sábado, 25 de janeiro de 2025

PARA LEITURAS SOBRE OS DIAS QUE CORREM

 

 SINOPSE

«Não foram eleitos ou mandatados pelo povo, mas decidem o futuro da humanidade, moldam as nossas opiniões e eximem-se habilidosamente a qualquer forma de controlo ou escrutínio.
Este livro expõe um fenómeno fascinante, mas igualmente perturbador: o poder cada vez mais extraordinário de seis líderes bilionários, cuja riqueza e influência competem hoje com as dos Estados.
Elon Musk, Mark Zuckerberg, Jeff Bezos, Bill Gates e Sergey Brin e Larry Page moldam os mercados, mentalidades e leis. Não respondem a ninguém e não foram eleitos nem mandatados por ninguém, uma situação perigosa e que não tem precedentes na história das nossas democracias. Christine Kerdellant analisa com perspicácia o sistema socioeconómico que tornou possíveis estes percursos, exam
inando os vazios políticos e regulatórios que eles preencheram de forma brilhante». Saiba mais.
 
 
De lá: «(...)  As if to prove Biden right, Alphabet’s Sundar Pichai, Amazon’s Jeff Bezos, X’s Elon Musk, Meta’s Mark Zuckerberg and Apple’s Tim Cook were placed more prominently in the audience at President Trump’s inauguration than his own cabinet nominees. Generously, one could read the message as a rightly proud display to the rest of the world of America’s innovative spirit and technological prowess. Less generously, the choreography is inescapably reminiscent of a Putinesque lineup of oligarchs in the Kremlin meant to show fealty as the cost of doing business. (...)».

 
 
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Excerto:

«Na longa, trapalhona e grandiloquentemente ridícula cerimónia de tomada de posse de Donald Trump como 47º Presidente dos Estados Unidos era impossível não reparar (e eles próprios tudo fizeram por isso...) no destaque dado ao que Joe Biden, na sua despedida, chamou a oligarquia dos ultra-ricos, que estará a tomar o poder na América. Colocados de frente para as câmaras, logo atrás dos ex-Presidentes, a sua posição protocolar visava, sem subterfúgios, assinalar bem a importância que vão deter na nova Administração: na Casa Branca de Trump, como na corte de Estaline, estas coisas não são pormenores. Assim, lado a lado, Mark Zuckerberg, Jeff Bezos e Elon Musk, três dos quatro homens mais ricos do mundo, olhavam de frente e triunfantes as mais de oito mil milhões de almas planetárias cujos destinos, em larga medida, já controlam. “America first, the world next.” Ou o contrário: agora que já controlam o resto do mundo, vão controlar os Estados Unidos, o seu único concorrente.

Os três são génios e visionários, cedo revelados, quer em inteligência, quer em imaginação. O acesso a montanhas de dinheiro deu-lhes os meios necessários para cumprirem o resto: a ambição. Falta-lhes apenas o poder político à escala global que só o controlo da Casa Branca pode assegurar. Entre eles e isso está Donald Trump. Mas enquanto eles fazem dos seus egos uma força alimentada pela inteligência, Trump faz do seu desmedido ego uma fraqueza alimentada pela estupidez natural: havendo confronto, é provável que eles ganhem, desde que confortem o ego de Trump e o façam ganhar muito dinheiro pessoalmente. (...)».

 
 

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