Agentes culturais, leitores deste blogue, informaram-nos que já tinham sido notificados da decisão da DGARTES sobre os «Apoios Tripartidos» às Artes. Na sexta-feira, dia 1 de Fevereiro, pelas 19:00 H. Para começar, estranharam a hora! Depois, não estavam a perceber uma coisa qualquer de um «requerimento» que lhes era exigido em sede de audiência de interessados ... E, fundamentalmente, estavam perplexos com o que lhes tinha tocado. Procurámos na comunicação social, e encontramos logo à primeira, no Público. Pode ver aqui, (a notícia é de 1 de Fevereiro, 21:21H) donde tirámos:
DGA aceitou 53 candidatos a apoios, mas poderá atribuir verbas a apenas a 22
Algumas das verbas da Zona Norte foram transferidas para o Alentejo e Centro
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Os 58 candidatos terão agora 10 dias úteis para se pronunciarem e, segundo Samuel Rego, director-geral das Artes, uma decisão final “estará publicada no final do mês”.
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Ao contrário de outros concursos, os tripartidos não têm um júri. Coube aos técnicos da DGA a avaliação de candidaturas. Segundo a documentação publicada pela DGA, esses mesmos técnicos propuseram a não-atribuição da totalidade dos montantes previstos para a Zona Norte – estavam previstos 1,5 milhões anuais, que em 2013 e 2014 serão apenas 1,3 milhões e em 2015 e 2016 baixam para 1,2 milhões. Os técnicos propuseram a transferência das verbas remanescentes para as regiões onde estavam os mais bem classificados seguintes: no Alentejo e Centro. A proposta foi aprovada pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier.
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Procurámos também sobre o assunto no site da DGARTES mas, até à hora deste post, não encontrámos nada. Devemos ter visto mal, todavia, em princípio, isto devia estar na 1.ª pagina. Claro, temos de ter em consideração que é fim de semana! Aqui está a imagem da homepage neste momento:
Agora, p
ara nos entendermos, o que está na noticia deve acomodar-se a este dispositivo da legislação que lhe é aplicado e que pode ver no site da DGARTES.
Olhando para o que está na noticia completa, e para o que os agentes nos transmitiram, e para o que está na legislação, nomeadamente no artigo acima, a coisa parece complicada. E observar não ofende, e perguntar muito menos - transparência é transparência, e os serviços públicos a isso estão obrigados. Assim:
- Contrariamente ao que está no jornal, isto não parece ser um concurso;
- Pelo que nos foi dito, se coube aos técnicos, tem de saber-se quem foram esses técnicos, e tem de ser apresentada a fundamentação da decisão, e não apenas umas «classificações numéricas» numas listas.
- A notícia diz que a proposta foi aprovada pelo Secretário de Estado, mas o Membro do Governo parece só entrar neste processo apenas na fase de homologação ...
- Também seria interessante saber se houve candidaturas que não foram admitidas. E quantas, e quais as razões.
Para já é o que nos ocorre, e não nos vamos pronunciar sobre os resultados, de acordo com a notícia, e com o que fomos sabendo ... Até porque pode haver enganos ... e como é habitual dizer nestas circunstâncias não detemos toda a informação. E é isto que o Elitário Para Todos pode fazer neste momento. Mas como sempre estamos disponíveis para publicarmos o que nos quiserem fazer chegar. A bem da cultura, a bem das artes.
Adenda: Veja neste post - OS «CONCURSOS» PARA APOIO ÀS ARTES ATRAVÉS DA DGARTES - o ponto de partida para este «concurso».