quinta-feira, 16 de abril de 2020

PARA MEMÓRIA FUTURA | A ida da Ministra da Cultura ao Parlamento a 15 ABR 2020 | «SOBRESSAIU A AUSÊNCIA DE QUALQUER NOVIDADE»


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É tão penoso ler o relato do que se passou na audição ... Por exemplo:
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Ao longo de duas horas de perguntas, respostas e algum debate, sobressaiu a ausência de qualquer novidade relativamente às medidas já anunciadas pelo Ministério da Cultura, entre as quais a já referida Linha de Apoio de Emergência às Artes, cujos resultados só serão divulgados no próximo mês. “Em Maio, estaremos a protocolar o apoio aos candidatos”, disse a ministra, corrigindo depois a intervenção da deputada do CDS, Ana Bessa, segundo a qual essa medida visava apenas compensar os candidatos que tinham ficado de fora do polémico concurso da DGArtes. O fundo visa apoiar quaisquer artistas que não tenham até agora recebido quaisquer apoios do Ministério da Cultura (MC), esclareceu Graça Fonseca, anunciando também para o próximo mês o lançamento dos concursos de apoio ordinários da DGArtes.
 A difícil situação do sector livreiro foi também um tema abordado pela maioria dos partidos representados na comissão parlamentar. “Estamos a trabalhar com os diversos sectores”, sublinhou a ministra, acrescentando esperar “conseguir anunciar” ainda esta semana medidas para a área do livro e das livrarias. Graça Fonseca citou, a esse respeito, contactos com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e com a recém-criada ReLI (Rede de Livrarias Independentes), tendo também mencionado a possibilidade de reforçar o valor das bolsas literárias.
(...)
 Numa das intervenções mais críticas da audição, a deputada comunista Ana Mesquita equiparou o método de selecção dos artistas contemplados pela iniciativa à ideia de se pedir a 500 moradores de um prédio a arder que escolhessem os 100 a salvar. Graça Fonseca ressalvou, em primeiro lugar, que o milhão de euros que o MC tinha disponibilizado para o festival reverteria “integralmente para os músicos e técnicos”, e disse ainda que as gravações das actuações dos primeiros 12 músicos escolhidos tinham envolvido 74 técnicos, pelo que, ao longo da sua carreira, o festival poderia vir a apoiar um total de mais de 700 pessoas. “Mas quando um sector ao qual se dirige um projecto não o aceita, não vamos insistir, e fomos rápidos em suspendê-lo”, acrescentou a ministra, explicando que o dinheiro respectivo “não irá para mais nenhum projecto sectorial”, como sugeriu a deputada Ana Bessa, uma vez que o projecto continua em ponderação. (...)».
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OU SEJA, UMA TRISTEZA, CONTINUA A NÃO SE VISLUMBRAR AR DE UMA ESTRATÉGIA AINDA QUE DE EMERGÊNCIA ... MAS COMO PODERIA SER DIFERENTE?  ALGUÉM TEM QUE ENCONTRAR UM NORTE PARA A CULTURA E AS ARTES PARA SE FAZER FACE À CRISE E TERMOS FUTURO. Num outro meio de Comunicação Social lia-se que a Ministra da Cultura afirmou que iam fazer tudo ao seu alcance. Mas Senhora Ministra, o que é que isso quer dizer? Ninguém duvidará das boas intenções dos Governantes, mas  nós não queremos «tudo», nem estados de alma, na circunstância dispensa-se esta linguagem, queremos o que um diagnóstico profissional apontar ...



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