Decididamente os alertas Google estão a transformar-se na nossa fonte de informação nuclear sobre a área institucional da cultura - lembremos que cultura é uma das áreas governativas (área, que será diferente de Ministério), mas isso são outros «quinhentos» a que nos temos referido em diferentes ocasiões e a que voltaremos certamente. Contudo, aproveitemos, veja-se o que está na Homepage do Portal do Governo, e a parca informação que ali existe, tendo nomeadamente em conta que não temos site do Ministério da Cultura. Para clarear o que estamos a dizer, ilustrando, o que acontece noutros países: França. Espanha. Pois bem, neste dia chuvoso, navegando-se pelos emails recebidos e não lidos eis a noticia da imagem. De imediato, surge-nos a ideia de que temos uma Ministra Provedora. Repare-se nisto:
«Dia 29 de janeiro terei todo o gosto de me deslocar a Vila Real e estabelecer esse diálogo. É importante que ninguém fique para trás e que nós saibamos auscultar as razões. O senhor diretor geral da Direção-Geral das Artes, doutor Américo Rodrigues, tem estado em diálogo permanente comigo", afirmou Dalila Rodrigues aos jornalistas, em Terras de Bouro, distrito de Braga».
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"Aproveito para dizer que o Ministério da Cultura garantiu a estabilidade a todas as estruturas que estão a ser apoiadas através da Direção Geral das Artes. Não há um aumento significativo porque estamos, através de novas políticas de Cultura, a valorizar outros equipamentos, e por isso estou aqui [em Terras de Bouro]. Por exemplo, a rede portuguesa de teatros e cineteatros tem uma dotação orçamental de 6,75 milhões de euros, as bibliotecas têm uma dotação orçamental de zero euros", sublinhou a ministra».
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«"É assim na Cultura também. Estamos aqui em conjunto com as diversas comunidades, porque os senhores presidentes de município representam essas comunidades de que o país é feito. E o Ministério da Cultura não vai ficar encerrado numa torre de marfim, de todo. É agir em todo o país. Auscultar e construir a partir do diálogo são dois princípios que estruturam as políticas de cultura, atuais", disse Dalila Rodrigues. A ministra realizou hoje em Terras de Bouro a primeira de 22 reuniões previstas ocorrerem ao longo do ano no país, para "ouvir e auscultar" os presidentes de Câmara sobre a vida cultural de cada município, e para propor medidas e parcerias, como transformar a biblioteca municipal em Unidade Cultural de Território, com várias valências».
Bem, esperamos que Partidos, Sindicatos, Movimentos, Comentadores, Colunistas, ... reajam a estas palavras. O facto de se verificar uma certa letargia, Senhora Ministra, a nosso ver, é também um sinal da FRAGILIDADE DO SETOR. Apetece-nos com as nossas ferramentas desmontar as palavras que nos chegaram pela «Cultura ao Minuto», mas este momento ainda estará no adro - assim esperamos. Não faltarão ocasiões para darmos continuidade ao presente post. Agora, remetamos para o que faz titulo desta mensagem. Apenas mais esta nota «leve»: as 22 reuniões previstas fazem-nos lembrar isto: Pedro Adão e Silva pelos caminhos de Portugal, à boleia da “Cultura que somos”. Afinal, será mais o que os une do que o que os separa? E aquela de ouvir o Diretor Geral, (diálogo permanente, diz a Ministra) não será isso o que é suposto acontecer? A propósito, Senhora Governante, o dirigente em questão, em acontecimento publico recente - apresentação da Programação do TMJB/CTA -, sublinhou que defendia os concursos que ninguém disso tivesse dúvidas: pois é, mas há como sabemos, nomeadamente no Parlamento e na «rua», quem defenda que os concursos não devem ser o central no SETOR. Nós também. Certamente vai haver «diálogo» em que vai ouvir isso, até com esta formulação: a ADMINISTRAÇÃO na Cultura como acontece noutros setores tem de garantir e não se contentar com o APOIAR. Se isto for assumido o caso FILANDORRA ficará resolvido e os demais em igualdade de circunstâncias. Isto é, ao mesmo tempo: fixe-se um PLANO DE MEDIDAS IMEDIATAS (ir lá atrás ao que aconteceu em 2018) para resolução das «aberrações» a que os concursos nos levam; desencadeie-se a elaboração de uma ESTRATÉGIA DE LONGO PRAZO e o respetivo PLANO DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL onde as artes aqui em causa terão necessariamente o seu espaço. Ah, as reuniões pelo País fazem parte, claro. Parte. Mas esta realidade já não devia estar CAPTADA pelo GOVERNO?
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