«Bruxelas é o
coração da União Europeia e também deste romance.
Robert Menasse leva-nos numa viagem ao interior da vida política europeia
através de cinco histórias interligadas, que abordam o quotidiano da capital
europeia a partir de diferentes perspetivas.
A Capital segue de perto o destino dos seus personagens nos
frequentes encontros que têm entre si, expondo as suas vidas profissionais e
mergulhando nas suas coloridas vidas privadas, longe de escritórios e salas de
reuniões. Ao mesmo tempo, constrói uma ponte narrativa entre diferentes épocas
e nações, entre o inevitável e a ironia do destino, entre a burocracia
mesquinha e os grandes sentimentos.
O olhar penetrante de Menasse, cheio de humor e ironia, torna a leitura deste
romance tão irresistível quanto importante nos atuais tempos de ressurgimento
de nacionalismos, desde o Brexit até à Declaração de Independência da
Catalunha.
Um livro provocador, oportuno e importante: um apelo para que se relembre o que
está no centro do «projeto de paz europeu» e se tenha a coragem de o levar ao
próximo nível.
Críticas de imprensa
«Uma sátira
deliciosamente cruel – e oportuna – sobre a União Europeia e o significado da
Europa nos dias de hoje.»
Financial Times
«Um romance tradicional, vasto, omnisciente, quase balzaquiano, que tem o
terrorismo como parte de uma trama satiricamente centrada numa ideia de
Bruxelas bastante plausível.»
New York Times Book Review
«Uma divertida farsa sobre a vida em Bruxelas (…) elegantemente escrita,
brilhantemente bem construída, inteligente e espirituosa.»
Die Zeit
O melhor livro de ficção que li sobre a União Europeia (UE) é de um escritor austríaco, Robert Menasse, “A Capital”, e ganhou o prémio de Livro Alemão 2017. Neste romance, que é uma sátira deliciosamente cruel e oportuna sobre a UE e o significado da Europa nos dias de hoje, os burocratas europeus são retratados como seres humanos simultaneamente empáticos e cruéis, ao comando de uma máquina que se orienta de modo impiedoso pela prossecução dos seus fins. Estes fins são diversas vezes determinados nos gabinetes, longe do escrutínio democrático. A verve autopoiética da burocracia europeia autolegitima-se e reforça-se, mantendo aquilo que na linguagem coloquial se designa de “bolha europeia”, num epíteto benigno mas muito danoso para as credenciais democráticas do projeto comum que nos une.
No livro, a burocracia europeia tenta encontrar um tema que possa contrariar o nacionalismo e euroceticismos crescentes. Auschwitz surge então como ponto de referência numa União política em crise. A memória e o dever político de reconciliação com o passado emergem como responsabilidade moral que a Europa carrega e simbolizam aquilo que dilacerou o continente, mas agora une uma comunidade assente na responsabilidade de garantir que nunca mais tais horrores se repetirão. O curto século XX europeu foi manchado pelo autoritarismo, fascismo e comunismo, horrores que se traduziram numa perda incomensurável de vidas humanas. (...)».
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