quinta-feira, 20 de novembro de 2025

«a realidade dos "bairros" através de uma leitura artística, académica e ativista»

 

 Procurarte e o Festival Imago Lisboa 
têm o prazer de convidar para 
a finissage da exposição O Bairro,
 e para participar na conversa 
com Augusto Brázio,
 Ulika Paixão e Priscila Valadão. 
Uma abordagem às questões 
relacionadas  com a realidade
 dos “bairros” 
através de uma leitura artística,
 académica e ativista.
Contamos convosco, 
22 de novembro, sábado, às 17h,
 na Procurarte. 
 
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 fronteira simbólica entre o centro e a periferia de Lisboa - emerge, na Reboleira, um território que espelha as contradições urbanas do século XX português. Com origem nas décadas de 1960 e 70, esta zona testemunha a construção de um urbanismo de urgência, nascido à margem do plano, fora da lei e da cartografia oficial


Mais do que um conjunto de casas ilegais, este território foi palco de uma arquitetura da sobrevivência. A Reboleira não é um lugar perdido; é um espaço persistente. Hoje, algumas casas ainda resistem, esparsas na malha urbana em mutação. Neste território fragmentado, a cidade revela a sua face mais crua: a da desigualdade inscrita no espaço. E é precisamente nessa fratura - entre o que foi negado e o que foi afirmado por pura necessidade - que a Reboleira se inscreve como um documento vivo, ainda que ferido, da história urbana contemporânea
Augusto Brázi
 
 


quarta-feira, 19 de novembro de 2025

DAVID DINIS|«Como Proteger a Democracia» | E LEVOU-NOS AO QUE SE ESTÁ A PASSAR NA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

 

 

SINOPSE

Imagine que um dia acorda e percebe que aquilo em que nunca acreditou aconteceu mesmo: as forças populistas de direita radical ganharam as eleições e chegaram ao poder.
Foi isso que aconteceu em países como os EUA de Trump, a Hungria de Orbán, a Polónia de Kaczynski ou a Itália de Meloni. É com base nesses exemplos, mas também com conhecimento da realidade política portuguesa, que David Dinis antecipa a governação da direita radical no nosso país, o impacto que terá no dia a dia e a forma como uma democracia consolidada pode ser rapidamente corroída por dentro.
Como Proteger a Democracia não é só um alerta urgente sobre os riscos da indiferença, da normalização do discurso radical e da fragilidade das instituições perante líderes autoritários. Mais do que uma distopia, é um convite à reflexão sobre o presente e um apelo à ação, não só de políticos, mas também de cada um de nós, para que se escude a democracia e o nosso futuro.
"Defender a democracia requer de nós mais do que fé nas instituições. Exige vigilância, salvaguardas legais e um compromisso coletivo com os princípios democráticos."
 
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Ainda não lemos o livro, mas atentamos na SINOPSE, e  vimos e ouvimos o autor na televisão a falar-nos sobre a sua obra, e  parece-nos a  não perder. Desde logo, reparamos naquela «governação de direita radical», e naqueles «líderes autoritários» e questionamos se já não vemos uma coisa e outra a emergir da atuação da dita Direita tradicional. Queremos pensar, temos de acreditar, que, por exemplo, o que se está a passar na Câmara Municipal de Lisboa será apenas uma DESATENÇÃO e que vai ser corrigida atendendo aos ARGUMENTOS DAS OPOSIÇÕES DE ESQUERDA. Não fica mal o Senhor Presidente da CML reconhecer que errou, e até pode apoiar-se em BENTO DE JESUS CARAÇA - "SE NÃO RECEIO O ERRO É PORQUE ESTOU SEMPRE PRONTO A CORRIGI-LO". Frase cunhada numa Escola de Economia e Gestão - ISEG. GESTÃO, Senhor Presidente:
 

"SE NÃO RECEIO O ERRO É PORQUE ESTOU SEMPRE PRONTO A CORRIGI-LO". A frase aparece logo à entrada de um edifício da Rua Miguel Lupi, em Lisboa (Portugal) onde estão sediados gabinetes do Instituto Superior de Economia e Gestão. Tirada daqui.

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se tiver acesso o Trabalho da jornalista
 Margarida Coutinho, de ontem,  está aqui
 
A entrada
 
«Depois de conseguir uma ampliação dos poderes, Carlos Moedas quer também alterar o regimento da Câmara de Lisboa. O vereador do PCP acusa-o de impor uma "mordaça" à oposição e admite avançar por via judicial, caso a proposta seja aprovada. Chega não garante vir a aprovar, PS admite impugnar»
 
 

terça-feira, 18 de novembro de 2025

ESTRANHA «GOVERNANÇA» NA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA | Senhor Presidente Carlos Moedas diga-nos qual a Estratégia para o «G» de Governança do «ESG» do Paradigma Desenvolvimento Sustentável

 


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O dia até estava a ser agradável. Por aqui os dias cinzentos tinham passado, o sol brilhava. Mas tudo começou a ficar fusco ao lermos e ouvirmos as noticias  a que se referem as imagens acima. Desde logo, levaram-nos ao que as iniciais revelam e que nos norteiam sobre o que se defende para a GESTÃO PÚBLICA das Organizações. Embora queira fazer passar o contrário O Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa é um Dirigente de Administração Legalista, longe da ADMINISTRAÇÃO GESTIONÁRIA, moderna, há muito defendida. Afinal, de «cosmopolita» nestes domínios, nada. E face ao que a comunicação social nos dá a conhecer referenciados ao Paradigma   DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL digam-nos Senhor Presidente e demais envolvidos na votação do que foi aprovado qual a estratégia para o «G» da GOVERNAÇÃO na Câmara Municipal de Lisboa. Aquilo de «desburocratizar decisões» dá vontade de chorar. Faz lembrar tempos passados. Onde está «a democraticidade interna» que dá identidade às Organizações Sem Fins Lucrativos, em especial às PÚBLICAS, na circunstância às Autárquicas? Aprende-se e ensina-se que o PROCESSO DE DECISÃO em regimes democráticos pode levar mais tempo, mas como grande sobra, terão mais qualidade ... Quem tem medo? Felizmente que as Oposições na Cidade de Lisboa denunciam o que não devia ter acontecido ...

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Talvez aos implicados em todo este 
«pesadelo» seja útil ler esta publicação

 
 
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E sempre que falamos em dias 
cinzentos ocorre-nos «O DIA CINZENTO»
 de Mário Dionísio
 
 
 
DESCRIÇÃO 
“Existem duas versões destes contos: a primeira foi publicada em 1944 e a segunda vinte anos mais tarde. Além disso, encontra-se na Casa da Achada - Centro Mário Dionísio um exemplar da primeira edição no qual o autor anotou as correcções manuscritas que pretendia introduzir com vista à reedição do texto. Há mesmo dois conjuntos de correcções, umas a preto, outras a vermelho, acrescidas de alguns raros retoques a azul. Pelo que é possível comparar grosso modo quatro versões de cada conto da primeira edição – a segunda intitula-se: O dia cinzento e outros
contos, anunciando já no título o adicionamento de alguns contos inéditos. Na sua‘Evocação em forma de prefácio’, Mário Dionísio não esconde os retoques introduzidos, todavia não lhes atribui outro motivo que não a preocupação de ‘perfeccionismo’ e só se estende sobre o primeiro conto, ‘Nevoeiro na cidade’, para explicar que razões evidentes de censura o tinham levado, na primeira edição, a escolher Paris sob a ocupação alemã como cenário para justificar a actividade clandestina que constitui o esqueleto do enredo, e que, tendo essa precaução deixado de se justificar, a narrativa passou a situar-se no seu verdadeiro contexto, lisboeta, e as personagens retomaram os seus nomes portugueses originais. Ora, parece-nos que o autor pretendeu assim camuflar o profundo trabalho de reescrita a que se dispôs em prol dessa reedição.”

in Dialogar com o Leitor: O Dia Cinzento de Mário Dionísio, comunicação de SERGE ABRAMOVICI no Congresso Internacional «Mário Dionísio no Centenário do seu Nascimento”.
“Como uma pedra no silêncio”», 2016.

Título recomendado pelo Plano Nacional de Leitura

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Entretanto, mais isto
 
«PSD/CDS/IL e Chega estão a levar a cabo um autêntico golpe na Câmara de Lisboa: por um lado, concentram poder em Moedas, usurpando competências que são da Câmara; por outro lado, tentam condicionar e limitar a capacidade de intervenção dos demais membros do executivo, em particular dos partidos da oposição».Tirado daqui 


VOLTEMOS AO «CULTURE COMPASS FOR EUROPE»

  

Disponível aqui 

 

O que nos dizem em site institucional nacional a 13 de novembro 2025: 
 

«A Comissão Europeia apresentou, no dia 12 de novembro, a sua visão para um panorama cultural europeu vibrante e integrado com o lançamento da Bússola da Cultura para a Europa. Este quadro orientado para o futuro foi concebido para moldar a política cultural da UE, garantindo que a cultura desempenhe um papel central na promoção da identidade europeia, na celebração da diversidade e na promoção da excelência.

A Bússola da Cultura orientará as políticas da UE em quatro direções principais:

- Defesa e fortalecimento dos valores europeus e os direitos culturais;
- Capacitar artistas e profissionais da cultura e que apoie as pessoas;
- Utilizar a cultura e o património cultural para se tornar mais competitiva, resiliente e coesa;
- Promover as relações e as parcerias culturais internacionais».

 Havemos de voltar ao Documento, e vamos estar atentos ao que o Parlamento Europeu irá dizer ...

 
 

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

NO MUSEU DO NEOREALISMO | comemoração do centenário de José Cardoso Pires

 

 
 «A exposição tem curadoria de António Mota Redol e contém, principalmente, documentos do acervo do Museu do Neo-Realismo provenientes dos espólios de vários escritores. A brochura publicada junta pela primeira vez informação sobre a sua produção, as traduções que realizou, os prefácios e textos de apresentação que escreveu, as inúmeras traduções das suas obras, filmes e peças de Teatro baseados nelas, os estudos sobre a sua obra, os prémios recebidos. A sua biografia, baseada fundamentalmente em textos publicados, apresenta aspetos desconhecidos». Saiba mais.
 
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Entretanto, em Lisboa, na Torre do Tombo,
aconteceu 
 
Veja mais  
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E neste ambiente lembremos 
 

SINOPSE
«Notívago, boémio, brigão. Receoso de que a imagem pública lhe ensombrasse os méritos literários. Crítico do marialvismo. Acusado de ser marialva. Bem relacionado. Obcecado com a própria independência. O maior escritor da segunda metade do século XX. Um escritor datado e sem a mesma projeção internacional de um Lobo Antunes ou de um Saramago. Um espírito insubmisso. Um casamento duradouro. A convicção e a crença no próprio trabalho. Momentos de dúvida e angústia. Neste livro, vive um homem cuja personaldade foi formada no antagonismo. E um espírito que, apesar de amarrado a diversos ódios (ao campo, ao regime, à pequena burguesia da qual era originário, à literatura sentimental e demagógica, à polícia, à Igreja), nunca desistiu de Portugal e de ser escritor.
Da influência inicial da literatura anglo-saxónica, passando pela necessidade de encontrar uma "sintaxe citadina", ou pela importância de incorporar a experiência na criação literária sem cair no sentimentalismo ou no confessionalismo, até ao salazarismo enquanto quadro de mentalidades contra o qual toda a obra de Cardoso Pires se desenvolve, esta biografia dá a conhecer o processo de construção de um escritor.
Pela mão do destacado escritor Bruno Vieira Amaral, o leitor conhece a exigência obsessiva e quase doentia, a lentidão no processo de escrita e publicação e como isso entrava em contradição com a aspiração ao profissionalismo e com a insistência na dignificação do ofício de escritor que toda a vida José Cardoso Pires, o integrado marginal, defendeu». Daqui.