assistente, na equipa de um dos filmes mais importantes da revolução temática e estética então em curso no cinema europeu: O Eclipse (1962), de Michelangelo Antonioni, com Monica Vitti e Alain Delon.
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Distinguido em outubro de 2014 com um prémio de carreira atribuído pela Academia Portuguesa de Cinema, expressou nessa altura uma visão muito cética do estado das coisas no cinema português: "O ICA [Instituto do Cinema e do Audiovisual] é o reino da burocracia, das portarias salazarentas, dos regulamentos mirabolantes. A burocracia mata a criatividade. A criatividade devia matar a burocracia, a criatividade somos nós."».


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