sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

«NÃO PODE ACONTECER NUM MUNDO CIVILIZADO, NUM MUNDO DEMOCRÁTICO»

Lemos e fica-se arrepiado  ao apercebermo-nos do que se está a passar no nosso País que constitucionalmente é democrático, e ao mesmo tempo confiantes porque há quem denuncie, e nos chame a atenção:
Efeitos da demissão de António Mega Ferreira
 Conselho Directivo do CCB pediu demissão
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"Pedimos a demissão em bloco (...) As circunstâncias em que António Mega Ferreira contou como foi despedido é alguma coisa que não pode acontecer num mundo civilizado, num mundo democrático. Politicamente é legítimo mas não me parece justo. Convém as pessoas darem um sinal à tutela de que há limites de decência na mudança dos cargos", disse.».
Mais no endereço do CM. 
E de artigo de hoje no jornal Público (sem link) - A propósito da não renovação da direcção de Luís Raposo no MNA - de Raquel Henriques da Silva,  alguns excertos com destaques nossos:
«(...)
No caso dos museus, ainda tutelados pelo fantasmático Instituto dos Museus e da Conservação (IMC) e com orçamentos zero, vive-se uma situação paradoxal: por um lado, o milagre de se manterem abertos com dignidade e, em alguns casos, com excelente programação; por outro, uma inquietação indagadora e ciciante sobre as mudanças anunciadas e quem as irá desempenhar, inscrita num clima de medo. Peso o que acabei de dizer: na ausência de articulação produtiva com o director do IMC, os directores dos museus tutelados sentem-se ameaçados com o uso discricionário da não-renovação dos seus lugares. Já aconteceu a alguns, e não a outros, pode acontecer no próximo mês ou no seguinte… Fazem-se vaticínios, procura-se compreender a lógica… Por exemplo, será que os directores que assinaram uma carta para a tutela, com algum teor reivindicativo, são os que estão a ser despedidos,
(...)
Na maioria dos casos, concordei e continuo a concordar com as críticas de L.R. e admiro a sua militância, tão rara no meio dos museus em Portugal. Claro que sei que um director deve lealdade à tutela e o cumprimento das suas políticas. Mas esses pesados deveres só têm sentido quando a tutela é ela própria leal às suas equipas, coerente no enunciado das políticas e aberta à sua discussão entre especialistas. Senão, o mando é prepotência antidemocrática. Na minha opinião, é o que acontece actualmente no IMC, autorizando a leitura, que é minha e de muita gente: a não-renovação da comissão de L.R. é acerto de contas mesquinho e exercício de falsa autoridade»

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