quinta-feira, 30 de junho de 2022

A CULTURA NA «QSP SUMMIT» | que se apresenta como a «mais relevante Conferência de Management e Marketing da Europa» onde «anualmente são abordados diversos temas de elevada qualidade e pertinência para o mercado»

 



Uma vez mais o acontecimento chegou-nos pelos «alertas», vindos pela internet, e depois fomos «à procura». E a conclusão nuclear: a Cultura esteve/está na «QSP summit» 2022, (a decorrer), iniciativa  que se apresenta assim:  «O QSP SUMMIT afirma-se como a mais relevante Conferência de Management e Marketing da Europa, acolhendo líderes globais que marcam tendências. Anualmente são abordados diversos temas de elevada qualidade e pertinência para o mercado. Conteúdos que, certamente, merecem a atenção da audiência com apresentações vibrantes e novas visões do mercado. (...)» Leia na integra. E ontem a sessão «Culture in the center of change»:

O que queremos acentuar em primeiro lugar para este ano: a abordagem da cultura na perspectiva do mercado,  o que valorizamos. Como se tem defendido no Elitário Para Todos, isso beneficia também a abordagem SERVIÇO PÚBLICO. As duas partes ficam a ganhar e facilmente se entenderá que havendo aspectos comuns  há dimensões diferentes. 
Do que foi debatido na sessão «Culture in the center of change» e a que se refere a imagem acima retirada do JN: 
  



quarta-feira, 29 de junho de 2022

JOSÉ MANUEL CASTANHEIRA | é o homenageado do Festival de Teatro de Almada 2022 | A PROPÓSITO UMA ENTREVISTA NO JL A NÃO PERDER

 

 

 Termina assim: «(...) E há poesia na sua cenografia? - Sempre, e talvez hoje em dia mais do que nunca, sem poesia, como podemos respirar? Precisamos mesmo de uma poética que nos salve ou que, pelo menos, nos sirva de refúgio».

 

 

terça-feira, 28 de junho de 2022

REVISTA «UMBIGO 81»

 

«(...) o número 81 dedica-se agora ao Capitalismo e à sua forma de atuação no mundo. Os projetos e ensaios aí apresentados propõem nada mais que uma leitura crítica dos acontecimentos, dos factos, das memórias, culturas e políticas que o Capitalismo tem vindo a propor sub-repticiamente. (...)». Saiba mais.

 

 

segunda-feira, 27 de junho de 2022

CONTINUA ATUAL PARA QUEM QUER OLHAR PARA O FUNDO DAS QUESTÕES |«Serviço Público e Democracia Cultural» | MAIS QUE NÃO FOSSE PORQUE SE LEMBRA QUE «A FORMA CONCURSAL É A ASSUNÇÃO DE UMA NÃO RESPOSTA ESTRUTURANTE»

 


Neste momento em que agentes culturais continuam envolvidos em processos concursais faz sentido lembrar que a solução não passa por aí. Um SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA que a nossa DEMOCRACIA pede passa por intervenção outra,  quase 50 anos depois do 25 de ABRIL. A nosso ver, a reflexão de Fernando Mora Ramos põe o «dedo na ferida» e aponta caminhos ... Até agora quem devia ouvir não ouviu. O que irá acontecer com o novo governante?  Uma sugestão: não tem de começar do zero, senhor Ministro. Mas lance a mudança ... E tal como acaba de dizer António Guterres na esfera do ambiente, talvez haja uma GERAÇÃO que no âmbito da cultura tenha de pedir desculpa às novas gerações: nomeadamente, as coisas estão de tal maneira «enroladas» que os novos não se  conseguem livrar da «herança» que recebem. O que nos parece trágico, porque, como os ouvimos dizer, não se reveem no que existe.


«Face to Face: Interviews With Artists»

 

 
 
« Now available in paperback, this striking book allows you to delve deep into the lives and work of a remarkable range of contemporary artists.Conducted by Richard Cork, one of the UK’s most distinguished art writers, these intimate and revealing interviews provide a wealth of fascinating insights into the work of leading British artists.

They discuss, often very frankly, their lives and art, their working methods and aspirations. The collection features an array of highly engaging and articulate artists, from Frank Auerbach, Anthony Caro, Richard Hamilton, David Hockney and Howard Hodgkin to Cornelia Parker, Tacita Dean, Grayson Perry and Rachel Whiteread. Drawing out Francis Bacon’s impassioned musings on mortality, Tracey Emin’s obsessive methods and subjects, the intensity of Anish Kapoor’s internal journey and Richard Long’s epic explorations of landscape, Cork is a penetrating, insightful and accessible interviewer. These conversations, brought together for the first time, brilliantly affirm his belief that ‘talking to artists is like embarking on voyages of discovery’. (...)».

 

 

quinta-feira, 23 de junho de 2022

A SEMANA DE 4 DIAS | que impacto na cultura e nos seus profissionais ?

 





Nos «últimos dias», quem segue, mesmo que ao de leve, a comunicação social terá verificado que o assunto «a semana de 4 dias» está na «berlinda» - e será a palavra certa que consideramos diferente de «agenda». Desde logo, facilmente se conclui que há pessoas, a quem é dado espaço público de maneira continuada, que discorrem com igual facilidade sobre Covid 19, guerra na Ucrânia,  semana de 4 dias, e o que mais aparecer ... Contudo, não se pode dizer que estejam  a enganar quem quer que seja: de facto, assentam as suas palavras no «acho».Denunciam-se  no caso da redução dos dias de trabalho ao dizerem que começou agora a ser discutido... Olhem que não, olhem que não. Felizmente temos ouvido, lido e visto, profissionais que de maneira documentada abordam a matéria e com quem temos aprendido.
Neste clima lembramo-nos do ciclo de conversas que não há muito teve lugar no Teatro Joaquim Benite a propósito da peça de teatro ALÉM DA DOR (ver imagem acima) - declaração de interesses, animámos as sessões - e a conversa inicial como pode verificar subordinou-se ao titulo O FUTURO DO TRABALHO: UM NOVO NORMAL ? que contou com a intervenção de António Guerreiro, editor da revista Electra, e até se pode dizer que esta conversa germinou na n.º 10, e sobre ela a imagem acima. Conforme nos habituou, a sua narrativa  foi articulada, fundamentada, erudita, sem escamotear a complexidade do que está em causa. Mas foram explicitadas questões facilmente agarradas pelo público presente: não vai haver trabalho para todos; a redução do tempo de dias e horas de trabalho que não é inédita; o impacto das máquinas no processo produtivo devido à inteligência artificial; a realidade virtual no teatro; ... 
E neste contexto, já estaremos no pós-trabalho?  E de forma natural surgiu a pergunta: que impacto de tudo isto no setor da cultura e das artes? 
Pois é, a conversa tem de continuar ... E quem sabe, os materiais subjacentes a ideias que por lá apareceram de que abaixo se  dão pistas possam interessar ao debate colectivo e à reflexão individual a que não se pode fugir. Quiçá de forma algo caótica como de certo modo  aconteceu no hall do TMJB... Por acaso a moderadora então de serviço não desgosta de conversas agitadas. São mais inspiradoras! 

  

















quarta-feira, 22 de junho de 2022

ACONTECEU | LANÇAMENTO |«Pela Estrada Fora - Histórias do Rock Português» | DA UNIÃO AUDIOVISUAL

 


"Pela Estrada Fora - Histórias do Rock Português", dois anos de União Audiovisual em livro

Cultura

A União Audiovisual (UA) nasceu em 2020, em plena pandemia e por causa dela. Num cenário normal não teria nascido, mas ainda bem que apareceu e, tal como o nome indica, são muitas mãos a trabalhar em uníssono. Esta história de dois anos, transformou-se num livro que se divide em 87 relatos de quem esteve e está lá, onde e quando é realmente preciso estar.

 Volvidos dois anos e mais de 500 toneladas de alimentos recolhidas, são mais de 300 famílias que não ficaram para trás e que receberam este apoio, esta ajuda, ou o que lhe quiserem chamar, mas é um abraço gigante, bem humano e bem sentido por todos, incluindo os que não necessitaram de ajuda. Agora, e porque infelizmente há quem esteja longe de estar bem, são ainda 150 as famílias de todo o país que continuam a necessitar da ajuda da UA. Dois anos de pandemia, onde houve tempo para tudo, incluindo para refletir sobre as zangas e diferenças, e percebendo que era o momento em que nada poderia ser superior à urgência de dar as mãos e de criar uma união em nome da sobrevivência de um sector cheio de excelentes profissionais, completamente esquecidos e abandonados. Estava em causa a dignidade dos profissionais do audiovisual que de um momento para o outro, ficaram sem trabalho e sem meios de subsistência. Houve quem, independentemente de estar a passar pelo mesmo, conseguisse olhar para os outros e pelos outros se "perderam a conta aos quilómetros percorridos, às noites mal dormidas, ao esforço para mapear e dar respostas aos milhares de pedidos de ajuda" e foram sendo criadas as soluções para dar resposta à agonia das muitas famílias que ficaram sem nada. (...).  Continue a ler.

 

DESFILE |«Paz Sim!»

 


Saiba mais

 

 

segunda-feira, 20 de junho de 2022

CENTENÁRIO DE JOSÉ SARAMAGO |«A presença de Lisboa em obras de José Saramago - no Levantado do Chão, no Ano da Morte de Ricardo Reis, no Memorial do Convento, na História do Cerco de Lisboa - será revisitada neste roteiro, que nos levará a alguns desses emblemáticos locais das suas obras e da História do nosso país»

 




EXPOSIÇÃO|«voltar - Mário Sacramento: a hora do ensaio»|MUSEU DO NEO-REALISMO

 

Com curadoria de António Pedro Pita e Odete Belo, a exposição “propõe a (re)descoberta de um pensamento teórico e prático, importante no período cronológico em que se desenvolveu e muito relevante para entender as aspirações e os problemas, as tensões e as possibilidades, os obstáculos e os impasses que marcaram o século XX português. A exposição resulta em grande parte de pesquisa no espólio do ensaísta. Sonda tumultuosas profundidades, recupera a voz de Mário Sacramento, sugere a mesa do trabalho teórico: artigos e apontamentos, anotações em livros, desenhos, sucessivas reformulações de textos entretanto publicados, interlocuções decisivas, a extensão no tempo de uma maturação relativamente frustrada, verso e reverso de uma situação dramática: um intelectual português que adentra problemas centrais da sua época sem condições para elaborar integralmente as respostas entretanto intuídas. O regresso de Mário Sacramento permite re-visitar, para repensá-lo, esse drama que marcou o século XX”.

(António Pedro Pita)

Saiba mais.

 

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A propósito no jornal Avante! desta semana:«Mário Sacramento, um homem com três metros de altura»  por Manuel Augusto Araújo. Excerto: «(...) No­ta­bi­lís­sima é a sua Carta-Tes­ta­mento de Abril de 1967: «Nasci e vivi num mundo de in­ferno. Há de­zenas de anos que sofro, na minha carne e no meu es­pí­rito, o fas­cismo. Re­cebi dele per­se­gui­ções de toda a ordem – fí­sicas, eco­nó­micas, pro­fis­si­o­nais, in­te­lec­tuais, mo­rais. Mas, que as não ti­vesse so­frido, o meu dever era com­batê-lo. O fas­cismo é o fim da pré-his­tória do homem. E pro­cede, por isso, como um gangster en­cur­ra­lado. Fiz o que me foi pos­sível para me li­bertar, e aos ou­tros, dele. É essa a única he­rança que deixo aos meus Fi­lhos e aos meus Com­pa­nheiros. Acabem a obra! Der­rubem o fas­cismo, se nós não o pu­dermos fazer antes! Ins­taurem uma so­ci­e­dade hu­mana! Pro­movam o so­ci­a­lismo, mas pro­movam-no ci­en­ti­fi­ca­mente, sem dog­ma­tismos sec­tá­rios, sem ra­di­ca­lismos pe­queno-bur­gueses! Aprendam com os erros do pas­sado! E lem­brem-se que nós, os mortos, iremos nisso ao vosso lado!».

A vi­sitar a ex­po­sição Voltar – Mário Sa­cra­mento, a hora do en­saio no Museu do Neo-Re­a­lismo, que mer­gulha no seu es­pólio exi­bindo ar­tigos, apon­ta­mentos, ano­ta­ções em li­vros, de­se­nhos, textos e re­for­mu­la­ções de textos, in­ter­lo­cu­ções para se (re)co­nhecer este homem com três me­tros de al­tura».

 

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No Elitário Para Todos há quem lembre ligado a Mário Sacramento - porque esteve lá - o III Congresso de Aveiro:

Veja aqui



 

 


sexta-feira, 17 de junho de 2022

TUDO SOBRE O FESTIVAL DE TEATRO DE ALMADA 2022

 

 

 

PROGRAMA Disponível aqui. Veja «tudo» no site do festival 

 

 

 

 

ANTÓNIO PINTO RIBEIRO |«Museu de arte contemporânea: uma fantasmagoria nacional»

 

 

 


«(...) Num tempo em que o conjunto dos museus geridos pelo Estado está na mais inaceitável das condições de sobrevivência, numa precariedade dolorosa, como seria possível encontrar e manter um museu de arte contemporânea para Portugal? (...)».

 

quinta-feira, 16 de junho de 2022

MEMÓRIAS QUE TALVEZ LHE INTERESSEM |DE NUNO IVO GONÇALVES | «Económicas: O Verão Quente de 1972» | SEM SAUDOSISMOS REVIVER DO PASSADO NO QUELHAS

 

Excertos: «(...) No plano político, a par dos comunistas passaram, na visão do ex-governante, a perfilar-se trotskistas, maoistas e anarquistas, sobretudo nos meios estudantis. E nos meios estudantis não é unicamente a influência de Maio de 1968 que incomoda o autor, que se queixa que desde 1962, as estruturas estudantis de cada Faculdade passaram a estar sob as ordens da RIA – Reunião Inter Associações o que me parecer ter a ver com a forma, hoje retratada na historiografia(ii) como as Associações se passaram a coordenar entre si,  sem excessiva exposição à repressão. Embora tenham surgidos novos actores no movimento estudantil, sobretudo em ligação com a radicalização de católicos – que em Económicas / ISCEF terá abrangido  gente da JUC –  ainda hoje não percebo quem era visado  na referência do Presidente do Conselho a anarquistas, sendo verosímil que apenas visasse assustar quem seguia as “Conversas em Família”.

 O ISCEF, “ilha de liberdade

O ano lectivo de 1969/70 ficou, para quem ingressava posteriormente no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF), a ser o ano algo mítico de referência em termos de processos de contestação pedagógica e de reivindicação da liberdade de discussão de conteúdos, se necessário com interrupção dos professores.

Estavam os estudantes da altura preparados para este tipo de intervenção? Muitos, de diferentes sectores ideológicos, estariam. Em 1972 tive acesso a um opúsculo (103 páginas) intitulado Parte dos Salários no Rendimento Nacional, capeado por uma Nota Prévia que explicava:  (...)

 Desconheço se está a ser feita investigação académica sobre o movimento estudantil do ISCEF e é curioso que a comunicação social e mesmo algumas memórias que abrangem a época – incluindo o Testemunho de um Banqueiro – omitam aspectos significativos incluindo a recuperação de posições nas Direcções das Associações de Estudantes do IST e do ISCEF em 1972 por parte de militantes ligados às organizações estudantis do PCP ou que ingressaram directamente na União dos Estudantes Comunistas, formada, creio, nesse ano. A candidatura na AEISCEF tem características particulares – adopta a consigna “Por uma Associação de Todos os Estudantes “e não “Para a Unidade do Movimento Associativo”, e é precedida por um Manifesto -“Eleições fantoche” onde um dos membros da lista inseriu uma referência às “celestiais reuniões associativas” . A gestão da associação pelas “reuniões gerais de colaboradores” não deixava boas recordações. Ganha facilmente as eleições para a Direcção e para o Conselho Fiscal mas para a Mesa da Assembleia Geral é eleita uma lista liderada por Ferro Rodrigues, que só concorre àquele órgão. (...). Leia na integra.