Leia na integra aqui |
Um excerto:
«(...)A questão de fundo, que fundamenta a existência de um espaço autónomo e livre de tutelas, com existência própria, gerado pelo avanço da democacia como sistema cultural independente - aparelhos de criação, produção e circulação, divulgação-, relativo às expressões que se formam linguagens e se expandem por vontade artística - individual ou colectiva -, que se socializam ou se marginalizam porque formas da criação profissional artística- não domadas previamente pelo sistema de um emissor receptor regulado e que confirma expectativas e regula os modos do desejo salivar como o caozinho do outro - de associar disciplinas em modos vários de reconstrução artística do real, de pulsão sensível de dizer o labor sensível como experimentação formal, fora de classificação normativa, é a de que a organização social actual, esta democracia liberal parlamentarizada, não lhe encontra lugar - ela que tudo institucionaliza doentiamente, controleiramente, digitalmente, plataformadamente, financeiramente, rejeita as artes da presença simultânea numa dimensão que seja de escala democrática - enquanto gesto necessariamente desfasado, anacrónico, crítico, dentro e fora do sistema, já que o sistema só admite o que não o põe em causa como todo. (...)».
Sem comentários:
Enviar um comentário