quinta-feira, 21 de novembro de 2019

NESTE MOMENTO EM QUE UMA VEZ MAIS SE DISCUTE O FINANCIAMENTO ÀS ARTES LEMBRAR PERGUNTAS | Como é a vida dos artistas reformados? Em geral como é a vida dos profissionais da cultura e das artes à medida que vão envelhecendo ou quando alguma vicissitude lhes bate à porta?

 Para lembrarmos o problema
Recuperemos o trabalho de Tiago Carrasco
De lá:
«Esta reportagem será contada como se de uma peça de teatro se tratasse. Relata a história de actores e apresentadores que no passado todos queriam ter por perto e que hoje poucos sabem onde estão. Pisaram os palcos mais importantes do País, receberam ovações, vestiram-se nas melhores lojas de Londres e de Nova Iorque, nunca lhes faltou companhia para um copo. Estão agora em lares ou na solidão de casa, com doenças graves, reformas que não chegam para a renda ou visitas contadas pelos dedos de uma só mão. São personagens unidas por um currículo glorioso e por um futuro incerto; Graça Lobo, de 79 anos, interpretou peças de Tchekhov e Beckett, vive num lar; Ruy de Carvalho, 91 anos, continua a representar porque de outra forma não teria uma vida desafogada; Eládio Clímaco, 77, deixou de poder trabalhar na RTP e vive assombrado pela morte. Irene Cruz, de 75, diva dos palcos, tem a memória cansada e não trabalha há três anos. António Cordeiro, 59, luta contra uma doença neurodegenerativa, pediu reforma antecipada. Manuela Maria, de 83 anos, dirige a Casa do Artista. Paulo Sargento é um psicólogo que já trabalhou nesta instituição, com experiência na análise da depressão geriátrica em personalidades que atingiram o estrelato. Falar-se-á da memória, bem como da morte, incontornável, mesmo para quem chegou a cheirar a eternidade». Saiba mais.

*** 
E não são «só» os artistas, todos conhecemos demais profissionais da cultura e das artes que vivem situações miseráveis. URGENTE tomar medidas imediatas, urgente dinamizar o setor. Urgente ligar «os concursos do financiamento às artes» a esta situação que nos devia envergonhar a todos. Tal como foi diagnosticado em 1982 não faltarão hoje «situaçoes de pungente carência económica»:


Sem comentários:

Enviar um comentário