sábado, 28 de dezembro de 2013

UMA CRÓNICA QUE É UM BALANÇO | «Teresa Horta, o exemplo»


Disponível  online: aqui



P.S - já agora, insistamos: não há Secretaria de EStado da Cultura, mas sim uma área para a cultura na Presidência do Conselho de Ministros, e para isso, a nível do Governo, um Secretário de Estado da Cultura.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA | perseguições e insultos



A notícia da imagem vem na revista deste mês - dezembro de 2013 - do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas. E num regime democrático é arrepiante, qualquer que seja o organismo onde isto se passe . Na circusntância, trata-se do MNAA  - Museu Nacional de Arte Antiga  - que institucionalmente está na esfera da Presidência do Conselho de Ministros, Área da Cultura, para a qual existe um Secretário de Estado da Cultura. E a este nível devem ser pedidas explicações.
Entretanto,  a questão parece ser mais grave: dizem-nos que situações semelhantes existem noutros serviços da cultura.  Aguardamos informações mais precisas e documentadas, e logo que as tenhamos aqui serão denunciadas. De facto, é preciso avisar toda a gente !
 
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

PAÍS EM REGRESSÃO CIVILIZACIONAL E CULTURAL





Veja a notícia da imagem aqui, no Notícias ao Minuto, e a intervenção completa a que se refere neste endereço , no site do PCP, donde tirámos:

«(...)
Uma ofensiva destruidora que se alarga aos serviços públicos da área da cultura, a imposição de cega reestruturação das estruturas da administração central com o desmantelamento e desqualificação de serviços e sua crescente centralização, a que se soma a política de sistemático estrangulamento financeiro em todas as áreas da actividade cultural e que põe em causa a concretização do princípio de serviço público.
Os cortes brutais dos últimos Orçamentos do Estado, em cima do escassíssimo financiamento praticado agravam ainda mais a situação dos serviços públicos da área da Cultura.
Esta semana os sindicatos denunciavam a intenção do governo de levar a cabo um vasto processo de redução de trabalhadores na Direcção Geral do Património Cultural e nas Direcções Regionais da Cultura.
Trata-se, a concretizar-se tal pretensão, de mais um rude golpe para as áreas do Património Edificado, dos Museus, dos Sítios Arqueológicos e outros serviços onde a catástrofe é próxima. Já não bastava o financiamento miserável.
Depois de ter concentrado todos os serviços num só, o Governo aplica agora a “requalificação para o despedimento” a toda a estrutura. Foi uma operação de aglomeração para ser mais fácil destruir.
Este desmantelamento da Direcção Geral do Património Cultural e das Direcções Regionais da Cultura conjugados com as limitações impostas à Direcção Geral das Artes e ao ICA traduzem-se numa clara intenção de retirada total do Estado na preservação de património, na produção e criação artísticas e na promoção da elevação cultural e social das massas, o que também pode ser entendido como uma censura financeira às artes e à cultura. Suprimem-se as expressões culturais e artísticas livres e públicas, promovem-se as atordoantes e de mercado.
Foram publicados, há dias, pelo Eurobarómetro, os dados relativos à evolução da participação dos portugueses nas actividades culturais. E o que se vê é que estamos a andar para trás e a divergir com outros povos europeus. Estamos no fim da lista. Os portugueses são dos cidadãos da União Europeia com menores taxas de participação em actividades culturais e Portugal é o país onde há menor interesse pela leitura.
É este o rumo de uma política também de desastre cultural que está em curso. Uma política que não só destrói o que existe, como inviabiliza a criação do novo. Os teatros nacionais, o cinema, os muitos criadores contemporâneos e trabalhadores da cultura vêem a sua actividade cerceada e um Estado cada vez mais esvaziado e desresponsabilizado das suas funções constitucionais de defesa do nosso património e da nossa cultura como elemento fundamental da nossa identidade como povo.
Hoje, muitos criadores, trabalhadores da cultura, povo anónimo nas Jornadas do Manifesto em Defesa da Cultura saíram à rua em protesto contra este estado de coisas e pela exigência de 1% de financiamento do Orçamento do Estado para a Cultura. Luta que conta com o apoio activo e solidário do PCP!
É tempo de pôr fim a este rumo de desastre. Por isso a nossa luta pela demissão deste governo, pelo fim da sua política e pela exigência de eleições antecipadas.
Estes são os nossos combates de hoje. Combates que honram o legado de Álvaro Cunhal e a sua luta em defesa das Artes e da Cultura, do direito à identidade do seu povo e dos seus interesses, pelo desenvolvimento soberano do país».
 
 
 
 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

PETER O'TOOLE |"Sonnet 18 - Shall I Compare Thee to a Summer's Day?" by William Shakespeare

 
Peter O'Toole morreu. A sua voz num soneto de Shakespeare :






 
Shall I compare thee to a summer's day?
Thou art more lovely and more temperate:
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer's lease hath all too short a date:
Sometime too hot the eye of heaven shines,
And often is his gold complexion dimm'd;
And every fair from fair sometime declines,
By chance, or nature's changing course, untrimm'd;
But thy eternal summer shall not fade,
Nor lose possession of that fair thou owest;
Nor shall Death brag thou wander'st in his shade,
When in eternal lines to time thou growest;
So long as men can breathe, or eyes can see,
So long lives this, and this gives life to thee.
  
Como hei de comparar-te a um dia de verão?
És muito mais amável e mais amena:
Os ventos sopram os doces botões de maio,
E o verão finda antes que possamos começá-lo:
Por vezes, o sol lança seus cálidos raios,
Ou esconde o rosto dourado sob a névoa;
E tudo que é belo um dia acaba,
Seja pelo acaso ou por sua natureza;
Mas teu eterno verão jamais se extingue,
Nem perde o frescor que só tu possuis;
Nem a Morte virá arrastar-te sob a sombra,
Quando os versos te elevarem à eternidade:
Enquanto a humanidade puder respirar e ver,
Viverá meu canto, e ele te fará viver 
 
 

sábado, 7 de dezembro de 2013

O CORPO DE DELITO | Vasco Pinto Leite


Comecemos por uma sinopse: "O testemunho de uma experiência que talvez nos ajude a perceber, pelo prisma cintilante da cultura, a génese dos caminhos políticos que seguimos e das teias que tecemos: uma revisita desde a acção cultural possível no final do anterior regime, prosseguindo pelo fluxo e o refluxo da Revolução de Abril, até aos labirintos da actualidade do estado da nação."
De seguida, uma entrevista dada pelo autor a propósito do livro ao JL, a 30 de outubro.
 
Por fim, é mesmo a não perder (se ainda encontrar o livro): uma memória pessoal que nos parece útil a todos os que se preocupam com a cultura e as artes. E aqueles anexos são fabulosos. Lá,   por exemplo, o projeto de lei do Teatro  a seguir ao 25 de Abril ( que eu tanto procurava no monte dos meus papeis) e que começa assim:  «O teatro passa a ser um serviço público ...), e logo a seguir: «É criado o Instituto Português de Teatro no Ministério da Comunicação Social, (onde, à data,  se encontrava a Secretaria de Estado da Cultura) que promoverá e coordenará a actividade teatral como serviço público». E sobre o reportório:

E diz o autor: «Nas atividades teatrais a primeira reunião teve lugar no Palácio Foz a 25 de Setembro de 1974, às portas dos acontecimentos do 28 de Setembro. Esta CCAT - Comissão Consultiva para as Actividades Teatrais viria a ter uma progressão bastante mais fluída que a do cinema». Apenas para se avaliar dos pormenores a que se chega no livro.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA | Da contabilidade que não fez





No rescaldo da sua ida ao Parlamento o Secretário de Estado da Cultura deu uma entrevista ao Jornal de Letras de 27 de novembro. Nos tempos que correm a dúvida assalta: dar ou não dar importância ao que é dito. Muitos dirão que já não vale a pena. Compreendemos, mas pensamos de forma diferente, há coisas que não se podem deixar passar «em branco». É o caso do que está no excerto da entrevista   na imagem acima. Deve fazer parte do novo paradigma para a cultura por parte da Administração: na circunstância,  talvez  nova  abordagem para «subsidiodependente».

Pois é, mas o Senhor Secretário de Estado da Cultura esqueceu-se de referir o outro lado da sua contabilidade ( e a  base é conhecida - DEVE | HAVER ), ou seja, de referir o que se fez com aquele dinheiro. E como é Secretário de Estado da Cultura até lhe ficava bem mencionar que fizeram milagres! Podia usar linguagem mais técnica, claro, e falar da forma como cada euro que recebem se multiplica, por exemplo, por via do gratuito, que amplia o financiamento recebido, e porque, em regra, sabem gerir muito bem as suas companhias. Com muitas pode mesmo aprender-se. As tais «boas práticas».

 Mas vamos à contabilidade, ao outro lado do deve e do haver, ao destino das verbas referidas pelo Senhor Secretário de Estado, ou seja, ao SERVIÇO PÚBLICO garantido pelas companhias apoiadas ao longo dos anos. Nada melhor do que ver exactamente o que foi feito. Uma amostra com as seguintes:
http://www.teatroaberto.com/repertorio.php http://www.cendrev.com/espectaculos_historia.php



http://www.abarraca.com/index.php?option=com_barraca&view=ecos&Itemid=7
http://www.seivatrupe.pt/frames.htmlhttp://demo.tecascais.org/wordpress/?page_id=299http://www.teatro-da-rainha.com/REPORTORIO/reportorio-10-14.html#top
 
 
Para saber do Histotial  destas Companhias é só clicar: Cornucópia.Teatro Aberto ; CENDREV ;  A BARRACA ; TEC ; CTAlmada (arquivo);  Seiva Trupe ; Teatro da Rainha.
 
Que nos perdoem as restantes companhias por não fazermos aqui um link para a sua história, mas como ilustração pensamos que é suficinete.  A propósito, é óbvio que, em permanência, a DGARTES deveria proporcionar esta  informação. E houve projetos que o visavam. Que é feito deles ?  
Entretanto, faz sentido que se lembre como noutros tempos se olhou para as companhias mais antigas: