«Quem manejou esta nomeção?» é a pergunta que Jorge Salavisa faz a propósito da anunciada nomeação do representante da CNB para a ACE - Agrupamento Complementar de Empresas (à parte, mas será que ainda não deram conta de que esta figura está desajustada à realidade onde a querem impor! que não foi para situações destas que foi criada!), como pode ver neste trabalho do jornal Público. Diz-se especificamente:«Jorge Salavisa, que foi presidente do Opart – Organismo de Produção Artística, a empresa pública que actualmente gere o São Carlos e a companhia de dança (e que desaparecerá com o nascimento do ACE, e que já dirigiu o Ballet Gulbenkian, o Teatro Municipal São Luiz e a própria CNB), foi o primeiro a manifestar-se contra esta nomeação que a Secretaria de Estado da Cultura (SEC) não confirma. Num comunicado enviado à imprensa, Salavisa acusa João Carlos Andrade de ter “atitudes profissionais irresponsáveis objecto de processos disciplinares” e de não reunir “as qualificações mínimas” para desempenhar o cargo. “É uma nomeação tão obscura quanto inaceitável. Quem manejou esta nomeação? E baseada em que mérito? Nos processos disciplinares na CNB, o último dos quais era eu presidente do conselho de administração do Opart?”, escreve. “Se existe um escandaloso ‘job for the boy’ este não podia ser mais flagrante. Caso se concretize, esta nomeação deveria ser averiguada.”». E uma pergunta nossa: mas não deveria ser transparente como se chega a cada pessoa que vai ocupar uma função pública? Parece-nos o minimo. E era capaz de ser patriótico que a iniciativa de Salavisa fizesse escola, e outras nomeações fossem questionadas por quem conhece casos semelhantes, «por dentro», ou seja, onde falte preparação para os cargos para que foram nomeados e que estão a exercer. «A exercer» é uma maneira de dizer, estão formalmente no lugar, será a descrição mais consentânea. Porque falta o resto - o essencial.
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