sábado, 23 de março de 2013

ÓSCAR LOPES


 
Ler o depoimento do Professor  Carlos Reis  sobre  Óscar Lopes parece-me uma boa maneira de recordarmos o intelectual que acaba de nos deixar. Morreu ontem, no Porto.  Começa assim:
«O Prof. Óscar Lopes não foi apenas um grande professor e um grande investigador, o que já não seria pouco. Foi também um grande intelectual, no sentido mais nobre, militante e empenhado do termo. Autor de uma obra vastíssima, como historiador da literatura, ensaísta, crítico literário e linguista (faceta talvez menos conhecida, mas não menos relevante do seu labor), Óscar Lopes foi uma personalidade muito marcada, até 1974, pelo de silenciamento e mesmo pela repressão que lhe foi movida pelas instâncias do poder vigente, o que limitou, até então, a projeção da sua atividade como crítico, investigador e professor». (...)
E mais adiante:
«Este é um aspeto que quero realçar. Conheci sempre no Prof. Óscar Lopes uma personalidade tolerante e dialogante, aberta a outras ideias e formas de pensar diferentes das suas, interessado e profundo conhecedor da música (o que bem se vê em Uma arte de música e outros ensaios, de 1986), das artes plásticas, da filosofia e do pensamento religioso. Posso dizer, sem exagero, que Óscar Lopes era detentor de uma cultura literária absolutamente impressionante, que sempre levava às intervenções que fazia, em conferências, em congressos e em colóquios, sem exibicionismo, mas com um vigor participativo e com uma abertura ao debate invulgares. (...)». Aqui, no Público, o depoimento integral.
 

E temos também este post, no Entre as Brumas da Memória, que nos leva a outros escritos que vale a pena ler.
Saber mais  sobre Óscar Lopes, e ler o que nos deixou, parece-nos, de facto,  uma boa maneira de o homenagear.

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