sexta-feira, 31 de maio de 2013
quinta-feira, 30 de maio de 2013
quarta-feira, 29 de maio de 2013
«PROMETEM NÃO BAIXAR OS BRAÇOS»
Júlio Pomar e João Lourenço | Fotografia © Global Imagens
ontem no Teatro Aberto
Do Diário de Notícias online de ontem:
«O diretor do Teatro Aberto, João Lourenço, anunciou hoje que a companhia de teatro Novo Grupo - Teatro Aberto vai contestar legalmente o resultado do concurso da Direção-Geral das Artes (DGArtes) no âmbito da atribuição de apoios às estruturas de criação artistica. Segundo o encenador, preveem-se que os cortes de apoios cheguem aos 73%, relativamente ao ano passado, o que pode levar ao encerramento do teatro por falta verba para a produção de novos projetos.
Numa sessão que contou com a presença de mais de uma centena de personalidades ligadas ao mundo das artes, do espétaculo e da cultura e até da política, o manifesto contra a decisão da DGArtes foi claro: A companhia de teatro pretende recorrer por todos os meios legais contra a medida.
João Lourenço, encenador e responsável pelo Novo Grupo - Teatro Aberto, deu voz ao manifesto e disse que as medidas que estão a ser implementadas são insustentáveis e que podem levar mesmo ao encerramento do Teatro Aberto.
(...)
A prestar solidariedade com esta causa estiveram presentes personalidades como Júlio Pomar (pintor), Ruy de Carvalho (ator), Carmen Dolores (atris), Carlos do Carmo (fadista), José Jorge Letria (presidente da Sociedade Portuguesa de Autores, Luís Cintra (fundador e diretor do Teatro da Cortucópia), Manuel Maria Carrilho (ex Ministro da Cultura), João Soares (ex Presidente da Câmara de Lisboa) e João Oliveira (deputado do PCP), entre muitos outros».
Destaque-se também a reportagem da SIC notícias sobre o encontro que pode ver aqui,
João Lourenço, encenador e responsável pelo Novo Grupo - Teatro Aberto, deu voz ao manifesto e disse que as medidas que estão a ser implementadas são insustentáveis e que podem levar mesmo ao encerramento do Teatro Aberto.
(...)
A prestar solidariedade com esta causa estiveram presentes personalidades como Júlio Pomar (pintor), Ruy de Carvalho (ator), Carmen Dolores (atris), Carlos do Carmo (fadista), José Jorge Letria (presidente da Sociedade Portuguesa de Autores, Luís Cintra (fundador e diretor do Teatro da Cortucópia), Manuel Maria Carrilho (ex Ministro da Cultura), João Soares (ex Presidente da Câmara de Lisboa) e João Oliveira (deputado do PCP), entre muitos outros».
Destaque-se também a reportagem da SIC notícias sobre o encontro que pode ver aqui,
em que se vê, por exemplo: Carmem Dolores dizer que «pode ser um primeiro passo para as companhias todas se unirem», e Luis Miguel Cintra que «o problema não é um problema do Teatro Aberto ou do Teatro da Cornucópia, é um problema do País».
terça-feira, 28 de maio de 2013
sexta-feira, 24 de maio de 2013
GEORGES MOUSTAKI
Georges Moustaki morreu. «Era um dos vultos maiores da canção popular francesa. Tinha 79 anos. Milord ou Le Métèque, símbolo do Maio de 68, tinham a sua assinatura. Edith Piaf, Serge Reggiani ou Juliette Gréco devem-lhe alguns dos seus maiores êxitos».
quinta-feira, 23 de maio de 2013
TEATRO ABERTO: «O nosso futuro foi posto em causa pela proposta de decisão dos concursos de apoio à criação teatral»
O Novo Grupo-Teatro Aberto (NG-TA) convocou, por comunicado, «espetadores, personalidades de diversos quadrantes da sociedade, nomeadamente da política e da cultura», para um encontro na terça-feira, por considerar que o seu futuro está em causa.
«(...)
A DGArtes fixou um teto máximo de 400.000 euros para apoios, tendo sido destinado ao NG-TA «cerca de 163.000 euros, o que é absolutamente impossível», disse o encenador à Lusa.Segundo o responsável, as verbas atribuídas habitualmente ao NG-TA eram na ordem dos 600.000 euros. A verba atribuída este ano «é manifestamente curta e não dá para continuar, não chega para nós, nem para outros, estamos solidários com os outros». João Lourenço afirmou que esta é «uma opção política do Governo», que pretende «aniquilar as companhias. O encenador esclareceu que «o apoio dado pelo Governo é ao bilhete e não às companhias». Para Lourenço é um «subsídio ao espetador, pois não se consegue apresentar espetáculos, como se faz lá fora, e se paga 40 e 50 euros, com os preços de sete e dez euros como praticamos cá». (...)».
O encontro está marcado para as 18:30, na próxima terça-feira,
no Teatro Aberto, em Lisboa, à praça de Espanha.
terça-feira, 21 de maio de 2013
«VAMOS DEBATER PARA CONHECER MELHOR A SITUAÇÃO EM CADA ÁREA DA ACTIVIDADE CULTURAL»
Trabalhar
na cultura em Portugal. As necessidades e as dificuldades. Exploração,
precariedade, desemprego, trabalho sem direitos. Desistência e emigração. As
garantias de liberdade de criação e difusão. Desresponsabilização e
desinvestimento do Estado. As políticas de desmantelamento da estrutura do
Estado de apoio à cultura e às artes. É ou não, no momento presente, o elogio do
mecenato uma estratégia para acabar com esse apoio. Os limites do mercado e da
indústria. A colonização cultural. O direito de todos à criação e fruição.
Associativismo e ensino artístico. O direito dos mais jovens ao seu momento
inadiável de criar e de exercer as suas capacidades.
Vamos
debater para conhecer melhor a situação em cada área da actividade
cultural.
18 MAIO,
SÁBADO, CLUBE ESTEFÂNIA, 21H
ASSOCIATIVISMO
POPULAR
em parceria com a Confederação das
Colectividades
Conversa
com: Augusto
Flor, dirigente da Confederação Portuguesa das
Colectividades | Álvaro
Figueiredo, dirigente do Ateneu Artístico
Vilafranquense
MÚSICA
Conversa
com: Helder
Moutinho, fadista | Manuel
Rocha, músico | Rui Gaio,
músico
23 MAIO,
QUINTA, FBAUL - AUDITÓRIO LAGOA
HENRIQUES, 17H30
ARTES PLÁSTICAS E
VISUAIS
Conversa
com: Ana Isabel
Ribeiro, directora da Casa da Cerca|Francisco
Palma,
artista Plástico e dirigente da associação
ARTESFERA | Sérgio Vicente,
artista plástico e
professor da FBAUL
25 MAIO,
SÁBADO, CASA DO ALENTEJO - BIBLIOTECA,
21H
PATRIMÓNIO
em parceria com o
STARQ
Conversa
com: Artur
Sequeira, dirigente da Fed. dos Sindicatos em Funções Públicas e
Sociais | Elis
Marçal, técnica de restauro e conservação | Jacinta
Bugalhão, arqueóloga
Regis
Barbosa, arqueólogo e dirigente do STARQ | Ricardo
Lucas Branco, técnico de restauro e conservação
27 MAIO,
SEGUNDA, A BARRACA,
19H30
TEATRO E
DANÇA
Conversa
com: Ana Nave,
actriz e encenadora | Helder
Costa, encenador |
Sílvia
Pinto Coelho, coreógrafa, bailarina e
investigadora
28 MAIO, TERÇA,
A BICAENSE, 21H
CINEMA
em parceria com o
Shortcutz
Conversa
com: Margarida
Gil, cineasta e presidente da Associação de
Realizadores |
Vasco
Pimentel, cineasta e engenheiro de som
APOIOS ÀS ARTES ATRAVÉS DA DGARTES: EM BUSCA DE UM PONTO DE SITUAÇÃO
Leitores do Elitáro Para Todos perguntam-nos sobre a situação dos Apoios às Artes, por parte do Estado. Tanto quanto conseguimos apurar, recorrendo ao site da DGartes, a agentes envolvidos nos apoios, e a leitores deste blogue, o «folhetim» deve andar à volta do seguinte:
- Quanto aos Apoios Tipartidos, como registamos em posta anterior, houve já uma segunda decisão final, e ao mesmo tempo que agentes culturais estão ou podem estar em processos de reclamação e recurso estão a elaborar-se contratos ...
- Relativamente aos Apoios Diretos, descobrimos que há a situação «em contratualização» - Dança, Música, ARquitetura, Artes Plásticas e Fotografia a que se refere a imagem seguinte, e como pode conferir aqui. Claro que podem também estar a ser acionadas reclamações, recursos, ...
- E neste trabalho tomámos consciência que no que se refere aos Apoios Diretos nos Cruzamentos Disciplinares e no Teatro a coisa está outra vez em audiência de interessados, mas isto só se descobre lendo as atas, mas depois de o sabermos também decorre disto e disto que pode ler no site da DGARTES, e a partir do que fizemos o quadro seguinte:
- Quanto aos Apoios Pontuais 2013 o que conseguimos localizar está aqui. Ou seja, há Decisão Final.
- E ainda existem os Apoios à internacionalização de que encontrámos a Proposta de Decisão que pode ler aqui.
Depois de tudo isto, esperamos ter contribuido para que não se perca totalmente o rumo nesta floresta cada vez mais emaranhada. Mais comentários ? para quê !
sexta-feira, 17 de maio de 2013
NUNO JÚDICE GALARDOADO COM O PRÉMIO RAINHA SOFIA DE POESIA IBERO-AMERICANA
«O poeta Nuno Júdice foi nesta quinta-feira galardoado com o XXII Prémio Reina Sofia de Poesia Ibero-Americana, atribuído pelo Património Nacional espanhol e pela Universidade de Salamanca, no valor de 42.100 euros.
O prémio reconhece o conjunto da obra poética de um autor vivo que, pelo seu valor literário, constitua uma contribuição relevante para o património cultural partilhado pela comunidade ibero-americana.
O júri considerou o poeta, ensaísta e ficcionista português como autor de uma poesia "muito elaborada, de um classicismo depurado", mas, ao mesmo tempo, com um grande compromisso com a realidade, segundo a agência EFE». Continue a ler no Público.
Um bom pretexto para, por exemplo:
Um bom pretexto para, por exemplo:
A Origem do Mundo
De manhã, apanho as ervas do quintal. A terra,
ainda fresca, sai com as raízes; e mistura-se com
a névoa da madrugada. O mundo, então,
fica ao contrário: o céu, que não vejo, está
por baixo da terra; e as raízes sobem
numa direcção invisível. De dentro
de casa, porém, um cheiro a café chama
por mim: como se alguém me dissesse
que é preciso acordar, uma segunda vez,
para que as raízes cresçam por dentro da
terra e a névoa, dissipando-se, deixe ver o azul.
Nuno Júdice, in "Meditação sobre Ruínas"
Tema(s): Mundo
quinta-feira, 16 de maio de 2013
APOIO ÀS ARTES ATRAVÉS DA DGARTES | Apoios Tripartidos | NOVO EPISÓDIO
Uma vez mais através dos Alerta Google ficou a saber-se que havia novidades quanto aos Apoios Tripartidos: Guimarães, 15 maio (Lusa) - A cooperativa Oficina acusou hoje a Direção Geral de Artes de "tentar denegrir" a sua imagem e de "incongruências" e "desconhecimento total" da realidade na avaliação para atribuição de subsídios através dos Acordos Tripartidos de apoios indiretos às Artes.
Em declarações à agência Lusa, o responsável daquela cooperativa de Guimarães, José Bastos, reagiu assim à nova decisão final da DGArtes, dada a conhecer na terça-feira, que mantém os valores atribuídos à Oficina, depois de esta ter interposto uma providência cautelar de protesto contra os valores da primeira decisão.
Confrontado com as acusações d' A Oficina, o diretor-geral da DGArtes, Samuel Rego, não quis comentar as acusações, assegurando que o trabalho de análise das candidaturas foi "rigoroso" e que são "bem salientados" os aspetos "positivos" da candidatura. ver aqui, na Visão . E lá fomos ao site da DGARTES ver o que se passava, e encontrámos o que pode ser visto na imagem seguinte que tinha sido disponbilizado a 14 de Maio:
Confrontado com as acusações d' A Oficina, o diretor-geral da DGArtes, Samuel Rego, não quis comentar as acusações, assegurando que o trabalho de análise das candidaturas foi "rigoroso" e que são "bem salientados" os aspetos "positivos" da candidatura. ver aqui, na Visão . E lá fomos ao site da DGARTES ver o que se passava, e encontrámos o que pode ser visto na imagem seguinte que tinha sido disponbilizado a 14 de Maio:
« APOIOS INDIRETOS ÀS ARTES - MODALIDADE DE ACORDOS TRIPARTIDOS 2013-2016 - RESULTADOS FINAIS
[14-5-2013]
A DGArtes anuncia a decisão final dos Apoios Indiretos - Acordos Tripartidos, que seleciona um total de 23 candidaturas, as quais incluem 40 entidades artísticas beneficiárias e o envolvimento direto de 35 autarquias, correspondendo a um investimento total de 4.550.000 euros para 2013.
Consulte aqui a decisão final.
Esta decisão final sucede a uma decisão inicial, divulgada a 15 de março de 2013, posteriormente revogada, processo que poderá consultar aqui.
Sublinhe-se que esta modalidade de apoio fomenta a criação de sinergias e a coesão institucional entre criadores e entidades, através da apresentação de propostas conjuntas entre uma ou várias autarquias locais e uma ou várias entidades artísticas». Está neste endereço.
Esta decisão final sucede a uma decisão inicial, divulgada a 15 de março de 2013, posteriormente revogada, processo que poderá consultar aqui.
Sublinhe-se que esta modalidade de apoio fomenta a criação de sinergias e a coesão institucional entre criadores e entidades, através da apresentação de propostas conjuntas entre uma ou várias autarquias locais e uma ou várias entidades artísticas». Está neste endereço.
Entretanto, há agentes culturais que perante este desenrolar dos acontecimentos não sabem como atuar e parece que não está a ser fácil obterem informação sobre aspectos muito particulares, nomeadamente em sede de reclamação. Por exemplo, as reclamações feitas, referenciadas à decisão final de 12 de Abril, são válidas para a decisão final de 14 de Maio? E como e quando é que os interessados foram notificados da Revogação de 22 de Abril ? No início desta semana havia agentes que nada sabiam sobre estes episódios do processo ... Enfim, parece que ainda faltam peças ao puzzle ! E estamos praticamente a meio do ano e ... a discutir como se contam prazos para reclamar e recorrer !
domingo, 12 de maio de 2013
A CHAVE PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
«The International Congress "Culture: Key to Sustainable Development" will be held in Hangzhou (China) from 15 May to 17 May 2013. This is the first International Congress specifically focusing on the linkages between culture and sustainable development organized by UNESCO since the Stockholm Conference in 1998. As such, the Congress will provide the very first global forum to discuss the role of culture in sustainable development in view of the post-2015 development framework, with participation of the global community and the major international stakeholders». +
sábado, 11 de maio de 2013
SOBRE O MUSEU DE ARTE POPULAR
"Governo aberto a propostas para criar projecto no Museu de Arte Popular até 2014 »
Sobre a declaração anterior, do Secretário de Estado da Cultura, Alexandre Pomar escreveu este post. Começa assim: «Projecto e conceito são duas palavras-mala (mot-valise*) onde cabe tudo, em especial o que é incerto e indefinido. No título acima é estranho o "criar projecto", que no caso parece ser afinal encerrar o projecto (o do Museu de Arte Popular, dizendo-se que a colecção passou lá para cima, para o feudo do Joaquim Pais de Brito), ou abater/extinguir o MAP. Se o SEC disse isto - “O destino do museu não será um projecto museológico”, disse Jorge Barreto Xavier, acrescentando que o acervo, cujo edifício tem uma classificação de interesse público, “está a salvo no Museu Nacional de Etnologia, devidamente qualificado e classificado” - disse mal e perigoso». Continue a ler.
quinta-feira, 9 de maio de 2013
A MÁQUINA NÃO PARA
Na área da Cultura, que está como sabemos na Presidência do Conselho de Ministros (e aproveita-se para voltar a dizer que não há Secretaria de Estado da Cultura), a «máquina», ou seja, o aparelho estatal, esse não para. As nomeações sucedem-se. Em regime de substituição, está visto ! E verifica-se que há pessoas muito polivalentes. Apropiadas a qualquer função. Com a legenda «a mudança de cadeiras continua» o que um leitor nos apontou:
Se quer saber mais é só consultar o Diário da República: neste endereço. Nomeadamente pode ver percursos profissionais. Tudo às claras, certamente tudo legal, ... Afinal de que é que nos estamos a queixar ? O quê, aquela coisa dos concursos para recrutamento das chefias? isso fica para depois... O que é que queriam que se fizesse? não pode haver vazio de poder!, e os concursos demoram tempo ... E muitos dirão: já não quero saber, não vale a pena dizer nada. Fazem o que querem. São sempre os mesmos. Por aqui não alinhamos nessa, no minimo vale a pena ter consciência do que se está a passar e alimentar memória futura. E, se pensarmos bem, não é pouca coisa. E, em particular, para mais tarde, ninguém poder dizer: eu não sabia! Portanto, caro leitor, obrigado, pelo seu alerta. Como diz o povo, o saber não ocupa lugar! Há coisas mais prioritárias? Há. Mas isso não invalida que se esteja atento a tudo! Como direito e como dever.
terça-feira, 7 de maio de 2013
A «HIPERCULTURA»
«Arte: Do local ao global, da espiritualidade ao lucro
No passado dia 13 de abril tive ocasião de almoçar com Gilles Lipovetsky, autor francês que leio de há trinta anos para cá (cf. A era do vazio) e me tem ajudado a compreender as profundas transformações epocais das últimas décadas, no respeitante à sociedade e à cultura.
Disto mesmo conversámos e à despedida ofereceu-me um exemplar da sua última obra (em colaboração), acabada de sair em França: L’esthétisation du monde. Vivre à l’âge du capitalisme artiste [A "estetização" do mundo. Viver na idade do capitalismo artista], Gallimard, 2013. Na dedicatória referiu: «Esta nova dimensão do mundo…». Como veremos, também podia ter escrito «O mundo como dimensão nova das coisas».
Falando num museu e sobre a arte no contexto atual, respigo algumas ideias do livro, que me parecem particularmente ajustadas à circunstância. Trata-se especialmente daquilo a que chama «o estádio estratégico e mercantil da estetização do mundo» (p. 26). Explica que a arte não se destina já nem à simbolização e propiciação da divindade, nem à fruição e representação dos príncipes e elites, nem aos âmbitos em que era criada só por ela ou para ela. Hoje aplica-se instrumentalmente a tudo, num quadro geral de investimento e lucro.
A esta absorção da arte pelo mercado chama “capitalismo artista”, definindo-o como «o sistema que produz em grande escala bens e serviços com finalidade comercial mas carregados com uma componente estético-emocional, que utiliza a criatividade artística para estimular o consumo mercantil e a diversão de massas» (p. 67). (...)». Continue aqui.
Bispo do Porto, vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa
Museu dos Terceiros, Ponte de Lima, 3.5.2013
In Diocese do Porto
06.05.13
Do mesmo autor, Gilles Lipovetsky, com Jean Serroy, recentemente editada em Portugal, A Cultura Mundo | Resposta a uma sociedade desorientada, que estou a terminar de ler, mas que há uns dias não falo de outra coisa. A sinopse: «A noção de cultura alterou-se profundamente. Nos nossos dias, moda, publicidade, turismo, arte, urbanismo… nada escapa ao domínio da cultura. Esta transformou-se numa cultura-mundo, a do tecnocapitalismo generalizado, das indústrias culturais, do consumismo à escala global, dos media e das redes digitais. Ao transcender agora todas as fronteiras, e tornando mais confusas as antigas dicotomias entre «civilização» das elites e a «barbárie» da populaça, ela manifesta uma vocação planetária e permeia todos os sectores de actividade. Ao analisarem esta transformação, os autores avançam pistas para um possível curso de acção que enfrente o primado, em crescimento, do consumismo e a desorientação generalizada desta época. E se os anos vindouros fossem, paradoxalmente, os da «vingança da cultura»? Entre muitas outros ensinamentos penso que contribui para se alicerçar a necessidade de se delimitar o que é a cultura e as artes do serviço público, e a outra. E penso que este é mesmo «o ponto» no nosso País, nos dias que correm. Ou seja, há que precisar de que «cultura e artes» trata o «Ministério da Cultura» aqui entendido como a estrutura que integra o Governo e o aparelho da Administração Pública que a serve. Em particular, compreende-se melhor porque nas novas gerações encontramos quem tenha tanta dificuldade em entender a necessidade deste serviço público. Pensando bem, nasceram e viveram já na «Cultura - Mundo» de que fala o autor, cultura essa que nos afoga.
TEMOS REGISTOS, FALTA O RESTO
Como se divulgou aqui, no Elitário Para Todos, O Secretàrio de Estado da Cultura foi ouvido na Comissão de Educação, Ciência e Cultura a 24 de Abril último. Como a comunicação social, que tenhamos dado por isso, não se referiu ao que lá se passou, para muitos é como se não tivesse acontecido. Mas o registo da audição já está disponível em modo áudio e video: veja aqui no fim da página. Se tiver tempo, ouça e veja, e depois faça-nos um resumo. Por estes lados só ouvimos durante 1 Hora, e não sabemos o que dizer ... Não será bem assim, parece que o SEC tem óculos progressivos com os quais ainda não está habituado, e aquela coisa da ACE - lembram-se ! que ia gerir o conjunto dos Teatros Nacionais - se bem ouvimos está sem efeito. Nunca se aderiu àquela proposta, mas as coisas não podiam ficar por isto mesmo, deviam ser explicadas as razões das coisas, de forma que toda a gente percebesse a mudança. Reconhece-se que aquilo não era apropriado? ou a razão é outra? E agora como está a situação, e qual vai ser a solução? Quanto aos apoios às artes: de um lado apontam-se anormalidades à situação, do outro descobrem-se feitos gloriosos. E ficamos nisto ! ... Nem sabemos se existe, mas se não é prática era capaz de ser útil introduzi-la: ao fim de cada audição a Comissão fazia uma sintese do que se passou, a evidenciar como é que o que foi ouvido (não podemos dizer debatido, dado o formato) vai ter impacto, desde logo, na actuação da Comissão, mas depois nos Grupos Parlamentrea e na intervenção de cada Deputado. E, razão de tudo, nas atividades que têm repercussão na vida dos cidadãos. Caso contrário, audiências para quê? sendo que a audiência nos parece ser um mecanismo nobre da democracia. Daí que devam ser valorizadas e não apenas as que são mediáticas. E isso é tarefa de todos nós. Pela nossa parte aqui fica a sugestão/ pedido: façam sinteses, que os cidadãos percebam. Estas coisas têm de ser escrutinaveis, o que está para lá do acesso a um registo video e a um registo audio, para o que a generalidade das pessoas não terá tempo para ouvir e ver na integra. E os registos,e é fundamental que existam, devem ser olhados apenas como o básico.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
TAMBÉM HÁ BOAS NOTÍCIAS
O Mariinsky Theatre (II) abriu hoje: «O resultado das obras de ampliação, que custaram ao Governo russo 550 milhões de euros, é esta noite mostrado ao público - Demorou dez anos a ser construído, depois de três concursos e algumas trocas de arquitectos. Não faltaram controvérsias, nem críticas. Não é por isso de estranhar que hoje, dia da inauguração do Teatro Mariinsky II, em São Petersburgo, as opiniões não sejam consensuais. Mas uma coisa é certa: a ampliação do Mariinsky vai torná-lo num maiores centros de artes performativas do mundo. E isso merece ser celebrado com toda a pompa e circunstância pelo Presidente russo, Vladimir Putin, que esta noite dá as boas-vindas aos primeiros convidados». Continue a ler no Sapo.
E há outra boa notícia. Acabadinho de acontecer: Benfica venceu o Fenerbahçe e vai discutir a final da Liga Europa com o Chelsea. Águias voltam a uma final europeia 23 anos depois. +. E Luisão no final do jogo: Sabemos que o país, os adeptos, que trabalham, vivem a tristeza no dia-a-dia com a crise, e para eles a felicidade é vir ao jogo e ver o que o Benfica fez hoje. Isso significa muito para nós. Por isso, festejamos no balneário, ... +. Claro que a felicidade não esta num jogo de futebol, mesmo para quem gosta de futebol, mas percebemos o que Luisão quis dizer...
quarta-feira, 1 de maio de 2013
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