sábado, 30 de agosto de 2014

TEATRO DA POLITÉCNICA (esse, o dos Artistas Unidos) | Novidades



 
Ao visitar o site da Universidade de Lisboa para ver qual a sua missão na esfera da cultura, logo na homepage a notícia da imagem que nos leva à Abertura de «novo procedimento para a cessão de exploração do Teatro da Politécnica». (Não devo ter procurado bem mas não encontrei a justificação deste acontecimento). Aqui estão as novas coordenadas:

«Por despacho do Reitor da Universidade de Lisboa de 19 de agosto de 2014, encontra-se aberto novo procedimento para a cessão de exploração do Teatro da Politécnica. Os interessados deverão submeter a sua candidatura, nos termos indicados no programa do concurso e no caderno de encargos, para cp_exploracao_teatropolit@reitoria.ulisboa.pt, a partir do dia 21 de agosto até às 23h59 do dia 20 de setembro de 2014.

E não encontrei o que procurava. E também não o detetei na documentação relativa ao «novo procedimento».  Que desalento! Mas não vou desistir de saber.

ENTREVISTA | Rui Mourão | «É preciso trazer a arte e a política para as mãos das pessoas»




Recorte da entrevista de Rui Mourão ao jornal i  de 27 Agosto 2014


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

LUÍS OSÓRIO | «A cultura portuguesa é uma fogueira pronta a atear»

 
 
Artigo de Opinião, de 27 de Agosto 2014, de Luís Osório, disponível no SOL online: A cultura portuguesa é uma fogueira pronta a atear. É a propósito do caso ARTISTAS UNIDOS | UNIVERSIDADE DE LISBOA.
Depois de lido, ocorreu-me uma vez mais: a Universidade pagará alguma coisa à Companhia pelo serviço  que esta também lhe presta? Do artigo, como pode conferir:

«(...)
Não me parece que as companhias de teatro e a generalidade dos artistas (inúteis dos tempos modernos) devam ter um estatuto fora da lei. Como todos os outros devem contribuir para o Estado e honrar os compromissos que celebram. É vital que o façam. Porém, o Estado deve encontrar soluções que salvaguardem projectos cujo interesse seja considerado prioritário para a cultura e identidade nacional. Se o Estado não assegura essa regulação, os países vão-se esvaziando de alma, tornam-se um mero exercício contabilístico, definham. Todas as civilizações que morreram, todos os países que entraram em decadência, venderam a sua cultura nas lojas de penhores onde pensaram salvar os dedos, é um facto.
A dívida dos Artistas Unidos é um paradigma. Como o é o desinvestimento nos cientistas ou o que se passa nas escolas. Quem faz e imagina os programas, por exemplo o de Português, imagina o que o seu tempo lhe pede. Por isso a nossa língua transformou-se nos liceus num exercício burocrático, um inferno gramatical, uma ditadura que mata a capacidade de imaginar. Viajar pela língua deveria ser um exercício de liberdade, uma regata de alma e identidade e não uma colher diária de óleo de fígado de bacalhau. As regras devem ser conhecidas com a procura dos livros e autores, com a história da literatura e a história da História. Mas infelizmente tudo isso vem depois, quando tantos já se perderam. Um equívoco. (...)».
 
 

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O CASO RIVOLI CONTINUA



Jornal de Notícias - 24 Agosto 2014

Mais uma peça para o «Processo RIVOLI». Mais um elemento para se reflectir a REDE DE TEATROS que não temos.  Talvez ver posts anteriores relativos ao caso RIVOLI, por exemplo, via  Credo, Cruzes ...Companhia Residente, Nem Pensar ! Sobre esta matéria há mais trabalhos que facilmente se encontram na internet, como este  na sapo. 

domingo, 17 de agosto de 2014

«Stratford Festival»




Para quem não conhece: STRATFORD FESTIVAL - Canada.  O Festival:

«With William Shakespeare as its foundation, the Stratford Festival aims to set the standard for classical theatre in North America. Embracing our heritage of tradition and innovation, we seek to bring classical and contemporary theatre alive for an increasingly diverse audience.

For more than half a century, our mission has evolved to address the ever-changing, ever-challenging Canadian cultural landscape. What has remained constant, however, is our determination to create stimulating, thought-provoking productions of Shakespeare’s plays, to examine other plays from the classical repertoire, and to foster and support the development of Canadian theatre practitioners.

By searching Canada and the world for the finest talent, and by providing the conditions and training that enable those artists to achieve their most courageous work, we will immerse our audiences in a theatregoing experience that is not only innovative, entertaining and unsurpassed anywhere in the world, but also deeply relevant to, and reflective of, their lives and communities».


Em particular Education & Training: «Each summer we play host to hundreds of students in elementary school through to university from all over the world. Students completing Grades 5 through 12 can attend the Shakespeare School, and undergraduates can take credit courses offered by a consortium of four universities. All students may find insights into our playbill, productions and people in Stratford for Students».








quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Credo, Cruzes ...Companhia Residente, Nem Pensar !



A notícia da imagem, do jornal Público, é de 31 de Julho, e está disponível online. Há ali algo que nos reconforta: a energia que parece residir naquele condomínio (mas que não nos chega tão aberto como é mencionado pelo Vereador da Cultura, tal como acontece nos privados entra  a quem  for aberta a porta, e dá ideia que a decisão é pontual), e as pessoas sabem do que estão a falar, e têm ponto de vista, e competência necessária aos lugares. Para já, uma parte da legitimidade decorre do voto - embora nas campanhas eleitorais nem sempre se diga no concreto ao que se vai -  e profissionalmente, como se costuma  dizer, têm curriculo. À partida, tudo certo!  Necessariamente, vamos torcer para que o PROJETO (qualquer que seja, verdadeiramente ainda não sabemos qual é) tenha bons resultados. Desejamos que tenha identiddade, mesmo marca de autor - é assim que vemos um teatro em que os Diretores não são eternos. (Já agora poderão ser reconduzidos quantas vezes ?). Guardámos o recorte porque, e atendendo às pessoas envolvidas,  nos parece útil para a discussão que está por fazer sobre a figura dos Teatros que cobrem o nosso País. Costariamos  de ter escrito a REDE DE TEATROS que atravessa o País, mas não podemos porque ela nunca foi criada. Esses teatros como nos lembraremos, na generalidade, cumulativamente, tiveram financiamento central, municipal, e comunitário. Faz sentido lembrar o post  JORGE SILVA MELO | O comentário que é um programa, donde, por exemplo:
«"a questão central é a de saber quem manda nas infra- estruturas construídas com dinheiro do Estado" e defende que estas não podem ser "anunciadas por ministros e secretários de Estado para depois serem entregues às autarquias como se fossem salões de festas"».
Voltemos à conferência,  foi muito estimulante, leva-nos a esperar pelos próximos episódios, e contém elementos que apetece debater. E não demorou muito,  cá temos novo capitulo, uma entrevista do  Director (Artístico) escolhido ( juridicamente qual será a figura contratual?) ao jornal Público no dia 10 de Agosto:   




Algumas passagens:

«A inexistência de uma política cultural fez com que muita actividade subterrânea, auto-criada, nascesse no Porto – agora passa a existir mais um parceiro que pode dar visibilidade e melhores condições de produção a essa actividade, até porque o Teatro Municipal do Porto será acima de tudo um teatro de co-produção, interessado em dar um apoio eficaz na construção dos espectáculos. Foram anos e anos sem diálogo – sem sequer conseguir chegar a um sítio para falar com alguém. Muro atrás de muro atrás de muro. Isso criou muita resistência – vendo de fora, e de forma muito fria, percebo a polémica. Ainda para mais tendo em conta que houve um engajamento tão grande dos artistas na defesa do Rivoli em 2006, quando se decidiu entregar a privados um teatro municipal, coisa raramente vista mas que também é a história deste sítio – uma história que cria muito mais expectativas porque efectivamente é passar do 8 ao 80».
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No Campo Alegre, pelo contrário, há uma equipa formada que até funciona bem e uma programação cíclica – com as Quintas de Leitura, os projectos do serviço educativo, as sessões e os ciclos de cinema da Medeia... Estamos a fundir as equipas dos dois teatros para montar um organigrama e verificar as lacunas que é preciso colmatar. Há departamentos essenciais que não existem, como o de comunicação, que vamos passar a ter em Setembro. Quero puxar para o projecto pessoas que venham incutir uma nova energia em áreas muito específicas: na produção, na comunicação, na mediação de públicos, será preciso montar uma equipa.
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«Mas a abertura do Teatro Municipal do Porto será muito boa para o S. João, porque vai permitir-lhe reorganizar-se na sua missão: tem sido o bombeiro de serviço e o Rivoli vai libertá-lo de uma carga muito grande no trabalho com as estruturas da cidade».
 
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«A Seiva Trupe foi despejada do Teatro do Campo Alegre, que também construiu, há menos de um ano. Vai falar com a companhia?
Uma das grandes vantagens de eu não ser do Porto é ter um ponto de vista global – sou isento, não faço parte deste grupo ou daquele. Vou fazer reuniões sectoriais com todas as companhias e com todos os artistas para auscultar as expectativas e os projectos que têm para 2015; a Seiva Trupe será convidada para a reunião sectorial do teatro, caso contrário estaria a discriminar. É uma companhia histórica da cidade mas há outras que não tiveram nem de longe nem de perto as condições que a Seiva Trupe teve durante todos estes anos, e num regime muito pouco aberto a outras estruturas da cidade. Não me parece que a minha posição possa ser a de dar outra vez prioridade a essa relação».
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Já sabe quanto dinheiro vai ter para programar?Não. Há uma verba para o Teatro Municipal do Porto inscrita no orçamento que vai ser discutido em Outubro e aprovado em Novembro. Estou a trabalhar no pressuposto de que tudo vai correr bem; se não, farei algumas pequenas adaptações.


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De facto, conferência de imprensa e entrevista poderiam ser o mote para reflexão, em retiro, para imersão total, sobre a Cultura e as Artes no nosso País. A nosso ver, têm futuro, mas emerge um passado e um presente que dão pressupostos para a ação no minimo discutíveis, senão impeditivos de muito do que os protagonistas ambicionam, e nós com eles. Necessariamente, aquele «PROJETO» é uma opção. Mas haveria outras? Certamente. A titulo de ilustração, e num olhar meramente de gestão,  bastava que diferente fosse a assunção em torno de ideias como as seguintes:
 
- Desde logo, não se por «fora de questão» a existência de uma companhia residente. Porquê esta alergia ! Há bons exemplos que mostram que é uma boa opção. E fazem tudo o que se pretende fazer na situação aqui em causa: acolhimento, co-produções, festivais, e produções próprias, workshops, residências ... Pois é, a questão estará nas produções próprias. E cobrem todas as «artes  do corpo» e as outras. E se calhar é a melhor forma de se manter em boas condições o Teatro enquanto equipamento. Quem sabe andou por aqui o facto de  termos o Teatro do Campo Alegre nas boas condições reconhecidas pelo novo diretor.

- Nada a fazer, também na cultura e nas artes, fora com os velhos ! Que nos perdoem, mas é a primeira leitura de «É uma companhia histórica da cidade mas há outras que não tiveram nem de longe nem de perto as condições que a Seiva Trupe teve durante todos estes anos». Não nos parece que esta frase faça justiça à Companhia. Que coisa mais descontextualizada ...

- Ainda que mal perguntemos, o que é que o TNSJ vai fazer de diferente ! O que parece é que dada a crise financeira que atravessa o sector - mesmo que igual ao resto é mais significativa dada a sua fragilidade - eventualmente os recursos disponíveis não darão para todas esta atividade assente em co-produções. E neste ambiente  como é que sobrevirá a identidade do Projeto de cada agente cultural?

Bom, fiquemos por aqui, mas as curiosidades não se esgotaram. De repente, além do que já se foi mencionando ao longo do texto: retomemos, se este é o Diretor Artístico, quem é o «Diretor» ?  Ainda fomos ao site da CMP mas não conseguimos perceber; e desde quando é que um Conselho Consultivo cria entropias? Por definição aconselha, não intervem na ação quotidiana ... . Qual a (inter)dependência do Projecto Cultural do Porto  do Projeto Cultural do País? em particular, do sistema de apoios às artes pela Administração Central. E, ainda, por agora, lemos e voltámos a ler e, bem vistas as coisas, o que não conseguimos atingir é o conceito de SERVIÇO PÚBLICO  que orienta toda esta movimentação cultural. Até ao momento, o máximo que conseguimos ver é um SOMATÓRIO de iniciativas desejadas ... Mas como muito se diz pelo Norte, ainda a procissão vai no adro. A rematar,uma vez mais, desejar BOM TRABALHO, o que de bom acontecer no Porto é bom para o País. Aliás, a sua dimensão nacional e internacional, para além da municipal, será um elemento de avaliação inevitável para um projecto que se planeia cosmopolita. Até breve ...

 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

EM DEFESA DOS ARTISTAS UNIDOS | Luís Miguel Cintra


no Jornal Público de 13 AGOSTO 2014

EM DEFESA DOS ARTISTAS UNIDOS | Carta Aberta




Exmo. Sr. Reitor da Universidade de Lisboa Professor Doutor António Cruz Serra,
Foi com muita apreensão que soubemos que a Universidade de Lisboa dá por terminado o contrato que permitiu a actividade dos Artistas Unidos no Teatro da Politécnica, pondo fim a um percurso de três anos em que a companhia transformou um espaço abandonado numa das referências culturais da cidade. Essa revelação é particularmente inesperada por recordarmos que as longas negociações para a cedência deste espaço pela Universidade de Lisboa foram então minuciosamente acompanhadas pelo Ministério da Cultura, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pela Câmara Municipal de Lisboa que apostaram no Teatro da Politécnica para este fim específico, acreditando num projecto cujas expectativas nos parecem ter sido até excedidas pela companhia.
Estranhamos que o argumento para a cessação do contrato seja o atraso nos pagamentos do valor de arrendamento - aliás muito elevado comparativamente a casos similares. Para além da desconsideração pelo investimento financeiro que os Artistas Unidos fizeram, muito superior aos valores em atraso e que inclui não só obras de reabilitação mas também diversas obras de reparação, não compreendemos como, desde Junho de 2013, não foi possível chegar a um compromisso quanto ao plano de pagamentos com que os Artistas Unidos pretendem liquidar os valores em falta. Acresce a isto o conhecimento atempado que a Universidade de Lisboa teve do motivo pelo qual surgiram dificuldades: os avultados cortes imprevistos no financiamento por parte da Direcção-Geral das Artes, que é agora cerca de metade do que era aquando da assinatura do contrato, e cujo valor inicial serviu de referência à fixação da renda. Compreenderíamos talvez esta postura se para a Universidade de Lisboa, no difícil quadro económico em que vivemos, os valores em causa fossem elevados - mas claramente não é o caso.
Não deixa de causar perplexidade que o concurso que a Universidade de Lisboa tenciona abrir em breve para a concessão do Teatro da Politécnica, com o qual diz defender o interesse público, tenha como único critério de decisão o valor de renda proposto pelos concorrentes, sem que o projecto ou o historial seja tido em conta, apesar de o espaço ser destinado a actividade teatral.
Nós, espectadores, artistas, produtores, programadores ou simplesmente cidadãos que reconhecem na cultura uma dimensão maior da nossa vida em sociedade, sentimo-nos ameaçados por mais uma terrível perda num tempo de destruição da cultura nacional. Nesse sentido, seria importante que Universidade de Lisboa tratasse a companhia como um verdadeiro parceiro, não desistindo tão facilmente de um espaço de cultura e de cidadania, não limitando as actividades, que vão muito para além da produção teatral própria dos Artistas Unidos, e evitando a asfixia de um projecto com múltiplas valências que o tornam indispensável na cultura portuguesa.
Não é demasiado tarde e é esse ponto que sublinhamos e de que partimos para um apelo lógico: que se dê uma oportunidade a um compromisso de onde todos - universidade, companhia e cidadãos - podem sair vencedores; que se faça da renovação do contrato com os Artistas Unidos uma prioridade, para que se mantenha o Teatro da Politécnica como o imprescindível espaço de cultura que se tornou, onde criação, divulgação e formação coexistem, cumprindo uma luta que se espera ser também a de uma instituição universitária. Que não se desfaça por tão pouco o que tão exemplarmente se construiu.

Américo Rodrigues; Ana Amaral; Ana Vieira; Augusto M. Seabra; Bruno Béu; Cláudia Gaiolas; Cláudia Galhós; Custódia Gallego; Daniel Blaufuks; Edgar Pêra; Eduardo Pitta; Elmano Sancho; Francisco Frazão; Gastão Cruz; Hélia Correia; Isabel Castelão Rodrigues; Jacinto Lucas Pires; Jaime Rocha; Joana Manuel; João Barrento; João Costa Dias; João Salaviza; João Tabarra; John Romão; Jorge Louraço; José Luís Ferreira; Lia Gama; Luís Miguel Oliveira; Olga Roriz; Magda Bizarro; Manuel Graça Dias; Manuel Gusmão; Marco Roque Antunes; Maria Filomena Molder; Maria Schiappa; Miguel Castro Caldas; Miguel Loureiro; Mónica Calle; Mónica Talina; Olga Roriz; Pedro Borges; Pedro Gil; Pedro Jordão; Pedro Zegre Penim; Renata Portas; Ricardo Neves-Neves; Rui Catalão; Samuel Rama; Sérgio Godinho; Tiago Mota Saraiva; Tiago Rodrigues; Vasco Pimentel; Victor Gonçalves

terça-feira, 12 de agosto de 2014

ASSIM VAI A CULTURA | Artistas Unidos em risco de ficar sem espaço



Ler a notícia aqui, da qual os excertos que se seguem (sublinhados nossos):

«(...)
Já em 2012, um ano depois de os Artistas Unidos se terem estabelecido no Teatro da Politécnica, a Universidade de Lisboa tinha ameaçado pôr termo ao contrato com a companhia de teatro por esta não cumprir as contrapartidas financeiras pela cedência do espaço na antiga Cantina da Politécnica de Lisboa. A renda anual é de 40 mil euros e os Artistas Unidos devem já 68 mil euros, diz o reitor ao PÚBLICO. Um problema que, segundo António Cruz Serra, se arrasta exactamente desde 2012 e sem nenhuma resolução à vista. A companhia, por seu lado, alega não ter condições para pagar estes valores, depois de a Direcção-Geral das Artes (DGArtes) ter diminuído os apoios financeiros. E lembra ainda o investimento que fez no espaço, como algumas obras para ali desenvolver o seu trabalho. (...).
A Secretaria de Estado da Cultura (SEC)  [não há Secretaria de Estado da Cultura, lembramos uma vez mais ] destaca ainda ao PÚBLICO que, “no contexto das limitações que se colocaram a Portugal no pós-crise económica e financeira de 2008, também o Orçamento do Estado na área da cultura foi afectado”. Os Artistas Unidos não ficaram imunes aos cortes, mas, desde 2009, diz a SEC, a companhia recebeu da DGArtes “o montante total de apoio" de 2.265.982 euros, "numa média anual de 453.196 euros”. “O Estado continua a garantir o apoio directo à actividade artística de carácter profissional, tendo os Artistas Unidos um apoio quadrienal (2013-2016) de 998.400 mil euros, correspondendo o ano de 2014 a um montante de 249.600 mil euros.” (...)». E estas contas significarão  o quê para o problema em presença? Apetece dizer que um pouco de pudor não ficará mal a ninguém !



sábado, 9 de agosto de 2014

«Understanding the value and impacts of cultural experiences»

 
 
«Today we publish Understanding the value and impacts of cultural experiences, an international literature review conducted for the Arts Council by WolfBrown.
This review helps us understand how others have asked or considered the question ‘what value do personal experiences of art and culture have for people?’ in the past, and to contribute towards our knowledge in this area.
The focus for the report was on academically-robust research and influential policy papers from the past twenty years. It provides a good overview of the commonly known frameworks and methodological approaches that have been used to investigate how individuals are affected by their experience of arts and culture. It also addresses value and quality from an organisational perspective: what do organisations that engage people in impactful experiences look like? How can the ‘quality’ of cultural organisations as a whole be assessed?». Continue a ler.
 
 

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

ASSIM VAI A CULTURA | «Portugal ainda não tem representação oficial para Veneza»



«A nove meses da inauguração da 56.ª edição da Bienal Internacional de Artes de Veneza a Direcção-Geral das Artes (DGA) não tem ainda definidos o comissariado nem o artista que fará a representação oficial portuguesa.
Depois do atraso histórico no anúncio de João Maria Gusmão e Pedro Paiva para a edição de 2009 e do polémico processo de escolha de Joana Vasconcelos para a de 2013, em 2015 volta a estar em causa o tempo de preparação para a mais antiga e importante bienal de artes plásticas do mundo.
Por email, anteontem à tarde, o director-geral das Artes, Samuel Rego, limitou-se a confirmar a inexistência de quaisquer escolhas até agora. Acrescentando como comentário único: “No tempo oportuno, a Direcção-Geral das Artes dará a conhecer o comissário da representação oficial portuguesa.” Na mesma altura, o PÚBLICO pediu declarações ao gabinete do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier. Até à hora de fecho desta edição, este não deu qualquer resposta.

Foi precisamente com Barreto Xavier à frente da DGA que se deu o maior atraso de sempre no anúncio para a representação oficial portuguesa. Só em Janeiro de 2009, já a menos de seis meses da inauguração de Veneza, Barreto Xavier anunciou a escolha daqueles que viriam a ser os mais jovens representantes portugueses de sempre na bienal, a dupla constituída por João Maria Gusmão, então com 29 anos, e Pedro Paiva, então com 31. Antes desse anúncio, e durante longos meses de especulação e controvérsia, estivera na mesa o nome do cineasta Pedro Costa, com quem as negociações acabaram por cair por terra. Simultaneamente, começara a correr o nome de Joana Vasconcelos, que viria a ser a escolha de 2011. (...)». Continue a ler no Público online.

Nada a fazer, esta forma de actuação está no ADN da Governação para a Cultura ...   



quarta-feira, 6 de agosto de 2014

BES | Parece que não foi por falta de aviso ...


«Em 2013, o PCP avisou o Banco de Portugal sobre Ricardo Salgado Espírito Santo»


NOVOS DIRIGENTES DGARTES | Novo capitulo da telenovela segundo Fonte do Gabinete do SEC não Identificada







Ver posts anteriores sobre este folhetim a partir deste: ASSIM VAI A CULTURA | Assim vai a Direcção Geral das Artes (DGARTES) . Agora parece que está tudo «a banhos»,  mas depois este «processo» tem de ser esclarecido. Os cidadãos merecem respeito.  

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P.S.  - Não há Secretaria de Estado da Cultura. Há uma área CULTURA na Presidência do Conselho de Ministros.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

ASSIM VAI A CULTURA | Assim vai a Direcção Geral das Artes (DGARTES)







Dos posts anteriores direta ou indiretamente relacionados com mais este capitulo desta «telenovela»: 




A vida cultural na pesrpectiva institucional está reduzida a isto ! Nada a fazer, senão denunciar o fim de ciclo e começar de novo:  já, para que os estragos não se avolumem. Não é só nos  bancos que o fenómeno acontece. 


domingo, 3 de agosto de 2014

JORGE SOARES | Uma ausência de regras | O «Gaudi da Boavista»









 «(...)
 Alguns artistas são únicos, outros não (são artistas de série, são licenciados ou doutores em arte, foram ou pareceram únicos apenas por algum tempo, em regra nos 1ºs anos de aparição pública, ou participam de estilos colectivos, ilustram uma "escola"). Os artistas únicos são em geral inclassificáveis, ou são maiores que as classificações que lhes atribuem, ou atravessam diversas classificações.
No caso único de Jorge Soares todas as classificações são inapropriadas ou redutoras. Dizê-lo um artista popular e autodidacta é correcto mas também é demasiado pouco, e marginal seria uma péssima tradução de "hors-normes" (aliás, a recusa das normas anteriormente válidas tornou-se uma norma moderna). Popular não deverá ter o sentido anglo-americano de Folk art, que quase sempre se refere tempos e usos pré-industriais - e outras línguas usam o popular (arte popular) como uma marca associada a artesanal, colectivo, primitivo e quase sempre anónimo, ou sem autoria individualizada. Chamar-lhe artista "outsider" deixa pairar a proximidade com a arte "brut" e logo uma contiguidade com as formas asilares ou psiquiatrizadas que é no caso totalmente desajustada. A linhagem naïf, excepto em casos de grande isolamento, já não se prolonga num universo social em que a informação se partilha rapidamente. Artista singular não tem em português o conteúdo significativo que se reconheceu aos "singuliers de l'art" - título da exp. pioneira do Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris (Arc 2) em 1978. (...)».
Leia na integra no Blogue de Alexandre Pomar.