segunda-feira, 27 de março de 2017

NO DIA MUNDIAL DO TEATRO | #politicaculturalemportugal






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Também é para mim que faço Teatro, que agora escrevo, porque ando quase sempre insatisfeito com o que faço e quase sempre revoltado com o mundo que me rodeia. Diria que temos de continuar a sonhar com um país que pensa e escreve na sua língua; a acreditar que existem políticos que foram eleitos para contrariar a submissão da atividade cultural e artística ao negócio e às leis do mercado, e que acima de tudo, dignificam a vasta comunidade a que pertencem, ao não sujeitar as leis e as normas ao senso comum das maiorias e da sua natural apetência pelo que é mais banal e vulgar. Não conseguimos deixar de pensar que, se queremos combater as ditaduras, os fascismos e outros fundamentalismos, é também ao Teatro que precisamos de dar apoio, porque é a única maneira de a maior parte das pessoas a ele terem acesso, ampliando o seu espírito crítico, emancipando-se na prática de uma cidadania mais ativa. Se cada criança do meu país tivesse a possibilidade de assistir pelo menos a um espetáculo de teatro por ano, se se conseguisse rentabilizar o investimento que o estado fez nos últimos anos ao promover, escolas, professores, programas, construção ou recuperação de teatros, de redes de articulação e de divulgação de espetáculos, poderíamos verificar que não somos suficientes e que de nada vale sermos menos a pensar que assim cada um teria mais recursos. A qualidade precisa das quantidades para se manifestar. (...).
Leia na integra a mensagem para o Dia Mundial do Teatro da SPA  da autoria de João Brites - aqui.



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