sexta-feira, 26 de setembro de 2025

NESTE MUNDO ACELERADO DE «SOUND BITES» É RECONFORTANTE LER O TRABALHO DO PÚBLICO SOBRE JOÃO PENALVA | e pelo meio até reparamos quando diz que «gostaria de lhe ver ser atribuído um estúdio municipal nos Coruchéus»

 

«João Penalva: o grande teatro do mundo

Um dos nomes mais influentes (e labirínticos) da arte contemporânea portuguesa inicia na Galeria Francisco Fino um ciclo extraordinário dedicado à sua obra que se prolongará até 2027».


 
Excerto: «(À exposição na Francisco Fino, a primeira com a galeria, gostaria de “chamar uma retrospectiva”. “No sentido em que alguns trabalhos, apesar de recentes, se referem a trabalhos anteriores ou, até, os incorporam. Outros são trabalhos antigos, apresentados pela primeira vez em Portugal, e outros foram vistos em Portugal há tanto tempo já que ninguém se lembra de os ver”, escreve o autor no texto de apresentação.
O artista que sempre evitou a repetição (contra ela diz ter “um sistema de alarme, uma campainha que toca na altura óbvia) desdobra-se em vários meios (a pintura, a fotografia, o vídeo, o som, os objectos, a arquivística, a escrita) e resgata histórias, forjando uma galeria de personagens que vai do coleccionador irlandês Olaf Ormsson ao escultor Barry Kovacks, do operário Faussone (pedido emprestado a Primo Levi) a Viúva Simone (figura hilariante do ballet de repertório) e ao esteta John Ruskin. Confessa também fascínio pelo funcionamento do relógio mecânico desde Clock (2004): O relógio é cinematográfico. Ver o tempo a andar é encantatório, meditativo, um espectáculo circular que nunca cansa, porque rima com o som mais próximo de nós, o batimento cardíaco.” E admite agora pressentir uma mudança na relação com a temporalidade: “Estou a começar a pensar no meu trabalho no passado. Eu a ver-me como já morto. Chega-se a uma certa altura em que as pessoas dizem: ‘Teve uma carreira!’ Mas a carreira não acabou! Ainda a procissão vai no adro! Rimos. (...)».

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no site da Galeria disponível uma Press Release
 
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Voltando ao Público esta passagem talvez porque estamos em ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS e porque é necessidade verbalizada por muitos mais criadores/as - (o sublinhado é nosso):  
 
 
Quem sabe  já tenha dado para entender que estamos a seguir o PROGRAMA ELEITORAL DA CDU A LISBOA - e com o brilhantismo do seu Cabeça de Lista, João Ferreira, a curiosidade flui - , e assim fomos em busca para sabermos se contemplava esta questão «dos Coruchéus»e equivalentes. E lá está na pg. 35:
 

 

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