domingo, 22 de dezembro de 2024

EM ESPECIAL PARA QUEM QUEIRA OLHAR E VER O PCP TODO | a exposição «Camões, poeta do povo num mundo em mudança»

 

 

e da intervenção de Paulo Raimundo na inauguração da exposição:
 
«(...) Camões que não cala a crítica aos poderosos, à vaidade, à ambição desmedida e à decadência moral, ao poder do dinheiro, ao esmagamento dos mais fracos e do povo, e à crueldade da guerra e ao seu poder destruidor. 
Camões que denuncia as desigualdades e injustiças e que defende mesmo que todo o trabalho deve ser pago, incluindo o «suor da servil gente». 
É este Camões que esta exposição aqui evoca, e que a juventude tem o direito a conhecer e compreender, esse notável poeta, o seu espírito socialmente atento e inconformado com as injustiças e desigualdades.
São estas as razões que levam o Partido Comunista Português a desenvolver, até ao final de 2025, um vasto programa de comemorações deste quinto Centenário do nascimento de Camões.
Cá estamos para contribuir para o seu conhecimento e apropriação pelos portugueses, designadamente pelos trabalhadores, em coerência com a concepção de democracia cultural que defendemos e pela qual lutamos.
O direito à cultura ocupa um lugar central nos objectivos do PCP que o considera uma das quatro vertentes fundamentais de uma democracia avançada inspirada nos valores de Abril. 
Uma democracia simultaneamente política, económica, social e cultural, que assuma a educação, a ciência e a cultura como vectores estratégicos para o desenvolvimento integrado do nosso País. 
Uma democracia que promova o intercâmbio com outros povos da Europa e do mundo, a abertura aos grandes valores da cultura da humanidade e a sua apropriação criadora; que estimule o combate à mercantilização e à colonização cultural; que fomente a promoção internacional da cultura e da língua portuguesas, em estreita cooperação com os outros países que a usam.
Numa pátria independente e soberana com uma política de paz, amizade e cooperação com todos os povos.
A valorização da sua obra inserida no seu tempo, no processo histórico de luta contra a opressão e a exploração, pelo progresso social – projectando-os na actualidade e afirmando o património cultural português, a língua portuguesa, a cultura e a arte, também nesse quadro.
É com essa perspectiva que apelamos a que dêem o seu contributo insubstituível para levar a obra de Luís de Camões até ao povo, é este também o desafio que está colocado aos democratas».  Leia na integra, Sem preconceitos, bela intervenção. 



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