Jornal Público - 6 jan 2014 |
«Praticamente sem excepção, os orçamentos dos executivos autárquicos para 2014
aprovados antes do final do ano sofreram cortes significativos e, de uma forma
ainda mais acentuada, na área da Cultura. É sabido que, quando se enfrenta uma
crise com esta magnitude, é preciso reduzir despesas de forma generalizada, mas
também é indispensável que se saiba hierarquizar a importância daquilo que se
corta.
Se um executivo autárquico está convicto de que a
actividade cultural pode contribuir para criar mais emprego, para ajudar o
sector turístico e o da restauração e pode ainda contribuir para atrair
visitantes nacionais e estrangeiros, deverá ser cauteloso nos cortes, já que
eles podem afectar uma área de potencial estratégico. Tenho presentes vários
concelhos portugueses que nos dois últimos anos souberam utilizar a oferta
cultural com criatividade e inteligência, organizando festivais e vários eventos
originais que se traduziram no encaixe de receitas nada desprezíveis.
Trata-se de uma questão de opção e de mentalidade que nos remete para uma
situação passada com Winston Churchill durante a Segunda Guerra Mundial. Quando
deputados da oposição e alguma imprensa o criticaram por, investindo na Cultura
e nas Artes, poder estar a afectar o esforço de guerra, ele responder algo
parecido com isto: “Se não lutarmos por isto, lutamos porquê?” Queria o grande
estadista enfatizar a ideia segundo a qual, ante a barbárie em marcha, é preciso
defender os valores da cultura e da civilização, que são também os da
liberdade». Continue a ler.
«Praticamente sem excepção, os orçamentos dos executivos autárquicos para 2014 aprovados antes do final do ano sofreram cortes significativos e, de uma forma ainda mais acentuada, na área da Cultura. É sabido que, quando se enfrenta uma crise com esta magnitude, é preciso reduzir despesas de forma generalizada, mas também é indispensável que se saiba hierarquizar a importância daquilo que se corta.
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