segunda-feira, 9 de junho de 2025

Nelson de Matos

 

 
Nelson de Matos morreu. Estamos tristes. Como editor vinha de longe, de muito longe - aos nossos olhos quase uma lenda. Reconhecido no meio, e há  leigos/as que com ele puderam aprender (sem que fosse ensinado) da exigente e  fascinante jornada do livro até nos chegar às mãos...

Leia-se por exemplo:

 

Nelson de Matos. APEL evoca "figura incontornável da edição em Portugal"

A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) lamentou hoje a morte do editor Nelson de Matos, considerando-o "uma figura incontornável da edição em Portugal". Na Cultura ao minuto.

 

sábado, 7 de junho de 2025

ACONTECEU | ontem na Feira do Livro de Lisboa foi apresentado o livro «Lisboa _ Horizontes de Transformação _ Uma Cidade Para Todos» | FOMOS ANIMADOS E NÃO PACIFICADOS - COMO A NOSSO VER PRECISAMOS | OBRIGADO E PARABÉNS A QUEM O PROVOCOU !

 
Ontem, como aliás tínhamos divulgado,  teve lugar o lançamento da publicação da imagem. Entretanto,  já tínhamos adquirido a obra e lido parte dos textos. Ganharam mais intensidade com o que os participantes disseram no encontro da Feira do Livro, no Auditório Sul, a que não terá sido indiferente a atmosfera envolvente que se instalou: desde logo, uma temperatura ideal, e aquela luz que só Lisboa nos proporciona. E a «olhos visto», se bem se olhou, dominava a «nova geração». 
Ainda, antes, sobre o livro, na Antena 1, é de ouvir o que o Organizador João Ferreira explanou:
 
 
Agora, objetivamente, o livro é um objeto cuidado que dá gosto folhear e em particular «saborear»  as ilustrações e as fotografias que o recheiam - só isso justifica não ficarmos indiferentes a esta «construção» com propostas que nos ANIMAM MAS NÃO NOS PACIFICAM (e roubamos estas palavras ao que critico do Público disse sobre a exposição Sombras Rosas Sombras de Maria Campelo na SNBA - veja aqui). De facto, pensamos que se adequam ao que nos traz este «LISBOA _ horizontes de transformação». 
 
 
 captura da página 265
 
Numa perspetiva de Gestão Pública Local, estamos perante um bom contributo para o pensamento e para a ação. Por essa abordagem: o livro, a nosso ver bem, olha para as ATIVIDADES-FIM que justificam as organizações, na circunstância locais, no caso «LISBOA», que só fazem sentido centradas nas POPULAÇÕES. 
Mas se nos é permitido, também não podemos ignorar as ATIVIDADES-MEIO e, a a nosso ver, é urgente termos reflexão e propostas que identificamos assim: HORIZONTES DE TRANSFORMAÇÃO PARA O APARELHO DOS SERVIÇOS DA CIDADE DE LISBOA. E lá é de considerar quais os horizontes que a ciência e a técnica preconizam, e não esquecer  o DIÁLOGO que tem de existir entre todas as ADMINISTRAÇÕES. E ponderar «PRIMEIROS SOCORROS» face aos problemas quotidianos, no caso dos Lisboetas. Vem nos livros, e a experiência mostra-o, sem isso em muitas situações os «horizontes» serão miragem ...
Ainda, ontem na Apresentação do livro, a CULTURA não foi esquecida. A propósito,  o diálogo de que falamos não nos parece favorecido perante o absurdo criado pelo Governo acabado de tomar posse ao reduzi-la a 1/3   no Ministério da Cultura, Juventude e Desporto, e à Governante escolhida. Recuperemos o post anterior. Também este. Mais, como perpassa em muitos dos textos do livro, é fundamental garantir as atividades amadoras, e mesmo profissionais, desenvolvidas por diferentes organizações, lá, nos bairros, nas freguesias, naquela rua ... Sim temos de fazer «isso», mas ao mesmo tempo «aquilo». Ao mesmo tempo, sublinhe-se, ou seja, criar novas CENTRALIDADES CULTURAIS. Ilustremos, faz sentido um NOVO TEATRO MUNICIPAL  ... Até temos uma sugestão, ali para os lados do Lumiar ... 
                          

 

sexta-feira, 6 de junho de 2025

EM PORTUGAL QUE MINISTÉRIO TRATARÁ (DEVIA TRATAR) DA SUSTENTBILIDADE NAS POLITICAS CULTURAIS ? | a propósito olhemos para relatório do «Nordic Council of Ministers» | APROVEITEMOS PARA FALARMOS SOBRE O MINISTÉRIO SOMATÓRIO = «JUVENTUDE» + «CULTURA» + «DESPORTO»

 

 
Excerto:
(...) 
 
Working with this policy brief, we identified four themes as particularly central to the political work on culture and sustainability of the Nordic governments:
 
-  Sustainable Conditions for Cultural Work and Sector Development
 - Sustainability Through Cultural Dialogue, Participation and Inclusion 
- Sustainable Community Building Using Historic Environments, Cultural Heritage and Architecture 
- Green Transition in the Cultural Sector
 
(...) 
 
*
*   * 
 
E como queremos ajudar (sem ironia) na defesa pelo Governo de Portugal relativamente à não existência de um Ministério da Cultura para rapidamente se ter um ponto comum de partida - não, não estamos com a solução encontrada como decorre do muito que se tem escrito no Elitário Para Todos e ainda ontem o fizemos - iremos olhar para outras experiências que só podem ser entendidas se inseridas no seu macro sistema institucional - passado, presente, futuro. Hoje, a Noruega, por exemplo:

 Saiba mais

 

*
*   * 
Não ouvimos o Governante ( parece que foi o ministro Hugo Soares) sobre as criticas à não existência de um Ministério da Cultura, ou seja, às criticas sobre o Ministério Somatório - «Juventude» +  «Cultura» + «Desporto»  - deste Governo, mas dizem-nos que adiantou que soluções semelhantes estão a ser tomadas pela Europa. Contudo,  ouvimos «comentador» a dizer algo semelhante embora adiantasse criticas à Governante escolhida ... Que se nos perdoe o arrojo: a discussão sobre a CULTURA no nosso País  nomeadamente sobre a justeza de OUTRA SOLUÇÃO ORGÂNICA NO APARELHO ESTATAL - do Central ao Local - tem de ter outra qualidade! 
Em breve para facilitar conversas, olharemos para outro «NÓRDICO» ... E lembraremos outras «soluções lá de fora» mais consentâneas com a nossa realidade. Como o mostram dos nossos melhores e as experiências consideradas mais bem sucedidas no nosso País o provaram. Ah, curiosamente - para não dizerem  que só se visa a esquerda - houve quem lembrasse o Ministro Francisco Lucas Pires ... Aproveitemos par recordar este PostUMA BIOGRAFIA DE FRANCISCO LUCAS PIRES | Em «O Príncipe da Democracia» é de recomendar à «direita» e a quem faz «politica de direita» que leia em especial o «Capitulo IV - o ministro da Cultura» .
 
 
 
 
Aproveite a Feira do Livro de Lisboa, a decorrer 
   

quinta-feira, 5 de junho de 2025

PARA UMA INCURSÃO AO «LONDON WEEKEND» | do United Kingdom que também tem a «cultura» junto ao «desporto» mais os «media» ... | AH ! E TEM ESTRATÉGIA E PLANEAMENTO ... | E POR ESTES CAMINHOS QUEREMOS CHEGAR À CULTURA NO GOVERNO QUE HOJE TOMA POSSE

  

 mas precisamos de ver a floresta para lá da árvore
 

Ainda estamos um pouco baralhados com o lugar que deram à CULTURA no APARELHO ESTATAL que o Governo que hoje vai tomar posse engendrou. Pedir o conceito e a justificação operativa para a solução que encontraram é perder tempo - pelo histórico, não dirão nada. Até têm exemplos estrangeiros para nos «atirar à cara» de forma burocrática/tecnocrática onde  existem combinações «cultura»/«desporto»/«comunicação social». É claro que não nos vão dizer que ali o SETOR CULTURA está estabilizado. Que há estratégias e planeamento. Serviços consolidados. Organizações culturais fortes.Investigação. Academia atenta. etc.etc... Assunção de um SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA ao mesmo tempo que as INDÚSTRIAS CULTURAIS E CRIATIVAS ordenadas pelo mercado têm o seu espaço.  Além do mais, em Portugal,  a existência de um Ministério da Cultura tem um grande valor simbólico. PORTUGAL É CULTURA E ARTE.  A sua mistura com a «juventude» e o «deporto»  é uma humilhação para o povo português - acabamos de ouvir Pedro Abrunhosa dizer na TSF. Ao longo dos últimos anos temos  pedido um Ministério da Cultura digno desse nome - respondem-nos com menos ... E com o devido respeito, comparemos figuras que tivemos como Ministros/as da Cultura. Que mais nos irá acontecer, na Cultura  na perspetiva institucional! Pela nossa parte, atentos ao paradigma DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, para o nosso caso a reivindicação só pode ser esta, a gritar bem alto, e a refletir serenamente:
 
C U L T U R A,
 M A I S   E S T A D O 
 
 
E há que chamar o Governo, a horas  de tomar posse, que nos mostre o contrário. Talvez com esse processo percebam o «erro» que acabam de institucionalizar.

 

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Para alargar o que acabou de se dizer
 porque estavam à mão de  semear lembremos:


 






«En 2025 el Gobierno de España toma el testigo en la organización de la gran Conferencia Mundial sobre políticas culturales y desarrollo sostenible, entre el 29 de septiembre y el 1 de octubre.Durante tres días, la ciudad de Barcelona acogerá a los 194 Estados Miembros de la UNESCO para la constitución de una agenda mundial para la Cultura y para el seguimiento de los objetivos definidos en la anterior edición, celebrada en México en 2022 y firmada por 150 Estados.En Mondiacult 2025 se presentará el Primer Informe Mundial sobre el Estado de la Cultura y se perseguirá un doble gran objetivo: defender la Cultura como Bien Público Global y promover la creación de un Objetivo de Desarrollo Sostenible específico para la Cultura».


 

 


sexta-feira, 30 de maio de 2025

«LISBOA, HORIZONTES DE TRANSFORMAÇÃO - UMA CIDADE PARA TODOS» _ «uma cidade de possibilidades em aberto»

 

 

Os horizontes de transformação para assegurar uma cidade para todos definem-se agora. É agora que se convocam vontades e reúnem forças para lutar por essa cidade, por agora só imaginada. Hoje constrói-se o que amanhã se vive.

Este exercício não dispensa diferentes olhares e perspetivas: do urbanismo à mobilidade, do ambiente à economia; do tecido social aos serviços públicos; da cultura à participação popular; do desporto às alterações climáticas; da rua à casa; do bairro à freguesia, da cidade à área metropolitana.

Não nos chega diagnosticar problemas, é fundamental apontar soluções. Não chega apontar tendências, é necessário redefini-las, construí-las.

Este foi o desafio lançado a cerca de meia centena de construtores de cidade que deram corpo a este livro.

Lisboa é uma cidade de possibilidades em aberto. O desafio está lançado. Que cada um o assuma nas suas mãos, para garantir a todos o direito à cidade

 

  
 

 

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 Ainda: 
 

Sessões na Feira do Livro de Lisboa

6 de Junho, sexta-feira | 18h | Auditório Sul
Apresentação de Lisboa, Horizontes de Transformação – Uma Cidade para Todos, organizado por João Ferreira, publicado pela Página a Página. Com João Ferreira, António Brito Guterres, Bianca Castro e José Neves.