sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A CULTURA NA ORGÂNICA DO GOVERNO


Ontem no Diário da República foi publicada a Orgânica do Governo, como o ilustra a imagem acima, e entre outras utilidades mostra-nos o «universo institucional» dos organismos  das artes.  Alguns sublinhados:
  •  A referência no preâmbulo do diploma (ver imagem) à transversalidade da cultura (destaque nosso)  - «Valorizam -se, igualmente, na orgânica do Governo as áreas da cultura e da ciência, como pilares da sociedade de conhecimento, e confere -se a devida importância à política de inclusão das pessoas com deficiência, no âmbito de uma nova agenda das políticas de igualdade»;
  • «O Ministro da Cultura é coadjuvado no exercício das suas funções pela Secretária de Estado da Cultura». Ou seja, como aliás tem sido prática e acontece com  demais áreas e,  a nosso ver, bem,   não significa isto que haja uma Secretaria de Estado;
  • As competências exercidas pelo Ministro  da Cultura no domínio da comunicação social, mais precisamente sobre as entidades do setor empresarial do Estado seguintes:
         a) A Lusa - Agência de Notícias de Portugal, S.A.; 
         b) A RTP - Rádio e Televisão de Portugal, S.A..

Ainda, e porque alguém se interrogará sobre o Instituto Camões: não está expressamente mencionado, e não está na Cultura. Integra o artigo 12.º que se refere aos Negócios Estrangeiros. Lá, pode ler-se: «2-O Ministro dos Negócios Estrangeiros exerce as competências legalmente previstas sobre os serviços, organismos, entidades e estruturas identificados no Decreto-Lei n.º 121/2011, de 29 de dezembro». Ora, neste diploma (destaque nosso):
«Artigo 5.º
Administração indirecta do Estado
Prosseguem atribuições do MNE, sob superintendência e tutela do respectivo ministro, os seguintes organismos:
  1. a) Fundo para as Relações Internacionais, I. P.;
  2. b) Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I. P.;
  3. c) Instituto de Investigação Científica Tropical, I. P.»
E certamente que havemos de voltar à Lei Orgânica do Governo: tê-la como um  referencial de trabalho não será mau ...

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