segunda-feira, 27 de agosto de 2018

ORQUESTRA ENERGIA | «Só que, este ano, a Fundação EDP avisou que iria deixar de financiar o projeto, colocando em causa a sua continuidade»


 «Orquestra Energia
Orquestra Energia Fundação EDP é um projeto de inclusão social através da música que envolve crianças e jovens, dos 6 aos 16 anos, das escolas dos concelhos de Amarante, Murça e Mirandela.
Promovido pela Fundação EDP desde 2010, e com direção artística e pedagógica da Casa da Música desde 2015, este projeto promove a integração social das crianças e jovens oriundos de contextos sociais e económicos vulneráveis, dando-lhe acesso a formação musical, incentivando o sucesso académico, combatendo o abandono escolar e contribuindo para a construção dos seus projetos de vida.
O ensino da música é uma ferramenta que promove o trabalho em equipa, a disciplina e a responsabilidade, melhorando a autoestima dos alunos e das suas famílias e aproximando os pais do processo educativo. 
Em Amarante, Murça e Mirandela, mais de 100 alunos participam na Orquestra Energia Fundação EDP em cada ano letivo».
Entretanto pela comunicação social ficou a saber-se  que  «este ano, a Fundação EDP avisou que iria deixar de financiar o projeto, colocando em causa a sua continuidade». Mas ao mesmo tempo a boa notícia: «Este projeto de integração social, criado há cerca de uma década, estava em risco de acabar, devido ao corte do financiamento por parte da Fundação EDP, mas o Ministério da educação já garantiu que vai suportar as despesas inerentes à colocação de oito professores de instrumentos, o que viabiliza a continuidade da orquestra Energia».
 .
.    .
Um «caso» que nos compele a questões mais amplas, por exemplo: 
1) Como se vê um SERVIÇO PÚBLICO não pode estar «nas mãos dos privados», de repente «fecham a torneira». E isto não quer dizer que não se estimule o mecenato, mas o essencial tem de ser garantido com o dinheiro de todos nós, ou seja, financiado pelo Orçamento do Estado.
2)  E já  que estamos ocupados em saber o que fica em cada «orçamento» (ver imagem abaixo) segundo a estrutura do Governo, em torno da contabilização do «1% para a cultura» - (perdoai-nos pai!, até parece que este é o «problema»...) -, aproveitemos para notar que será no Orçamento do Ministério da Educação que serão contabilizdas «as despesas» com a Orquestra. O importante, claro, é saber-se que o projeto não vai ser interrompido. Mas lá que gostariamos de saber qual a POLITICA PÚBLICA que lhe dá cobertura lá isso gostávamos. Em especial, qual o papel do Ministério da Cultura em tudo isto ... Ah, há uma técnica - ORÇAMENTAÇÃO POR PROGRAMAS -  prevista na Constituição e na Lei do Enquadramento Orçamental, e  parece que uma vez mais empurrada para as calendas, que tornaria as NOSSAS CONTAS transparentes ... Face ao que nos é dado ver, será que queremos mesmo que as coisas sejam CLARAS?



Sem comentários:

Enviar um comentário