quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

PROTESTO PELAS ARTES | teremos de concordar, é penoso ouvir o Ministro da Cultura, seja nos planos político ou técnico | E VERA MANTERO TERÁ RAZÃO AO DIZER QUE « "o facto de o ministro ter reforçado os apoios aos quadrienais, mas não aos bienais revela um desconhecimento do funcionamento do tecido artístico" e "cria um desequilíbrio enorme" no mesmo»

  

Tirada daqui (SIC notícias) onde podemos ouvir o Ministro da Cultura

E doutro orgão de comunicação social - Diário de Notícias: 

«(...)O "Protesto pelas Artes" reuniu profissionais de várias áreas, de atores a realizadores, passando por bailarinos, coreógrafos, artistas plásticos ou curadores de arte.

Entre caras mais ou menos conhecidas do público passaram pelo protesto atrizes, como Carla Galvão e Marina Albuquerque, atores, como Raimundo Cosme e Nuno Lopes, a 'performer' e criadora Raquel André, o guionista e ilustrador Pedro Vieira, o realizador Marco Martins e as bailarinas e coreógrafas Vera Mantero e Sofia Neuparth.

Nuno Lopes, em declarações à Lusa, defendeu que "Portugal ainda tem um caminho longo por percorrer em relação à Cultura".

"Temos um Governo que criou um Ministério da Cultura, e isso melhorou um pouco. Mas todas as promessas que nos foram feitas ainda estão muito longe de serem cumpridas", lamentou, referindo em relação ao ponto principal do protesto de hoje o desejo que as dotações dos apoios bienais "cresçam nos próximos tempos e que exista uma medida que venha suplantar essa falta".

Para Vera Mantero, "o facto de o ministro ter reforçado os apoios aos quadrienais, mas não aos bienais revela um desconhecimento do funcionamento do tecido artístico" e "cria um desequilíbrio enorme" no mesmo.

"São estruturas mais jovens que se candidatam tendencialmente mais aos bienais e isso cria um enorme desequilíbrio, porque não estamos a investir no futuro, mas também a não apoiar estruturas muito estáveis, que optam por se candidatar aos bienais", disse, dando como exemplo o seu caso.

A estrutura que lidera, com cerca de 30 anos de existência, candidatou-se este ano, pela primeira vez, aos apoios quadrienais. (...)».

E veja-se também, por exemplo, na TSF:

 

Onde se pode ouvir que se o Ministro da Cultura não consegue resolver este problema que se DEMITA. Também se ouviu num dos noticiários que o Ministro não cede só para acabar com a contestação. E face a isto apetece dizer: Ó Senhor Ministro, não se trata disso, «ceda», se é essa a palavra que quer usar, mas porque ESTÁ ERRADO... E qualquer um, com um pouco de rigor intelectual, facilmente chegará a essa conclusão ... (E Senhor Ministro, se nos é permitida a observação, e pegando no que já se ouviu, é mesmo aconselhável que apure a linguagem ... Ilustremos com aquela da «empatia», ou dizer que «está disponível» como e nos fizesse um favor, e mesmo com «o discordo» de maneira tão enfática sem olhar aos argumentos do setor, dos Partidos, de tudo o resto? ... Quanto aos demais membros do Governo ainda estamos para saber - mas agora dada a «disponibilidade de tesouraria» nem haverá o entrave do Ministro das Finanças a funcionar como desculpa. Mas «cheira-nos» que não está a facilitar a vida aos demais governantes, e nomeadamente  ao Primeiro Ministro. Esperava-se que um «pós-25 de abril», intelectual, comentador, etc., etc., não encurralasse os diferentes intervenientes e  os decisores governamentais desta forma! Mas o Senhor Ministro não tem Adjuntos e Assessores?  Já agora, na Audição no Parlamento do dia 9, houve quem defendesse que a culpa era do Diretor-Geral da DGARTES mas o que não era muito abonatório para o Senhor Ministro:  reconhecia-se o desconhecimento que o Governante tem do Setor que «tutela» e por conseguinte alguém lhe «ditou» o caminho a seguir ...).

O Partido anfitrião do encontro - o PCP - «pôs água na fervura», adiantando que mais do que as pessoas são as políticas que devem estar no centro  da contestação. Como, aliás, lhe é apanágio. Contudo, se há responsáveis que se lhes peçam responsabilidades, sempre se foi dizendo ... 

Na TSF também a não perder os SINAIS de Fernando Alves:
 

 

 
Mas continuamos com a nossa: o que diz o Primeiro Ministro a tudo isto? E neste preciso momento  em que finalizávamos este post, ainda  na TSF, Jorge Palma a cantar: «A gente vai continuar»
 
 

«(...)
 Enquanto houver estrada p'ra andar
a gente não vai parar
enquanto houver estrada p'ra andar
enquanto houver ventos e mar
a gente vai continuar
enquanto houver ventos e mar
(...)» 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário