sexta-feira, 25 de maio de 2018

A GENTE NÃO VAI PARAR (3) | SERVIÇO PÚBLICO NAS ARTES | OS CONCURSOS | CASA CONVENIENTE | «sistema armadilhado, com o poder de justificar o injustificável»






É isso, A CASA CONVENIENTE NÃO VAI PARAR:  não aceita a decisão do júri  face à reclamação em sede de audiência de interessados.Veja o comunicado da Companhia. 
Excertos:
 «A Casa Conveniente teve conhecimento no dia 15 de Maio de 2018, após pronúncia apresentada em sede de audiência de interessados, que à sua candidatura não foram aplicadas quaisquer alterações na pontuação atribuída anteriormente, 10 para um mínimo de 12 num único item, mantendo por isso a sua condição de não elegível.
A pontuação total da Casa Conveniente foi superior a catorze das candidaturas contempladas sendo, não obstante, excluída de qualquer possibilidade de apoio.
A decisão final do Concurso de Apoio às Artes choca com a realidade do impacto e importância do trabalho desenvolvido pela Casa Conveniente ao longo dos últimos vinte e seis anos. Contradiz ainda a realidade dos primeiros meses deste ano, em que a Casa Conveniente estreou dois espectáculos, no Teatro São Luiz e no Teatro Nacional D. Maria II, incluídos na programação submetida a concurso, que se apresentaram durante semanas perante plateias esgotadas. O enorme atraso com que os resultados do concurso foram divulgados fez com que os mesmos tenham sido concretizados graças à cooperação dos dois teatros co-produtores e à dedicação das pessoas envolvidas, cujo trabalho não foi devidamente remunerado. Cumpriu-se assim o compromisso assumido com a sua inclusão na programação submetida a concurso, visto os prazos de execução já estarem a decorrer. Estes atrasos, que esta nova tutela e o novo modelo iriam resolver, colocam consecutiva e indevidamente o sector numa situação de risco e comprometimento, a que a Casa Conveniente também não fica imune.
(...)
 Constata-se que um concurso que foi reformulado com a premissa de trazer melhoramentos, simplificação, desburocratização, apoio à diversidade e experimentação, resultou num sistema armadilhado, com o poder de justificar o injustificável e excluir uma candidatura bem pontuada, superior a catorze das apoiadas.
 Podemos acrescentar a estas circunstâncias o facto, que hoje nos parece caricato, de que ainda em Outubro do 2017 o Governo de Portugal atribuiu à directora artística da companhia, a encenadora e actriz Mónica Calle, o prémio Isabel Barreno - Mulheres Criadoras de Cultura, o mais recente de vários prémios obtidos na já longa carreira da Casa Conveniente.
Lembramos ainda que a 2 de Abril do corrente ano o Ministro da Cultura declarou que "certamente não deixaremos cair estruturas que, quer pela sua história, quer pelo seu passado, quer pela atividade que têm hoje em dia, e pela renovação que têm sabido fazer, merecem apoio.”
(...)
Iremos portanto prosseguir com as diligências legais para contestar esta decisão e o que consideramos ser uma sub-avaliação do nosso projecto a concurso».



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