sábado, 30 de abril de 2022

«O JOVEM CUNHAL» | no «Indie Lisboa 2022» | 1 MAIO 21:30 | CINEMA SÃO JORGE

 

Sinopse

“Um filho adoptivo do proletariado”, disse de si mesmo Alvaro Cunhal. E disse bem. Filho de mãe austera, muito católica e conservadora de quem herdou o caracter e de um pai advogado, progressista, com ideias socialistas, “um homem bom” de quem herdou as convicções, muito cedo procurou o comunismo, muito cedo o encontrou. Os seus heróis? Um colectivo, a grandiosa revolução russa que fez tremer e mudar o mundo. Outro individual, o generoso e grande dirigente comunista Bento Gonçalves.
“Em nenhum outro politico português se condensa melhor a história do Portugal que recusava Salazar” escreveu José Pacheco Pereira. Em nenhum outro português nos terríveis tempos do século XX se encontra um homem com tanta coragem para defender aquilo que acredita, digo eu. Coragem é a palavra justa para definir o jovem Cunhal que aos vinte anos já era um homem. E tantos anos na clandestinidade e tantos anos na prisão! Isolado, espancado e torturado nunca disse nada, nunca cedeu. Escreveu textos notáveis. Leiam, ou melhor ouçam “a superioridade moral dos comunistas”, “se fores preso camarada” ou a tese de formatura que, sob prisão, foi defender perante um júri fascista, “o direito ao aborto das mulheres trabalhadoras”. E excertos dos seus vários livros, romances e contos escritos sob pseudónimo Manuel Tiago, muitas vezes auto-biográficos. E dizer também, que em tempos mais calmos, o jovem Cunhal foi o teórico, formador e agitador do movimento neo-realista. Encontrar o modo certo de filmar o percurso de um jovem complexo e corajoso foi tão difícil como fascinante. Para mim não há documentários nem ficções, há cinema. E o cinema pode nestes tempos de perigos e ameaças ajudar as pessoas a serem mais corajosas e mais humanas. João Botelho

 

 

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1.º MAIO 2022

 

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quinta-feira, 28 de abril de 2022

O MINISTRO DA CULTURA NA SIC NOTÍCIAS | «disse estar disponível para dialogar» | O QUE NOS LEVOU A PENSAR NO QUE SE PASSA NA CASA DA MÚSICA

 

 

No Jornal da Meia-Noite de ontem a que se refere a imagem vimos e ouvimos o Senhor Ministro da que Cultura numa postura que provavelmente vai ser a sua marca: a de «educador». Brinda-nos com mais uma «lição». Nada contra, mas ... Afirmou que vai estar aberto ao diálogo - e podia dizer outra coisa? Mas pensando melhor: estará a querer dizer que não tem havido diálogo? E disse que para isso tem de haver Interlocutores. Ah, como se está de acordo!  E não percebemos muito bem  o que adiantou sobre a curta experiência (comparando com outros setores) no que se refere às «medidas de política» para o sector ... Parece óbvio que o Senhor Ministro não saberá que houve tempos em que o Ministério da Cultura/Secretaria de Estado da Cultura foi mostrado como exemplo no que diz respeito à formulação da intervenção da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.  Estará a querer dizer que o Ministério da Cultura está escangalhado? Bom, esperamos que no Ministério da Cultura neste novo ciclo de governação se sigam os conceitos e a terminologia que se aprendem na generalidade das Escolas de Gestão e, em particular, na esfera da GESTÃO PÚBLICA. E se cumpra a Lei do Enquadramento Orçamental - aquela coisa da orçamentação por programas é particularmente adequada ao Setor da Cultura. E há passado no Ministério, mas não há memória organizada, Senhor Ministro ... Aliás que aqui se siga o que  parece ser defendido pelo atual Ministro: não começar do Zero. Mas para lá do discurso há que meter «a mão na massa» ... E ainda não vimos nada. Pronto, está bem, o Ministro começou a gora, mas ...  

Aquela referência à necessidade de INTERLOCUTORES levou-nos a pensar no que se passa, nomeadamente,  na CASA DA MÚSICA e a que se refere o post anterior. Do que escreve o CENA.STE  - um INTERLOCUTOR, senhor Ministro da Cultura:

«Os trabalhadores da Casa da Música têm procurado, com insistência, discutir e resolver as suas reivindicações junto do Conselho de Administração da Fundação Casa da Música. Este recusa repetidamente o diálogo e acrescentou aos problemas já existentes um plano de alterações salariais nada transparente e claramente discriminatório, resultante de um processo de avaliação opaco, sem critérios conhecidos e pré-definidos, de que se conhece apenas uma vaga referência ao "mérito". Enfim, uma precária noção de gestão de recursos humanos. 
Após recorrerem ao Conselho de Fundadores da Casa da Música - onde tem assento o Ministério da Cultura e a Câmara Municipal do Porto - através do comunicado em anexo, onde se expõe os sucessivos erros da administração, e não obterem da parte deste Conselho qualquer resposta, os trabalhadores reuniram em plenário na sexta-feira, 8 de Abril, e decidiram avançar para todas as formas de luta ao seu alcance.
 Por trabalho com direitos, e em defesa do projecto da Casa da Música».
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«O actual Conselho de Administração apresentou-se aos trabalhadores em Julho de 2021, na Sala Suggia, e a Administradora-Delegada manifestou-se então disponível para receber e ouvir todos aqueles que quisessem ser ouvidos. Afirmou-o mas não o cumpre: são já muitos os trabalhadores que a ela recorrem e pedem para serem recebidos, sem obterem sequer uma resposta. A Administradora-Delegada continua sem conhecer as equipas e sem as ouvir, logo sem conhecer verdadeiramente a Casa da Música nem resolver os seus problemas.
De facto, na única reunião realizada entre a Direcção do Sindicato e o Conselho de Administração, o Presidente do Conselho disse muito claramente que considerava serem apenas as chefias que representavam os interesses dos trabalhadores. Não será necessário dizer o quão inaceitável é tal concepção distorcida das relações laborais. Mas é exactamente isto que tem ocorrido, e os efeitos, como em tempo útil alertámos, seriam e foram desastrosos. (...)». Saiba mais.

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E é claro que não colhe vir a dizer-se que a Casa da Música tem a sua autonomia e que o Ministro não se mete nisso ... Ou seja, Senhor Ministro da Cultura, é preciso passar-se da «lição» aos actos ... 


 

«Carta dos Trabalhadores da Casa da Música aos Membros do Conselho de Fundadores»

 

 

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postsPASSADOS |É DE MARÇO DE 2011|«Mais uma audição parlamentar à Ministra da Cultura»

 

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De vez em quando é capaz de ser útil olhar para o que aconteceu lá longe. Assim, criámos aqui no Elitário Para  Todos a «secção» postsPASSADOS em jeito de memória. E como estamos em maré de IDAS AO PARLAMENTO dos Governantes este «MAIS UMA AUDIÇÃO PARLAMENTAR À MINISTRA DA CULTURA» de março de 2011 tem a sua oportunidade ...  

 

 

 

quarta-feira, 27 de abril de 2022

NO TEATRO MUNICIPAL JOAQUIM BENITE | ESTREIA | «O Misantropo» | 29 ABR 2022

 

O MISANTROPO

Texto de Martin Crimp a partir de Molière | encenação de Nuno Carinhas

COMPANHIA DE TEATRO DE ALMADA

«Crimp tratou Molière como Molière tratou Plauto: apropriou-se do tema central e intemporal da história e redistribuiu os papéis com inteligência e respeito. O resultado é, e a um tempo, uma nova versão da peça de Molière e uma homenagem a esta. A escrita é fresca, incisiva e ferozmente divertida… Uma arrebatadora e sofisticada versão moderna de uma peça clássica.» (The Sunday Times)

Alceste abomina a hipocrisia a as calculadas e caluniosas piadas dos tagarelas. Depois de atacar contundentemente Covington – um crítico de teatro que pensa que consegue escrever peças de teatro –, Alceste decide visar Jennifer (novo nome de Célimène), a mulher que ama. Mas e se a sua determinação em dizer a verdade se demonstrasse mais destrutiva do que o instinto para a evitar? A mais famosa comédia de Molière (1622-1673), O misantropo (1666, originalmente interpretada pelo próprio Molière), com o seu intenso conflito entre a conformidade e a inconformidade, é actualizada com arte nesta cáustica versão contemporânea. Estreada no Young Vic Theater, em Londres, em 1996, e depois apresentada em Nova Iorque em 1999 com Uma Thurman no papel da mulher de Alceste, questiona com acutilância a relevância do teatro numa era pós-industrial marcada por uma generalizada decadência dos melhores valores humanos e por um vigoroso individualismo. (...)». Continue a ler.

 


IndieLisboa 2022

 

 

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sábado, 23 de abril de 2022

«A liberdade passa por aqui!»

 

 

 

«JORNADAS DE CULTURA POPULAR» 2022| 23 abril a 8 maio

 

O Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC) organiza, desde 1979, as Jornadas de Cultura Popular. Trata-se de uma iniciativa que decorre bienalmente, celebrando-se no presente ano a sua XVIII edição, com o tema "FESTA: Ritos e Gentes", e que terá lugar decorrerá entre 23 de abril e 8 de maio.

O programa da iniciativa vai ser composto por diversas atividades, desde conferências, conversas, sessões de cinema, espetáculos, jogos tradicionais, entre outros.

Sobre as conversas, a primeira será sobre a repressão da festa durante a ditadura no âmbito das Comemorações do 25 de Abril do Ateneu de Coimbra e a segunda interliga Portugal, a Galiza e o nordeste do Brasil, procurando a festa e a cultura popular como pontos de encontro destas três regiões.

Os espectadores serão convidados a assistir em palco a três distintas expressões de Festa através dos espetáculos: “Como faz a Primavera”, uma estreia da mais recente produção do GEFAC; um concerto de apresentação de “Bem Bonda”, o novo álbum da CRIATURA com a participação do Coro dos Anjos; e “Mestiço Florilégio”, um espectáculo do conceituado artista brasileiro Antônio Nóbrega.

A festa é também uma atividade lúdica essencial, como escape da rotina e do trabalho, momentos de excepção que são de alegria por excelência. Neste sentido, surge a dança na nossa programação. Nas tricanas de Coimbra, haverá um baile mandado que atravessa o território galaico-português orientado por Mercedes Prieto e Sergio Cobos e também uma oficina de danças tradicionais brasileiras guiada por Rosane Almeida.

O público mais novo contará com uma sessão de teatro de marionetas, de nome "BZZZOIRA MOIRA”, promovida pela companhia Mandrágora, uma oficina de percussão “Per(c)urtir” da Vânia Couto (Catrapum Catrapeia) e uma tarde de jogos tradicionais promovida pelos Jogos do Hélder.
No mini-auditório Salgado Zenha da Associação Académica de Coimbra, será projetada uma sessão de cinema focada nas festas de Inverno da região transmontana.

Ao longo de todo o evento decorrerá, paralelamente, a exposição fotográfica “Rituais do corpo e da Alma” na zona do Quebra Costas, que nos dará a conhecer, através da perspetiva e experiência dos fotógrafos Egídio Santos e Arnaldo Carvalho, vários ritos e festas da Península Ibérica.

Veja a programação total 

 

VEJA ONLINE |«Dallas Art Fair»

 

 

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sexta-feira, 22 de abril de 2022

CONTINUANDO COM EUNICE| agora com as palavras de Luís Miguel Cintra

 

 
Se puder leia o que Luís Miguel Cintra escreve sobre Eunice no Expresso desta semana, donde o excerto da imagem.  Depois de tanto ouvirmos e lermos, talvez seja apropriado dizermos isto: o melhor estava para chegar ... Chegou.
Não resistimos, mais este bocado: «(...)

Agora creio que já entendo melhor o que a tornava ge­nial. Todo o actor é inseguro, tem medo de não valer o suficiente para valer a pena pôr-se em cima de um palco diante de outras pessoas. Estamos, aliás, a assistir a cada passo, por via da televisão e dos valores egoístas em que a sociedade capitalista está a formatar as pessoas, à transformação da fraude como processo de trabalho dos actores. Escudando-se em clichés, pensam agradar a toda a gente. Só que a relação que um espectador procura num actor é a que lhe falta na vida, é a contrária, é uma relação íntima, afectiva, que o respeite na sua maneira de ser. E era aí que a Eunice era genial. Transformava a própria comunicação num veículo para a construção de uma maneira de ser, de uma personalidade que tinha gosto em expor-se generosamente diante dos outros. Mas que nos mostrava de si própria? Nada, afinal, mostrava, de janelas abertas de par em par, a sua própria atitude que transformava em conteúdo, ou nem isso, apenas a sua simulação. O que transmitia, mesmo representando monstros como a Mãe Coragem ou a Dona Branca, era, afinal, a própria sensação da generosidade, da entrega. Haverá alguma coisa de mais vital que isso? Que nos dará mais prazer que sentirmo-nos estimados? Nunca senti que a Eunice comunicasse ideias e sempre parecia que, por mais variantes que as diferentes personagens lhe dessem pretexto para se transformar, era para a Eunice que eu tinha estado a olhar e que a tinha visto a actuar para mim. Alguma coisa importante tinha acontecido: nascia viva, uma ilusão. Valia a pena vê-la, sim, mesmo que a verdade da sua exposição fosse apenas generosidade, entrega, risco de não ser ninguém, só ilusão.

E a vê-la representar percebi a outra coisa que pode fazer de nós bons actores e que ela viveu a sério: a certeza de que só existimos porque há os outros e o prazer de viver como resposta ao que a vida dos outros nos dá, a contracena. Tantas metamorfoses vi na Eunice que cheguei a dizer: olhem para a Eunice. Ela não existe, não tem personalidade. O seu eu foi mil coisas diferentes, quantas mais melhor, foi sempre o tu dos outros. E em que tesouro se torna a vida se deixarmos que o encontro com muitos outros nos faça viver muitas vidas, ser sempre uma resposta mais do que uma provocação! Por outras palavras, reconhecer no teatro a ampliação da natureza da vida como jogo. (...)». Mas o ideal  mesmo  é ler tudo...

 

SÉRGIO GODINHO |«SG gigante»



"SG Gigante". Canções de Sérgio Godinho revisitadas por quem faz rap e eletrónica, num álbum com a curadoria de Capicua

 
 
 




quinta-feira, 21 de abril de 2022

EXPOSIÇÃO | «as portas que Abril abriu»| INAUGURA HOJE | 21-04-2022|ESPAÇO SANTA CATARINA|LISBOA

 

as portas que Abril abriu

Quinta-feira, 21 de Abril, 18 horas

 Inauguração da exposição das ilustrações de Filipa Malva
para a edição ilustrada do poema e apresentação da obra,
com a presença da ilustradora.

LISBOA
Espaço Santa Catarina
Largo Dr. António de Sousa Macedo, 7-D

Iniciativa inserida nas Comemorações dos 48 anos do 25 de Abril
promovidas pela Junta de Freguesia da Misericórdia