quinta-feira, 7 de março de 2024

MAS O QUE É ISTO SENHOR AINDA MINISTRO DA CULTURA? | «Jorge Castro Guedes continua: “De súbito, recebi um email, era um convite de Pedro Adão e Silva feito às companhias matriciais que ainda existem (TEP, TEC, Barraca, Comuna e Seiva Trupe) para um projeto para o 25 de Abril. Não era um concurso, era um convite direto no valor de 55 mil euros”, comenta, ainda com espanto, o encenador. Esse convite resulta num segundo espetáculo sobre a efeméride que se chamará “O coro das águas” e que tem estreia prevista para 2025»|O MINISTRO MAGNÂNIMO INVENTA A SUA POLITICA DO CONVITE? | RESPEITEM-NOS! | NÃO EXPLOREM A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA DOS PROFISSIONAIS DA CULTURA

 

 

Primeiro tivemos contacto com o acontecimento pelos Alertas Google. E na descrição nota demolidora - «Seiva Trupe viu-se excluída dos apoios da Direção Geral das Artes:

Depois, leitor do Elitário Para Todos fez-nos chegar  a imagem acima adiantando a sua perplexidade, mas ao mesmo tempo satisfeito - satisfação que partilhamos - pelo facto de a SEIVA TRUPE (e os demais contemplados) terem mais «esta esmola». Sim, estaremos face a  um exemplo paradigmático de POLÍTICA DA ESMOLA. Está bem, por uma questão de decoro, baixemos o tom: POLÍTICA DO CONVITE. De um governante que perante a revolta do setor face aos resultados do processo dos «apoios» da DGARTES afirmava que não podia desvirtuar os concursos e inundava com percentagens e mais percentagens para mostrar incrementos, fazendo ouvidos moucos quando se sugeria que se fizesse o mesmo que aconteceu em 2018, para mitigar o absurdo que estava a acontecer ... Com os antigos, e com os novos ... Vá lá, agora, Senhor Ministro, tem de ampliar os convites a quem ficou de fora dos apoios, lançando mão dos «50 anos de abril», mas outros caminhos haverá - com a sua capacidade opinativa  facilmente  arranjará argumentos ... 

Já não valerá a pena questionar o GOVERNANTE ?, talvez, mas faz sentido confrontar o PS. Ainda assim, dá ideia que o Senhor Governante gosta de atuar isoladamente em ato magnânimo - determina a CAPITAL PORTUGUESA DE CULTURA; agora não se sabendo ao abrigo de que CONVIDA... Nada contra os CONVITES, mas inseridos numa Política Cultural ... Lembremos, no Primeiro Governo Guterres também houve convites - sendo-se rigoroso, contratualização direta -   com, digamos, «dignidade». Para todas as áreas. Ilustremos com o Teatro, com este apanhado:

Ainda, louve-se a postura de Castro Guedes ao trazer para o espaço público o que se está a passar. Mais, ainda que em fim de campanha eleitoral seria de não ignorar o assunto no debate até às eleições, e depois - bom pretexto para não se deixar a CULTURA PARA TRÁS. Mas como grande sobra: de facto OUTRA POLÍTICA PARA A CULTURA é fundamental. E nela um SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA em que as populações  se revejam e que respeite os PROFISSIONAIS DO SETOR.

 


 

A terminar,  parece que o ainda Governante não deixou de estar em permanente tirocínio, e em experimentação, como se fosse «o dono do pedaço». E olhamos para isto com tristeza. Com o devido respeito, esperávamos diferente. Merecemos melhor!



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