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Curiosidade: como será que o conteúdo deste post e do anterior se estará a repercutir nos serviços do Ministério da Cultura? Na DGARTES, já sabemos como é porque os agentes culturais lembram-no constantemente: a começar sempre do zero, de forma repetida a fornecer informação a serviços «sem memória». Sabia o leitor que no passado foram desencadeados projetos, que foram públicos, que pretendiam precisamente aquilo que o agora SIMPLEX visa, e muito mais. E tiveram verbas comunitárias. Onde é que isso já vai, para que lembrar o passado, dirão! E quem saberá desses projectos? Concretizando um pouco mais, de forma permanente, continuada e sistemática, num só sitio todos os intervenientes no fenómeno artístico, nomeadamente o abrangido no serviço público, partilhariam informação. E de forma transparente os cidadãos em geral saberiam o que se passava com as ARTES no País. Em tempo real e online! Há que retomar investimentos mas, para se fazer o que quer que seja, necessita-se de um diagnóstico de situação, mais que não seja para se aproveitar do que existe. Se ainda for possível. E para não se repetirem Plataformas electrónicas, umas a seguir às outras, sem contudo responderem às necessidades, porque simplesmente não atenderam à realidade. Aprender com os erros é bom conselho. Neste ambiente, acredita o leitor que um mesmo agente que se candidata a dois concursos através da DGARTES - e podem decorrer praticamente no mesmo período - duplica documentação rigorosamente igual!
Nem parece que estamos no século XXI, e com uma Web Summit em Lisboa a inundar ruas e comunicação social, pois que lá para as bandas da DGARTES isso deve ser algo bizarro e coisas como as seguintes detalhes:
«(...)O tempo do telefone fixo, dos faxes, dos papéis na comunicação entre os funcionários das empresas é coisa do passado, até o email está quase a morrer, vaticinou Sean Ryan, vice-presidente para parcerias da Facebook, esta terça-feira, numa das conferências da Web Summit.Na conferência sobre o futuro do trabalho num mundo móvel e digital, Sean Ryan disse que é importante que todas as ferramentas colaborativas sejam centralizadas através do telemóvel, que toda a gente esteja ligada e a informação seja distribuída por todos os funcionários em todo o mundo. É importante que as pessoas sintam que são ouvidas e que estão envolvidas numa missão. (...)». Leia aqui.
Colaborativas, dizem eles!, e dizem bem.
Pois é, as reformas deviam centrar-se nas ORGANIZAÇÕES concretas, sem prejuízo, naturalmente, de medidas «generalistas». E dos Projetos que «dão nas vistas», que para além do mais, sim senhor, têm um efeito mobilizador ... Mas é lá nas organizações que tudo acontece. Não há volta a dar-lhe. Os «pronto a vestir»para todos têm os seus limites. E, claro, face aos recursos limitados há que estabelecer PRIORIDADES. Não nos parece que as «VOLTA SIMPLEX» filtrem tudo o que deviam filtrar, e parece questionável a forma como os serviços foram ouvidos ( pensando bem desconhece-se como aconteceu) ou se fizeram ouvir. Ou se foram ouvidos, de modo a que tenham chegado à tortura por que passam os agentes culturais, e à informação sobre as artes que não temos. Embora «SIMPLEXes» anteriores tenham andado por lá ...Claro, voltemos ao mesmo, há que fazer um ponto de situação. Mas quem quer saber disso!
Que diabo!, para quê estar com isto tudo, precisamente hoje, quando TRUMP venceu as eleições? Pelo que se ouve, o «POVÃO» quis mostrar a sua indignação face à ADMINISTRAÇÃO que tem. Nós por aqui ainda preferimos mostrar a nossa indignação através de Blogues... Mas não nos admiraria que haja a quem isso já não chegue, e se vingue, se venha a vingar, em eleições. Afinal, parece que tudo faz sentido e vem a propósito. Para a cultura e as artes houve promessas e nada! Pelo menos respeitem a nossa inteligência: não prometam ! É um bom começo.
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