O Victor Belém faleceu. Está na Igreja da Ressurreição de Cristo em Cascais, e o funeral é amanhã. Muitos lembrarão o artista - «Tem o curso da
Escola António Arroio e como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian trabalha
durante dois anos sob a orientação do pintor Júlio Pomar. Expõe desde 1958,
participando em múltiplas Exposições Individuais e Colectivas. Intervem nas
mais diversas disciplinas artísticas, da pintura ao vídeo, da "instalação" à
"performance", ultimamente tem-se dedicado à fotografia ficcionada. Está
representado em diversos Museus e colecções particulares em Portugal e no
estrangeiro». + e aqui.
Nós lembramos isso e ao mesmo tempo o colega de trabalho, e vem-nos à memória a sua energia nos anos a seguir ao 25 Abril na criação da Direção-Geral de Ação Cultural, a forma como esteve à frente do então Serviço Criativo de Apoio Técnico, e tantos foram os projetos levados a bom porto com a sua intervenção. Para o cumprimento de um Serviço Público na Cultura e nas Artes, o desígnio. Mas a disponibilidade foi longa, e durante os anos sempre pronto para, sem vedetismos, contribuir para a qualidade das coisas - do encarte a divulgar a atividade artística apoiada à concepção de um simples «logo» para um seminário. Sabia o valor das pequenas coisas, e isso é tão importante na vida das organizações. Mas procurava sempre «uma respiração maior». Vamos ter saudades, já temos saudades aqui no Elitário Para Todos onde deixa muitos amigos.
Das pequenas coisas: a «pincelada» é do Víctor
para a imagem do Seminário «Organizações, Cultura & Artes». E fez a «diferença»
________________
«Só há uma verdade, a saída é pelo espelho»
Víctor Belém
14.06.1938 - 24.02.2015
Olá, Victor Belém.
ResponderEliminarPartiste sem avisar... A ''Sala Azul'' (que já não é) continua a guardar o eco das conversas que tivemos e os reflexos dos trabalhos que materializámos no SCAT, aquela pequenina ''fábrica de sonhos'' que pulsava na BN do Campo grande.
Um dia destes, inexoravelmente, também irei para o plano onde habitas.
Espero que me esperes, para darmos continuidade ao diálogo que iniciámos em '76 e que prevejo não ter fim...
Inté, Victor.
Um abração do Luís Carlos.