domingo, 2 de fevereiro de 2025

«A CAPITAL»

 

 
SINOPSE

«Bruxelas é o coração da União Europeia e também deste romance.
Robert Menasse leva-nos numa viagem ao interior da vida política europeia através de cinco histórias interligadas, que abordam o quotidiano da capital europeia a partir de diferentes perspetivas.
A Capital segue de perto o destino dos seus personagens nos frequentes encontros que têm entre si, expondo as suas vidas profissionais e mergulhando nas suas coloridas vidas privadas, longe de escritórios e salas de reuniões. Ao mesmo tempo, constrói uma ponte narrativa entre diferentes épocas e nações, entre o inevitável e a ironia do destino, entre a burocracia mesquinha e os grandes sentimentos.
O olhar penetrante de Menasse, cheio de humor e ironia, torna a leitura deste romance tão irresistível quanto importante nos atuais tempos de ressurgimento de nacionalismos, desde o Brexit até à Declaração de Independência da Catalunha.
Um livro provocador, oportuno e importante: um apelo para que se relembre o que está no centro do «projeto de paz europeu» e se tenha a coragem de o levar ao próximo nível.

Críticas de imprensa

«Uma sátira deliciosamente cruel – e oportuna – sobre a União Europeia e o significado da Europa nos dias de hoje.»
Financial Times
«Um romance tradicional, vasto, omnisciente, quase balzaquiano, que tem o terrorismo como parte de uma trama satiricamente centrada numa ideia de Bruxelas bastante plausível.»
New York Times Book Review
«Uma divertida farsa sobre a vida em Bruxelas (…) elegantemente escrita, brilhantemente bem construída, inteligente e espirituosa.»
Die Zeit

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Sobre o livro no semanário Expresso desta semana de Teresa Violante:
 
«Auschwitz em 2025

O melhor livro de ficção que li sobre a União Europeia (UE) é de um escritor austríaco, Robert Menasse, “A Capital”, e ganhou o prémio de Livro Alemão 2017. Neste romance, que é uma sátira deliciosamente cruel e oportuna sobre a UE e o significado da Europa nos dias de hoje, os burocratas europeus são retratados como seres humanos simultaneamente empáticos e cruéis, ao comando de uma máquina que se orienta de modo impie­doso pela prossecução dos seus fins. Estes fins são diversas vezes determinados nos gabinetes, longe do escrutínio democrático. A verve autopoiética da burocracia europeia autolegitima-se e reforça-se, mantendo aquilo que na linguagem coloquial se designa de “bolha europeia”, num epíteto benigno mas muito danoso para as credenciais democráticas do projeto comum que nos une.

No livro, a burocracia europeia tenta encontrar um tema que possa contrariar o nacionalismo e euroceticismos crescentes. Auschwitz surge então como ponto de referência numa União política em crise. A memória e o dever político de reconciliação com o passado emergem como responsabilidade moral que a Europa carrega e simbolizam aquilo que dilacerou o continente, mas agora une uma comunidade assente na responsabilidade de garantir que nunca mais tais horrores se repetirão. O curto século XX europeu foi manchado pelo autoritarismo, fascismo e comunismo, horrores que se traduziram numa perda incomensurável de vidas humanas. (...)».

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