domingo, 28 de setembro de 2025

DOS ARTISTAS UNIDOS À REDE NACIONAL DE ARTES QUE NÃO TEMOS PASSANDO PELA ALAMEDA DAS ARTES DA CDU EM LISBOA | recordando Jorge Silva Melo ..., e a Cornucópia

 

 
 De lá, da Time Out, da notícia a que se refere a imagem inicial: «É um momento de alívio para a companhia de teatro fundada em 1995 por Jorge Silva Melo. Os Artistas Unidos assinaram esta sexta-feira, dia 26 de Setembro, um contrato que firma a atribuição de um armazém em Marvila com a Câmara Municipal de Lisboa (CML), depois de meses de incerteza quanto ao futuro, na sequência do despejo das antigas instalações do Teatro da Politécnica, em Julho de 2024
"Há muito trabalho pela frente, de adaptação, de alteração e de equipamento do espaço. Este trabalho vai ser lento, mas estamos a fazer tudo para no dia 9 de Outubro estrearmos uma peça que estamos a preparar, Jantar, de Moira Buffini", avança João Meireles, da companhia, à Time Out. (...)».

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O detalhe da noticia da Câmara:«Com o encerramento recente do Teatro da Politécnica, a companhia via-se de novo “sem um espaço de trabalho e de apresentação”. O novo espaço, num armazém municipal na Rua do Açúcar, permite a adaptação para duas salas de espetáculo.

Esta infraestrutura permitirá à companhia alargar a sua oferta cultural, desenvolver colaborações com outras entidades artísticas e reforçar a dinâmica cultural da cidade.

Na assinatura do acordo, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, sublinhou a importância desta atribuição, numa “cidade em que a Cultura é para todos, é descentralizada e está viva e renovada”.

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  Relembre aqui |  de lá, de

 O sublinhado é nosso: «Uma delegação do PCP onde se integravam os vereadores da CDU na Câmara Municipal de Lisboa, João Ferreira e Ana Jara, estiveram presentes no Teatro da Politécnica em solidariedade com a companhia de teatro Artistas Unidos, que terá de deixar o espaço até ao final de Julho sem uma alternativa que garanta a continuidade do seu trabalho. 

Uma situação que se arrasta há vários anos e sobre a qual a CDU tem questionado os executivos e governos, tanto na Câmara Municipal e Assembleia Municipal de Lisboa como na Assembleia da República. Os executivos de PS e PSD não apresentaram, até hoje, soluções viáveis e hipotecam assim o futuro desta companhia, fundada em 1995, que tem desempenhado um papel fundamental na criação e divulgação de teatro. 

À mesma hora, os eleitos da CDU na AML usaram do direito da palavra concedido uma vez por ano para denunciar, uma vez mais, o despejo que os Artistas Unidos enfrentam, ao qual se junta a luta de tantas outras estruturas artísticas da cidade».

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  Agora, veja uma lista de posts do Elitário Para Todos em que Jorge Silva Melo está presente. Em especial:
 
Em 2021, Quando  Jorge Silva Melo
e Luís Miguel Cintra passaram a ser «doutores»
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Neste Post sobre Teatros construidos, 
recuperados, equipados 
 
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 onde uma entrevista a propósito do livro 
 «A Mesa está posta» 
 

 
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Olhando para o que atrás se sistematiza algumas notas. Para começar, até apetece utilizar linguagem futebolística, dizendo isto: já nos descontos, ganhou-se a partida. Agora a sério, à beira das eleições autárquicas «Os Artistas Unidos assinaram esta sexta-feira, dia 26 de Setembro, um contrato que firma a atribuição de um armazém em Marvila com a Câmara Municipal de Lisboa (CML)». Um armazém. A companhia está aliviada, certamente satisfeita, e, assim sendo, com ela todos e todas, individuais e coletivos, que se solidarizaram ao longo da sua luta por «uma casa». Mas  pelo que se sabe ainda não acabou, até porque   um «armazém não é um teatro» - e atentando-se no que dizem os Artistas Unidos -  "Há muito trabalho pela frente, de adaptação, de alteração e de equipamento do espaço», e do que adianta a CML - «Esta infraestrutura permitirá à companhia alargar a sua oferta cultural, desenvolver colaborações com outras entidades artísticas e reforçar a dinâmica cultural da cidade» - a questão estruturante que se impõe: qual vai ser o papel da Câmara de Lisboa nesse empreendimento? Em termos de «tecnologia, de segurança e conforto». Para quem não saiba são investimentos caros.  É preciso saber o que lhe compete à Câmara da Capital, e o que compete à Administração Central através do Ministério da  Cultura (agora acompanhado pela Juventude e Desporto, a que se deve por rigor intelectual adicionar a Igualdade). Mais, há que saber o que cai na  Área Metropolitana de Lisboa.
 
 
E precisamos de saber tudo isso não só para o TEATRO como para TODAS AS ARTES. Não só para os ARTISTAS UNIDOS COMO PARA OS DEMAIS AGENTES CULTURAIS «INDEPENDENTES». Contudo verdadeiramente na tal abordagem estruturante e agora centrados em LISBOA e no TEATRO é fundamental que nos digam qual o SERVIÇO PÚBLICO DE TEATRO NA CAPITAL. E há, à semelhança do que passa noutras paragens, encontrar CATEGORIAS:  Nacional; Regional; Municipal; Intermunicipal; «Independentes» ... E estabilizar o que compete a cada um dos protagonistas. E não fazer depender O ESSENCIAL da  OFERTA TEATRAL de processos concursais. Como acontece com os demais «serviços públicos» - imagine-se que só se tinha acesso à escola ou ao centro de saúde  se alguém concorresse! 
Dito doutra forma, precisamos de UM SERVIÇO PÚBLICO DE TEATRO (e das outras artes) assente NUMA REDE DE ARTES COM O PROJETO ARTÍSTICO NO CENTRO que cubra o PAIS. Não, não, a Rede de Teatro e Cineteatros existente está longe disso, desde o CONCEITO ao operacional - em particular, a pecha mantém-se: os poderes APOIAM quando deviam GARANTIR. 
Bom, e estamos a falar fundamentalmente do EQUIPAMENTO (ESPAÇO), mas há que convocar A CRIAÇÃO E A PRODUÇÃO - o que irá fazer a CML com os Artistas Unidos? - tentamos perceber pela informação que existe no site da Câmara para este domínio mas não conseguimos encontrar a «lógica» dos «Apoios», muito menos encontramos a «estratégia». E faz sentido recordar o que aconteceu ao TEATRO DA CORNUCÓPIA - como é possível que a Câmara não tenha impedido o seu desaparecimento? Boa ilustração para se dizer, «mais palavras para quê?» - tudo dito!
 
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Como já se tem mostrado, perante o que vai aparecendo no espaço público, vamos ver o que está equacionado no PROGRAMA ELEITORAL DA CDU A LISBOA. Para aprofundarmos as questões e talvez isso contribua para o mesmo de leitores que seguem o ELITÁRIO PARA TODOS. Desde logo, questões acima abordadas foram matéria em conversas promovidas pela CDU e em que gente cá da casa participou. Por outro lado, deu-se também por este acontecimento:
 
 
e tirado daqui, palavras de candidatas  nas Listas da CDU a Lisboa
que a nosso ver contribuem para a justeza de se considerar a CAPITAL inserida
no seu macro sistema  

«Sofia Lisboa: «É urgente reverter a lógica de territórios e equipamentos em ilhas. Lisboa só teria a ganhar com mais equilíbrio e coesão na AML. O caminho deve apontar para um desenvolvimento policêntrico e as grandes opções de investimento público, com impacto estruturante, têm de ser concebidas nesse quadro. Actividades como logística, serviços avançados, ciência, tecnologia, inovação e investigação devem dar um contributo robusto para este modelo mais equilibrado».
 Cláudia Madeira: «Também não abdicamos do direito à habitação, de serviços públicos de qualidade, de combater a pobreza e as desigualdades, de dinamizar cultura e desporto e de garantir o bem-estar animal. Somos um projecto de transformação nas autarquias e no País, e esta é a oportunidade para que os eleitores escolham um projecto que credibilize a política, pautada pelo bem comum».

 Por fim, escalpelizando o Programa estes recortes, direta ou indiretamente relacionados com o nuclear do post:
 
 

   
 
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 Coincidência!, no Elitário Para Todos há quem conheça a RUA DO AÇÚCAR «desde sempre», e estamos empolgados com aquela ALAMEDA DAS ARTES NOS BAIRROS MUNICIPAIS que naturalmente não terão de coincidir com as Freguesias. E com   despiques que se podem antecipar, do género «a minha alameda  é melhor que a tua» ... Está bem, também pode ser do género,  «a galinha da vizinha, é melhor que a minha»... Bom, o que importaria mesmo é que aquela ALAMEDA tendesse a PARAÍSO ... E é possível.
 
 
 
 

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