Vi o ÍON na sala do Teatro da Cornucópia. É onde mais gosto de ver o trabalho da Companhia. E foi como que comemorar Abril em Junho duma forma única - não só porque única é cada representação de um espectáculo, mas porque nos da Cornucópia isso sente-se de forma intensa. E acontece aquela sensação de privilégio de que se quer contar. Neste caso sentiu-se o 25 de abril havido e o por acontecer. O efémero e o perene. E o eterno.
Com a Cornucópia para além do que vemos em Palco há sempre o PROGRAMA (não gosto muito de lhe chamar programa porque, a meu ver, está muito para além disso). Para mim aqueles textos rapidamente se transformam em pequenos tesouros, dignos prolongamentos do que nos espantou, emocionou, em sala. E não tenho memória de que isto não tenha acontecido alguma vez. Por caminhos diferentes, e com momentos de excepção! que certamente vamos continuar a viver lá, na Cornucópia. Vou sempre muito cedo, a tempo da primeira leitura dos textos, antes de o espectáculo começar, e andar por ali. (Gosto de ver os actores a chegar). Ou seja, ver um espectáculo não é a mesma coisa que ir ao Teatro. E leio depois, mais uma vez e outra vez ... e em regra partilho. É o que faço agora aqui com alguns excertos. No início o pequeno texto de José Luís Ferreira, porta aberta para continuar. Presentes, ao nosso olhar, a admiração e o agradecimento, aliás explicito. E quem, dos que acompanham o trabalho da Cornucópia, não sentirá isso mesmo? Que alguém o capte, e o diga institucionalmente, como que em nome de muitos mais, é de assinalar. E, de imediato, a razão de ser deste post, passagens do vivido e reflectido por Luís Miguel Cintra. Pensando bem, já não é «apenas» o encenador e ator de excelência. É cidadania plena. Para melhor leitura neste endereço.
Ainda: talvez no FESTIVAL DE ALMADA consigamos ver o ÍON. E será também muito bom, há aquela atmosfera especial. E quem sabe poderemos ter o «PROGRAMA» para ler na integra. A propósito, a programação do Festival é apresentada já na próxima sexta-feira, dia 20.
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