O começo deste post: no Elitário Para Todos, nunca o escondemos, ficámos particularmente satisfeitos com a eleição de João Oliveira para o Parlamento Europeu. Desde logo, porque lhe encontramos perfil para relacionar o que se passa «por lá» com o que acontece «por cá». Não serem coisas desligadas, isto é, para reconhecer que se afetam mutuamente. Dito doutra forma, a União Europeia não ser coisa distante quando nos dizem frequentemente que «é a culpada de tudo». Com pessoas de quem vamos conhecendo meia dúzia de nomes - se tanto - que produzem estratégias que nos chegam, como que geradas por deuses, impostas através de regras e mais regras. A grande sobra: uma economia legalista; uma governação legalista; uma gestão legalista. Nos dias que correm, não nos faltam iniciativas, quiçá a algumas até lhes poderemos chamar «tertúlias», onde especialistas tentam desvendar as exigências mais recentes que aí vêm da «Europa». Acontece, com frequência, os participantes não se entenderem. Nunca pensamos que o «legalismo» - e isto nada tem a ver com o cumprimento rigoroso da lei - ia estar de volta. De facto, por exemplo, houve tempos em que se dizia, praticando, que na Administração Pública não havia lugar à Gestão. Ilustrando, nos serviços do que veio a ser Secretaria de Estado da Cultura/Ministério da Cultura era fazer o que estava na «gorda» (encadernação volumosa que sistematizava os diplomas dos diferentes níveis). Também ABRIL possibilitou a «GESTÃO PÚBLICA». Dito isto, parece que em vez de progredirmos, estamos a andar para trás. A contrariar a ciência e a técnica das organizações e da sua gestão. Foi pois com agrado que vimos e lemos a intervenção de João Oliveira a que se refere a imagem inicial. Entrelaça. A nosso ver, mostra que cada PAÍS tem a sua vida que não pode ficar submergida na «realidade (burocrática, dizem as populações, e os estudiosos) dos 27». Já agora, numa abordagem de gestão, o todo tem de favorecer as proclamadas SINERGIAS e cada País não ficar desesperadamente à procura delas. E isto não nos parece que possa ser contraditado.
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Olhemos para o que acabámos de escrever pelo lado da CULTURA E DAS ARTES tendo presente que os nossos AGENTES CULTURAIS, na generalidade, não concorrem aos fundos culturais diretos da União Europeia e mesmo àqueles que nos chegam via PROGRAMAS para Portugal. São os próprios a dizê-lo, incluindo para financiamentos - melhor, «apoios» - nacionais, mostrando as dificuldades. Lembremos, o Estado em regra «apoia», não garante. Qual o racional?, desconhecemos. Será de dizer «Serviço Público de Cultura, para que te quero!». Ao mesmo tempo, as designadas Indústrias Culturais e Criativas, as que vivem segundo o jogo do mercado, queixam-se, adiantando que são as únicas em Portugal que «não têm Ministério». Pois é, o Setor CULTURA no nosso País é frágil. Muito frágil. Quais as organizações com ou sem fins lucrativos que terão estrutura para estarem «a par», para eventualmente depois beneficiar, do que se passa na «querida UE» relacionado com o incompleto mosaico que se segue?
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E tudo isto Senhor Deputado João Oliveira para concluirmos que esperamos a sua intervenção para despoletar a CLARIDADE de que se precisa na UNIÃO EUROPEIA na esfera da CULTURA E DAS ARTES. As suas competências e entusiasmo levam-nos a acreditar que é possível.
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